Blog da Perestroika

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Atendimento, você é meu burro.

Um dos meus diálogos prediletos do cinema vem do clássico O Poderoso Chefão. Michael e sua esposa estão conversando quando, de repente, ela sugere que seu sogro, Vito Corleone, é mafioso. Usando um brilhante eufemismo, Michael filosofa:

- Meu pai é como qualquer homem poderoso. Qualquer homem responsável por outros. Como um senador ou presidente.
- Você é ingênuo. Senadores e presidentes não matam.
- Quem é ingênuo, Kay?



Acho que existe um preconceito, até uma certa ingenuidade, quando se fala que o atendimento é burro.

Claro, eles não entendem a sutileza de determinadas idéias. Simplesmente porque não têm o cérebro treinado para isso. Assim como você provavelmente não entende um monte de coisa que eles fazem muito bem. E com uma mão nas costas.

Claro, eles não escrevem tão bem quanto um redator. E por isso aparecem erros de português no PIT. Por outro lado, você provavelmente não tem o tato que os atendimentos precisam ter quando o cliente liga bufando porque acabou de ver que o seu anúncio saiu borrado na Zero Hora.

Esse tato é talento. Um talento diferente do criador, mas igualmente importante para a agência.

Se você fez um anúncio do caralho e o atendimento não aprovou, não significa que ele tenha apresentado mal. Existem infinitos fatores para que o cliente renegue um trabalho. Quem já esteve na linha de frente sabe como é.

Já vi um diretor de arte reclamar que o atendimento tinha enviado sua campanha para o cliente por email. E eu perguntei: "Você foi até o atendimento defender a idéia? Ou mandou por email?". Ele nem teve coragem de responder.

Você já se imaginou no papel do atendimento? Como reagiria se alguém chegasse em cima do prazo e disesse "olha, vai demorar mais uma hora até terminar de montar". Ou quando apresentassem um anúncio completamente fora do briefing quando não desse mais tempo de refazer?

Está cheio de atendimento burro ganhando 4, 5 mil por mês. Assim como está cheio de criador esperto, talentoso e premiado ganhando 600 pila. Conheço muito atendimento que tem o cliente na mão. Que se saísse da agência, levaria a conta junto. E não conheço nenhum criador que tenha esse poder.

Até concordo que, na média, eles são menos capacitados que os criadores. Mas discordo da generalização. Até porque, se eu concordar, durmo no sofá. Minha mulher é atendimento. E lê o Blog da Perestroika.

*****



O Diogo Mainardi há pouco lançou um livro que se chama "Lula é minha anta". Ele diz que a "anta" do título é um substantivo, não um adjetivo. Ou seja: o Lula é o animal que foi incansavelmente caçado pelo colunista nesses últimos anos.

Se o Diogo Mainardi fosse redator ou diretor de arte, e o livro falasse da sua relação com o atendimento, talvez ele defendesse o título da seguinte forma:

"Pouca gente percebe, mas o atendimento carrega uma grande responsabilidade nas costas. Ele merece o meu respeito. Atendimento, você é meu burro".

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Aurelião Perestroika

Estamos montando um pequeno glossário com os principais termos da Perestroika. E como muita coisa se perde na memória, queremos a ajuda dos nossos amados alunos e ex-alunos.

Então: que termos vocês diriam que são marcas registradas do curso? (Ex: Foi lá e fez.) Não precisam ser necessariamente gírias, podem ser conteúdos de aula. (Ex: Quebrar a Matrix.)

Ah, só listem o nome do termo. Não coloquem a explicação, senão vai estragar a surpresa. Tem muito aluno da Turma 3 que acompanha o Blog.

Eles merecem ficar curiosos até abril, não acham? Até porque, não pode ser uma curiosidadezinha qualquer. Tem que ser uma curiosidade Padrão Iogurte.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Stash

É fácil entender por que a propaganda estrangeira usa tanto animação. Enquanto que, por aqui, esse é um privilégio de poucos.

Primeiro: grana. Infelizmente, animação demanda um alto investimento em softwares, pessoal, cursos, equipamentos. A hora/homem é caríssima. E como rola muito trabalho na madrugada, essa hora/homem vira hora-extra. E fica mais cara ainda.



Segundo: oferta de fornecedores. Pouca gente tem peito - e bolso - para bancar essa empreitada.



Terceiro: prazo. Definitivamente, a publicidade brasileira não trabalha com cronogramas saudáveis. Se o cliente costuma pedir para ontem o anúncio que ia ficar pronto só amanhã, imagine um filme de animação, que só vai ficar bala daqui 3 meses.



Quarto, e último: desconhecimento dos criadores. Vamos combinar: em geral, nós entendemos muito pouco de animação. Nós pegamos o DVD do Shrek, colocamos os Extras, vemos a Dreamworks modelando o burrinho, colocando textura no burrinho, colocando pêlos no burrinho, animando o burrinho. E não passamos daí. Um ou outro criador abre o Maya, se apavora com os menus e nunca mais vê pela frente. Pouca, pouquíssima gente vai além disso.



Quando a gente não domina a ferramenta, fica muito mais difícil de saber o que é caro, o que é barato, o que é rápido, o que é demorado. E o que é que o animador quis dizer com "isso não vai dar para trocar, porque o render das curvas do dope sheet não funcionam com o atalho qwer".



*****

Há um tempo, quando estava filmando uns comerciais para Neosoro, descobri com o pessoal da produtora uma revista digital chamada Stash. É meio que uma Archive da animação. Eles falaram que é muito legal e que vale o investimento. As edições e os valores podem ser vistos em www.stashmedia.tv.

Aproveito e já coloco alguns vídeos do Stash que eu encontrei no Youtube.











P.S.: Alguém sabe o que é "atalho qwer"?

Blog da Perestroika: seis meses de vida.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quando a história é contada de trás para frente.

Essa é a capa da revista Wired. A prova de alguém que gosta de correr riscos.



Aposto que a grande maioria das pessoas, quando leu pela primeira vez, interpretou o "Pray" (Reze) como "Reze em nome da Apple, afinal de contas, ela é foda".

Observe na foto acima, no canto direito superior. Diz "June 1997". Sim, essa edição tem mais de dez anos. E, ao contrário do que possa parecer, o significado de "Pray" é "Reze pela Apple, afinal de contas, ela está quase morrendo".

A Wired previa um futuro extremamente nebuloso para a companhia. Justo quando Steve Jobs voltava à empresa como consultor e começava a tornar a Apple uma das empresas mais inovadoras do mundo. Talvez A mais inovadora do mundo.

Revista Wired, 1997. A reportagem tem como título "101 maneiras de salvar a Apple". Curiosamente, o item 1 sugere: "Admita, Apple. Você está fora do ramo de hardwares". Hoje nós sabemos que a Apple não só aumentou sua fatia no mercado de computadores, como criou uma nova plataforma de hardware: o I-pod.



Canso de ver jogos de futebol que, até os 25 do segundo tempo, estão indefinidos. Um time na pressão, outro na retranca. Aí, num contra-ataque, sai o segundo. A equipe se joga para tentar empatar, mas abre espaços na defesa. Termina 4x0 e o comentarista larga: "foi uma partida de um time só, que mostrou superioridade, soube se defender e matar o jogo na hora certa".

Quando a história é contada de trás para frente, é tudo muito fácil.

Cresci ouvindo meu pai dizer que as pessoas julgam o sucesso dos outros, mas nunca consideram os riscos envolvidos para alcançar esse sucesso. No caso do jogo de futebol: colocar o time inteiro na retranca pode ser um tiro no pé. Se tomar um gol, o técnico é burro. Se ganhar, é um herói.



Muita gente erra porque se arrisca. No ramo de computadores, no futebol e na propaganda. Quantas campanhas a gente vê no ar e diz "caralho, onde é que eles estavam com a cabeça?".

Se dissessem que "para anunciar o PSP, a Sony vai grafitar muros de Nova York com imagens de caras jogando". Alguém em sã consciência teria coragem de reprovar esse viral?



Vocês com certeza ainda enfrentarão muitas situações assim. Agora, como criadores das suas próprias idéias. E mais para frente, como avaliadores das idéias dos outros.

Eu aprendi a admirar quem, no mundo da propaganda, sabe correr riscos. Sejam os doentes ou sejam os comportados. Sim, porque quando se fala em riscos, muitos confundem com ousadia. Às vezes, ser conservador é o mais inusitado, justamente o que garante vida longa para determinada campanha.

Veja o exemplo de marcas que não alteram as suas embalagens há décadas. Aposto que algum chato passou anos e anos tentando convencer o Seu Maizena a trocar o rótulo para que o produto não parecesse velho.

Então, chega a hora de dar sentido a esse post. Um post aparentemente comum. Mas experimente lê-lo novamente, agora de baixo para cima. Primeiro o último parágrafo, depois o antepenúltimo, e assim por diante. Muita gente vai dizer que não é uma idéia 100% original. Muita gente vai dizer que é moleza. Sabe como é: quando a história é contada de trás para frente, é tudo muito fácil.

Vocês é que mandam.

Depois de listar os principais clássicos da propaganda brasileira, analisar um a um e montar toda a minha aula do Módulo II, me dei conta que não aparecia muita coisa do nosso mercado.

O que provavelmente reflete a realidade. Ou será que eu estou sendo injusto?

Por isso, queria a ajuda de vocês. Digam aí, de sopetão: quais foram as grandes campanhas que o RS já produziu? Tem que ser de apelo popular. Não vale anúncio que a gente só vê em festival.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Eles não param.


Novo viral da Dove. Dica da Renata Freitas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Programa para o final de semana.

Tá aí, quem acha que férias (ou final de semana) e verão é tempo de curtição, vai uma ótima dica: procurar propaganda boa na internet. São as campanhas mais premiadas de 2007 em vários festivais. Tipo, passaram pelos mais diferentes jurados e critérios.

Detalhe entre os redatores mais premiados: em primeiro lugar, um brasileiro, Ícaro Doria, que o Tiago entrevistou e mostrou em aula. E em segundo, o Tim Piper, citado no blog.

Have fun. Carnaval não tá com nada. :)

(Fonte: CCSP)

_____________


The Big Won é a nova versão do The Won, série de rankings realizada desde 2003, mas que anteriormente só levava em conta ações online e below the line.

Reformulada e ampliada, esta é primeira versão do projeto que lista as melhores agências, redes, campanhas e profissionais, seguindo os moldes do Gunn Report.

A versão ampliada do relatório continua a ser editada por Patrick Collister, ex- vice-presidente e diretor executivo de criação da Ogilvy de Londres.

Na edição de 2008, a The Garden Partnership, empresa de pesquisa e recrutamento, será parceira do The Big Won.

Além do ranking anual, os organizadores pretendem lançar rankings mensais.

Nos rankings relativos a 2007, aparecem as agências AlmapBBDO, F/Nazca S&S, NeogamaBBH e Salem. Também é destacado, em primeiro lugar entre os redatores, o brasileiro Ícaro Dória, que atua na S&S de Nova York. Campanha da Almap para Havaianas é a única brasileira entre as que integram as listas.

Confira abaixo as empresas, campanhas e profissionais mais premiados em festivais de publicidade internacionais e regionais, segundo o The Big Won:

The Top 20 Agencies

1. Jung von Matt, Germany 598
2. Crispin Porter + Bogusky, Miami 591
3. Saatchi & Saatchi New York 440
4. DDB Germany 435
5. Scholz & Friends, Germany 388
6. AlmapBBDO, Sao Paulo 365
7. DDB London 334
8. Ogilvy Frankfurt 331
9. BBDO New York 310
10. TBWA\Chiat Day, New York 294
11. Leo Burnett, Chicago 292
12. Duval Guillaume, Belgium 269
13. AMV BBDO, London 232
14. DDB Chicago 230
15. Shackleton, Madrid 220
16. Ogilvy & Mather, Singapore 208
17. Nordpol + Hamburg, Germany 194
18. Saatchi & Saatchi, Singapore 192
19. Y&R Buenos Aires 191
20. Forsman & Bodenfors, Sweden 174

Notes:
Jung von Matt includes their offices in Hamburg, Frankfurt and Berlin. Scholz & Friends includes their offices in Hamburg and Berlin. Ogilvy Frankfurt includes OgilvyOne, Frankfurt.
Duval Guillaume includes the Antwerp and Brussels agencies.
Crispin Porter + Bogusky’s points include work in partnership with Arnold Worldwide for The American Legacy “Truth” anti-smoking campaign.)

The Top 20 Direct Marketing Agencies

1. Shackleton Madrid 210
2. AIM Proximity, New Zealand 140
3. M&C Saatchi, Australia 129
4. ARC Worldwide, Kuala Lumpur 125
5. OgilvyOne, Frankfurt 111
6. OgilvyOne, Malaysia 84
7= DDB Germany 77
7= Di Paoloa & Asociados, Argentina 77
9. GEKKO, Copenhagen 72
10. Salem, Sao Paulo, Brazil 71
11= BMF, Sydney 70
11= Ogilvy, South Africa 70
13. Nordpol + Hamburg 69
14. E-Volution, Argentina 65
15. Proximity, London 64
16. Lowe Bull, South Africa 62
17. Wunderman, Dubai 56
18= CP Proximity, Spain 52
18= Harrison Troughton Wunderman, London
18= Net#work BBDO, Johannesburg

Top 20 Digital agencies

1. Crispin Porter + Bogusky 247
2. In-house 162
3. Farfar, Stockholm 137
4. Forsman & Bodenfors, Gothenburg 125
5. AlmapBBDO, Sao Paulo 113
6. Goodby Silverstein + Ptnrs 110
7. R\GA New York 100
8. Euro RSCG 4D Amsterdam 88
9. AKQA, USA 86
10= DM9DDB Brazil 84
10= Lowe Brindfors, Sweden 84
12. Neue Digitale, Frankfurt 77
13. argonauten G2, Germany 76
14. Great Works, Stockholm 68
15. start/interone, Munich 66
15. Jung von Matt, Germany 64
16= Glue, London 58
16= GrupoW, Mexico 58
18. GT Inc, Tokyo 55
19. McCann Erickson, San Francisco 51
20. Ogilvy & Mather, Canada 48

The Top 20 TV agencies

1. Crispin Porter + Bogusky, Miami 193
2. TBWA\Chait Day, New York 160
3. Jung von Matt, Germany 156
4. BBDO New York 153
5. BETC Euro RSCG, Paris 116
6. Vegaolmosponce, Argentina 116
7. DDB, Germany 114
8. Leo Burnett, Chicago 111
9. AMV BBDO, London 91
10. Fallon, London 87
11. Wieden + Kennedy, Amsterdam 80
12. Fallon, Minneapolis 71
13. Del Campo Bazca Saatchi & Saatchi, Buenos Aires 69
14. Duval Guillaume, Belgium 68
15. Nordpol + Hamburg, Germany 66
16. McCann Erickson, San Francisco 62
17. DDB Amsterdam 61
18= 180 Amsterdam 56
18= Y&R Buenos Aires 56
18. BBH, London 52

Top 20 Print agencies (press and posters combined)

1. Saatchi & Saatchi, New York 382
2. Jung von Matt, Germany 271
3. DDB, London 262
4. Scholz & Friends 220
5. Ogilvy & Mather, Singapore 192
6. DDB Germany 188
7. Saatchi & Saatchi, Singapore 160
8. Duval Guillaume, Belgium 154
9. Leo Burnett, Chicago 144
10. Ogilvy Frankfurt 128
11. Y&R Buenos Aires 127
12. Neogama BBH, Sao Paulo 105
13. TBWA\Paris 100
14. AMV BBDO, London 96
15. Villarrosas, Barcelona 90
16. F/Nazca Saatchi, Sao Paulo 87
17. Craverolanis, Buenos Aires 84
18. JWT Paris 78
19. Leo Burnett, Bangkok 76
20. Walker, Zurich 72

Top networks

1. BBDO 2247
2. Ogilvy 2174
3. DDB 2096
4. Saatchi & Saatchi 1671
5. Leo Burnett 1451
6. TBWA 1225
7. Y&R 1033
8. McCann Erickson 851
9. Jung von Matt 612
10. Lowe 666
11. Publicis 649
12. Draft FCB 546
13. Euro RSCG 507
14. Havas 504
15. Grey 375

Top 10 campaigns across all media

1. Evolution Dove O&M Canada
2. Singing Cowboy ALF “Truth” Arnold/CP+B
3. Safe Happens VW CP+B
4. Balloon/Ice/Man Harvey Nicholls DDB, London
5. Short Vehicles VW Golf R32 DDB Germany
6. Railcycle campaign Clima Co. Leo Burnett Bangkok
7. King Games Burger King CP+B
8. Not Here But Now Amnesty walker, Zurich
9. 2 Heidis Diesel Farfar, Stockholm
10. Paint Sony Bravia Fallon, London

Top 10 Direct Marketing campaigns

1. Body Parts Bank of NZ AIM Proximity NZ
2. Earth Hour WWF Australia Leo Burnett, Sydney
3. Smoke is Poison CRUK Ogilvy, London
4. Poms Whinge British Council M&C Saatchi, Australia
5. Lopetegui Faints Banco Gallego Shackleton, Madrid
6. Anniversary Hasselblad GEKKO, Denmark
7. The Greatest Show DMAM Arc Worldwide Kuala Lumpur
8. 24:The game Sony PS2 20:20 London
9. Tate Tracks Tate Modern Fallon, London
10. Bonded By Blood NZRU/adidas TBWA\Whybin, Auckland

Top 10 Alternative & Innovative Media campaigns

1. Wrong Environment jobsintown.de Scholz & Friends
2. Barrio Bonito Nike BBDO Argentina
3. Fresco adidas, Germany TBWA\Germany
4. Noodleslurper Mondo Pasta Jung von Matt
5. King Games Burger King CP+B
6. Talking Boony VB George Patterson Y&R
Melbourne
7. Iced-Lolly Nature Conservation Y&R Germany
8. Tate Tracks Tate Modern Fallon, London
9. Kahn adidas, Germany TBWA\Germany
10. Tap Water Project UNICEF Droga5, New York

Top 10 digital campaigns

1. 2 Heidis Diesel Farfar, Stockholm
2. Nike+ Nike R\GA, New York
3. Safe happens VW CP+B
4. Come into the closet Ikea Forsman + Bodenfors
5. R8 Microsite Audi argonauten G2
6. Evolution Dove Ogilvy & Mather, Canada
7. Big Shadow X-Box GT Inc., Tokyo
8. X-Box King Games Burger King CP+B
9. Clearification Microsoft McCann Erickson, San Francisco
10. The Hunt Volvo Euro RSCG 4D Amsterdam

Top 10 TV campaigns

1. Singing Cowboy ALF “Truth” Arnold/CP+B
2. Paint Sony Bravia Fallon, London
3. Happiness Factory Coca-Cola Wieden + Kennedy Amsterdam
4. Evolution Dove Ogilvy & Mather, Canada
5. Power of Wind Epuron/BMU Nordpol + Hamburg, Germany
6. Underwater World Indesit Leo Burnett, Italy
7. Cuckoo Clock VW Parts DDB Germany
8. Happydent Palace Perfetti Van Melle McCann Erickson, Mumbai
9. The Day You Went TfL M&C Saatchi, London
10. Return of the Sun Solon Jung von Matt

Top press campaigns

1. Balloon/Ice/Man Harvey Nicholls DDB London
2. Lingerie FHM Singapore Ogilvy & Mather Singapore
3. Ketchup CALM Publicis Mojo, Auckland
4. Short vehicles Gold R32 DDB Germany
5. Railcycle campaign Clima Co Leo Burnett Bangkok
6. Haiavanas campaign Sao Paulo Alpargatas AlmapBBDO, Sao Paulo
7. Baeball/Catfight Harvey Nicholls DDB London
8. China campaign Stufit Deluxe Saatchi & Saatchi, New York
9. Imagine etc Prince’s Trust CHI + Partners, London
10. Get A Girlfriend Axe Lowe Bull, South Africa

Top 10 poster campaigns

1. Voting campaign BBC World BBDO New York
2. Sundial McDonalds Leo Burnett Chicago
3. Short vehicles Gold R32 DDB Germany
4. Builders of Tomorrow Lego Jung von Matt, Germany
5. Hangar etc Lego Saatchi & Saatchi Singapore
6. Railcycle campaign Clima Co Leo Burnett Bangkok
7. Not Here But Now Amnesty Walker, Zurich
8. Bush/Bean etc Marmite Squeezy DDB London
9. Balloon/Ice/Man Harvey Nicholls DDB London
10. Shapes adidas, Germany TBWA\Germany

In association with The Garden Partnership:
Top 10 Art Directors

1. Menno Kluin Saatchi & Saatchi, New York
2. Jeff Anderson TBWA\Chiat Day, New York
3. Mike Kirkland Ogilvy & Mather Toronto
4. Emer Stamp DDB London
5. Adam Larson Crispin Porter + Bogusky
6. Marc Wientzek DDB Germany
7. Juan Cabral Fallon, London
8. Kevin Grady Crispin Porter + Bogusky
9. Pipat Uraporn Leo Burnett, Bangkok
10. Sompat Trisadikun Leo Burnett, Bangkok

Top 10 copywriters

1. Icaro Doria Saatchi & Saatchi, New York
2. Tim Piper Ogilvy & Mather, Toronto
3. Isaac Silverglate TBWA\Chiat Day, New York
4. John Kearse Crispin Porter + Bogusky
5. Ben Tollett DDB London
6. Rob Thompson Goodby Silverstein + Partners
7. Heiko Freyland DDB Germany
8. Matthew Brink Lowe Bull, Johannesburg
9. Juan Cabral Fallon, London
10. Yutaka Tsujino Crispin Porter + Bogusky

Top 10 Executive Creative Directors

1. Alex Bogusky Crispin Porter + Bogusky
2. Andrew Keller Crispin Porter + Bogusky
3. Amir Kassaei DDB Germany
4. Janet Kestin/Nancy Vonk Ogilvy & Mather, Toronto
5. David Lubars BBDO, New York
6. John Condon Leo Burnett, Chicago
7. Tony Granger Saatchi & Saatchi, New York
8. Richard Flintham Fallon, London
9. Graham Warsop Jupiter Drawing Room, Johannesburg
10. Eric Silver BBDO, New York

Top 10 Creative Directors

1= Jan Jacobs Saatchi & Saatchi, New York
1= Lee Premutico Saatchi & Saatchi, New York
3. Rob Strasberg Crispin Porter + Bogusky
4. Bert Peulecke DDB Germany
5. Stefan Schulte DDB Germany
6. Tony Calcao Crispin Porter + Bogusky
7. Adam Tucker DDB London
8. Jan Leube Scholz & Friends
9. Matthias Spaetgens Scolz & Friends
10. Ian Reichenthal TBWA\Chiat Day, New York

O filme está aqui.

Não foi uma, nem duas, nem três vezes que fui assistir a primeira versão de um comercial criado por mim e saí extremamente decepcionado. Já vi de tudo: filme que era para ser emocionante ficar engraçado. Filme que era para ser plástico ficar romântico. Filme que era para ser inteligente ficar pastelão.

Para mim, isso tem muito a ver com um fator que, em geral, fica num segundo plano na reunião de produção. A montagem.

Montagem é tudo. Nos EUA, as produtoras captam as cenas, sugerem uma montagem e entregam o material bruto para a agência. É ela quem fica responsável pela versão final - o que justifica o fato das agências americanas terem montadores profissionais nas suas equipes.

Veja esse vídeo fantástico, que transforma o clássico de terror O Iluminado em um filme de comédia (dica do Michel Morem). Um sucesso da internet assistido, segundo o Terra, mais de 50 milhões de vezes.



Eu e o Rafa, como criadores, e o Márcio, como cliente, estamos próximos de filmar um comercial de Olympikus com o Sérgio Amon. Para quem não sabe, o Amon é um dos principais diretores do Brasil. Ele tem na prateleira mais de 20 Leões de Cannes (isso ninguém me contou, eu vi no dia que fomos na Zero fazer reunião de decupagem).

Em determinado momento da conversa, ele apontou para o seu equipamento de edição e disse: "o filme está aqui". Para ele, montagem é tudo. (Sim, o Amon, além de dirigir e fotografar, também monta os próprios filmes.)



Um dos clássicos dirigidos pelo Amon: o comercial "Formiguinhas", criado pela F/Nazca.


Não sei se todos vocês sabem, mas eu trabalhei um ano como assistente de montagem da Zeppelin, a maior produtora do RS e uma das mais competentes do Brasil. Lá, aprendi algumas coisas que foram muito úteis e que pude aplicar numa campanha recente. Nunca vou esquecer do Beto Callage vendo a minha sugestão de montagem, gargalhando com o novo final e apertando a minha mão. "Me ganhou."

Mas não vou estragar a surpresa. Esse case é tão marcante que virou uma aula.

****

ATUALIZADO: o post do Fernando Meirelles sobre montagem (dica do Anselmo) é excelente. http://blogdeblindness.blogspot.com/2007/11/post-13-sobre-montagem-juntes-e-frame.html

FUI LÁ E FIZ!


Os meus amigos do Noteu* me convidaram para um desafio envolvendo uma colher e mostarda do Rib's. Aceitei. Foram os R$100 mais fáceis da minha vida. Confira no link.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O novo criador

Todos já conhecem este filme da Dove, certo?! Passei ele pra turma 2 no último dia de aula.



Um dos criadores se chama Tim Piper, quem já ouviu falar?
É dele também o filme mais falado de 2007, ganhador de dois GPs em Cannes, para o mesmo anunciante.



Muito bom, né?! Agora vejam quantas vezes o nome do Tim aparece na ficha técnica:

Agency: Ogilvy Toronto
Creative Directors: Janet Kestin, Nancy Vonk
ACD/Writers: Tim Piper (1), Mike Kirkland
Art Directors: Stuart Campbell, Mike Kirkland, Sharon Lee Pan, Tim Piper (2)
Production Companies: Worldwide Productions, Miami; Steam, Toronto
Director: Tim Piper (3)
Photography: Mark Belvedere, Tim Piper (4), Mike Kirkland
Post Producer - Stefani Kouverianos (Soho)
Online Editor: Kevin Gibson (Soho)
Off-line Editor: Tim Piper (5)
Sound design: Vapor, Toronto

Cinco vezes. O novo criador, o cara que vai dominar a banda, precisa ser assim. Precisa saber criar -e muito bem, mas deve entender também o máximo sobre tudo aquilo que envolve o processo que começa antes mesmo do PLIM da idéia e vai até depois do OK do cliente pra ir pra rua.

Envolve idéias, referências, produção, MAS envolve TAMBÉM estratégia e conhecimento do negócio do cliente. Vale entender mais, até, sobre o resultado da campanha na mídia. A internet, por exemplo, permite ir mensurando ao vivo uma ação e mudando ao longo do caminho.

E não espere por ninguém, ou no caso das agências mais estruturadas, o departamento de planejamento. Uma campanha, uma idéia, não precisa necessariamente de um planejador, MAS precisa ser planejada. É batata: quando mais curiosidade, mais informação tivermos, e mais entendermos do todo, melhor vai ser o resultado daquilo que passar pelas nossas mãos.

A Perestroika e o conteúdo das aulas, surgiu desta crença, até. A soma das aulas tenta mostrar isso. O estímulo ao "foi lá e fez". A tentantiva de fazer os alunos experimentarem de tudo: de uma stand up comedy a uma campanha colocada na rua, valendo Brahma. As aulas de referências criativas e marketing criativo com perspectivas, cenários e possibilidades. Isso o novo criador precisa pra caramba. Só que não adianta ter isso e querer ser redator ou DA (ou os dois, como é comum na Ingleterra) e não saber a técnica. Porque só sabendo tecnicamente que o cara coloca CINCO VEZES o nome dele na ficha. Tem que saber fazer. E bem. Por isso maratona de títulos.

O Tim Piper é mesmo um belo exemplo. É neste tipo de gente que o nego que tá começando precisa mirar. Entender o padrão dele. Em entrevista sobre a campanha do Evolution e o filme Onslaught (o primeiro deste post, mas que na real foi ao ar depois do segundo mostrado aqui) o Tim fala que eles sempre souberam que o Evolution tinha mais potencial viral (e tem) que o Onslaught, mas que a mensagem do segundo é muito mais poderosa. Filhodaputa, pensei: primeiro eles viralizaram com o Evolution, depois lançam o segundo já "contaminado". Todo mundo quer ver, em função do primeiro, e vai tomar um soco na barriga pela mensagem -que eu acho FODA. Essa, pra mim, é outra graaaaande idéia dessa ação que só estudando a gente descobre. E ele sabe disso.

Numa outra entrevista, ele conta todo o conceito da marca Dove, da relação aberta com o cliente e a multiplicação de toda a ação numa plataforma incrível. Fala que eles sabem quando precisam seguir policies porque é mais eficiente mesmo e quando o conteúdo da comunicação é a idéia poderosa. Tipo, o cara entende de conceito, de marca, de posicionamento. E sabe fazer.

Descobri mais este filme que ele aparece como redator e diretor.



No YouTube dá pra achar o USER dele tb.

Que o cara sirva de inspiração. Esse envolvimento e conhecimento dos processos todos deu GP em Cannes em FILMES e CYBER.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Melissa e Vivienne Westwood



No São Paulo Fashion Week ninguém queria perder a chance de ouvir e ver das estilistas revolucionárias da moda do século 20 falar. Vivienne Westwood, responsável por oficializar a influência do punk na moda lá nos anos 70.
Todos queriam saber da novidade: uma parceria com a Melissa.
Vivienne criou uma versão Melissa de seu sapato Mary Jane, da coleção de 2000 (com o relevo dos dedinhos na lateral e tudo), e estampou o forro do modelo Ultra Girl da marca. "Sempre quis trabalhar com o plástico. Tentei nos anos 80, mas não deu certo", contava ela, na abertura da coletiva, que teve a apresentação de Lilian Pacce.

A próxima celebridade convidada pela Melissa deve ser a arquiteta Zaha Hadid, para quem lembra tem um post no blog sobre ela.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

PRESSA E VELOCIDADE

O último comentário no post anterior foi da nossa aluna Gabriela Oliveira. Ela disse "eu acho que este blog está mudando... não tem mais atualizações. :("

E é engraçado porque eu mesmo já tinha acessado o blog algumas vezes e estava meio ansioso com o novo post que deveria estar para nascer. Mas daí, me dei conta que estávamos há apenas um dia sem post novo, o que na real nem é tanto tempo assim.

Só que na minha percepção, na da Gabriela, e provavelmente na de mais gente, parecia que já estava velho. Desatualizado. É a tal da pressa, dessa questão que aparece em tudo o que é pesquisa de comportamento e de tendências de consumo. Como a gente quer informação cada vez mais rápida, cada vez mais instantânea, cada vez mais tudo ao mesmo tempo. De preferência, agora. A tal da snack-culture. O tal do mash-up.

(Vejam só como esse negócio de mash-ups musicais. Ouvi numa festa um mash-up de Paradise City com ABC. É ouvir Guns n' Roses e Jacskon Five ao mesmo tempo. E é muito afudê por sinal.)



De certa forma essa pressa acaba se refletindo muito na nossa vida profissional. Prazos apertadíssimos, clientes que querem resolução de um briefing para ontem, diretores de criação que querem que seus estagiários de 19 anos já sejam criadores mais maduros. Pior: estagiários de 19 anos já se julgando criador maduro, querendo fazer leilão entre agências, coelhar trabalhos, achar que todos atendimentos e clientes são caretas, que não entendem o vanguardismo das suas propostas.

Não falo do alto da minha experiência, porque ainda não cheguei lá. Mas já tenho 30 anos e só com isso já consigo saber que tem coisas que só vem com o tempo. Que não tem como amadurecer mais rápido. Como o tempo necessário para aprender a lidar com as frustrações da vida profissional de modo igualmente profissional, sabendo o que significa ter jogo de cintura e diplomacia. É saber que daqui a pouco o teu salário vai aumentar. Que uma nova oportunidade vai aparecer em pouco tempo. Que às vezes um trabalho não vai ficar tão bom.

E também, é saber que existe um tempo para a idéia chegar, amadurecer e se confirmar como uma idéia boa mesmo. Por isso, hoje em dia, quando eu pego um briefing, não fico arrancando os cabelos se não surje uma idéia logo na primeira hora de brain. Às vezes, isso acontece. Mas muitas vezes, são dias e dias de conversa, discussões, insights, passos para trás e trcandas, muitas trancadas. Mas ela chega.

Leva tempo para quebrar a matrix.

É como a hora certa de dar o primeiro beijo numa mina. Tem que ter o timming. Se quiser acelerar, é capaz de não rolar. Tem que criar o climinha, estabelecer alguns contatos e química antes de fazer o primeiro movimento de chegar. Mas também não poder demorar muito, porque se também se perde a oportunidade.

Agilidade na hora certa. Porque há de se ser rápido. Mas talvez não com tanta pressa.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Os homens estão mudando?

Sábado estava vendo a festinha do Big Brother e me surpreendi com os homens dançando com eles mesmos numa rodinha. Não tem nada mais ridículo que homem dançando com homem (na minha opinião pelo menos).
Pra começar homem não dança.




O mais estranho é que enquanto os manés dançavam em rodinha, a mulhereda ficava em volta empinando trago. O mundo virou de cabeça pra baixo. Tá tudo trocado.
As mulheres é que saem para dançar.
Homem sai pra beber e se divertir. E, sim, isso inclui ver as mulheres dançando.

Por isso que eu gosto do Big Brother, ele me mantém atualizado com essas modernidades, por mais bizarras que elas pareçam.

Mas uma coisa é certa. Se alguém vai passar o rodo na mulherada do programa vai ser um dos caras que não entrou na rodinha.
Homem que dança em rodinha é blefe.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

INSCRIÇÕES ABERTAS

Módulo II.
Depois de muita reunião chegamos no programa completo.



Como vocês podem ver, é um programa bem mais profundo que o Módulo I.
A gente acredita que o conteúdo está realmente preza.
Tão preza que poderia ser útil a muitos profissionais experientes.

Nós esperamos que, a partir do Módulo II, vocês consigam discutir sobre determinados assuntos, quase de igual para igual, com os redatores e diretores de arte sênior.
Muitas vezes, até com o próprio diretor de criação.

Esperamos por vocês.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

LEGALIZE O TATU.

Chega de hipocrisia!

Está na hora da sociedade dar um passo atrás e resolver de uma vez por todas um assunto que há décadas vem reprimindo e cerceando a liberdade dos nossos cidadãos: o dedo no nariz. Este é um tabu que diz respeito a todos. Não segrega classe social, raça, gênero ou etnia.

Vamos combinar pessoal: tatu é só poeira e muco. Não é nada tão nojento assim.

Me expliquem por que, meu Deus do céu, por que está tudo bem para um jovem estudante de faculdade beber muito e vomitar das tripas coração na frente de todos os colegas? Essa é uma cena comum de ver acontecendo em festinhas juvenis pelo Brasil afora e adentro. E o que acontece com o fanfarrão? Sofre retaliações? É hostilizado pelos colegas?

Nada disso: acaba virando sinônimo de cara festeiro e animado. E se estiver realmente mal, observem quantas pessoas se voluntariam para ajudá-lo a encontrar um lugar mais confortável para repousar corpo e cabeça, buscar refrigerantes, água, cafezinho.

Agora, tenta tirar aquele tatu que está incomodando o nariz no meio da mesma festa e olha o que acontece. Olhares tortos, batidinhas de ombros, pessoas que não querem mais te cumprimentar. Apelidos indesejáveis. Me diga, existe lugar melhor do que a pista de dança para limpar o salão?

Sejamos transparentes: não existe outra forma melhor de limpar o nariz. Não me venha com cotonetes. Tem lugares que o cotonete não alcança. Fora que a área entre o dedo e a pontinha da unha proporcionam uma garra sem igual para arrancar os tatus mais bem presos. O dedo é o fio dental do nariz!

Dedos em riste, povo. Legalize o tatu.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Vivendo o Dia, Ilusão do Sonhos: o Colecionar de Amizades na Sapucaí

Tem uma coisa que eu não gosto no Ano Novo. E não são os foguetes. Não é o Show da Virada na Globo. Não é o excesso de movimento nas praias de Floripa. Nem o arroz que aparece cheio de cenoura e passas.

O grande problema é que, além da euforia, das expectativas, das esperanças renovadas, além da chegada de uma nova oportunidade para a gente fazer a vida dar certo, a virada do ano também marca o início da vinhetinhas de carnaval da Rede Globo.

Entenda-me, por favor. Não tenho nada contra o carnaval em si. É um ótimo feriado.

Fora isso que tudo o que eu preciso fazer para não ser impactado por duas dezenas de baterias que tocam exatamente igual, de duas dezenas de alas das baianas que só muda a cor das roupas das velhotinhas, das centenas de alas que precisam de toda uma explicação para a gente saber do que se trata ("Na comissão de frente, essas pessoas vestidas com latas na cabeça e colar de havaianas representam o heroismo e bravura dos primeiros colonizadores angolanos, que ouviam histórias de seres míticos que moravam na floresta e que mergulhavam suas espadas em águas correntes porque acreditavam que assim os espíritos de seus antepassados ofereceriam proteção") e de um monte de madrinha de bateria que samba muito pior do que os carinhas que ficam puxando o carro Abre-Alas, é não assistir TV durante 3 dias.


Mas das malditas vinhetinhas da Globo, não dá para escapar.
Puta que pariu, que dá vontade que o cu daqueles filhos da puta pegue fogo de fora pra dentro.

O bom é que esse ano o Carnaval é bem cedinho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

SÓ A CABECINHA

O camarada aí embaixo é o Gregor Ferreira. Você talvez nem saiba quem ele é porque não deu tempo dele ficar famoso. Ele desistiu de participar da oitava edição do Big Brother Brasil ontem, um dia antes de entrar na casa. PEDIU PRA SAIR! PEDIU PRA SAIR! O cara desistiu antes do Capitão Nascimento fazer a chamada. Alegou questões particulares.




Porra, Gregor! Que decepção.

Nós aqui, no Blog da Perestroika fazendo a maior torcida, o maior lobby, a maior corrente pra frente pelo BBB 8, convertendo até descrentes como o Michel Morem a assistir o programa e tu desiste assim, na maior?


MICHEL MOREM
Indicado da Turma 2 do Módulo 1 da Perestroika.
Atual assistente de arte da DCS.


Difícil julgar o cara. Uma vez, tinha uma viagem com a turma para São Miguel das Missões e tava tudo certo para eu ir. Aí, na última hora desisti. Fui o único da turma que não foi. Mas também, eu tava na quarta série, tinha 8 anos e muito medo do escuro.

O cara teve todo o trabalho de mandar a carta, fazer um vídeo. Teve 7 edições anteriores para saber como funcionava a porra toda. Teve a sorte de 1) ser um dos selecionados e 2) ter um cara na frente dele que pegou rubéola e deu lugar pra ele. E daí, desiste? É meio que ser o primeiro colocado na lista de espera do vestibular de medicina da USP, o cara da tua frente morrer, tu ser chamado, e decidir que o que tu quer mesmo é fazer Ciências Atuariais.

Acho que até o Panichi, que toda a noite dos próximos 3 meses vai rezar e agradecer ao Papai do Céu por ter Net no quarto, se se visse magicamente transportado para o hotel da concentração da Globo, prestes a partir para a casa, ia pensar "Bá, já tô aqui no inferno, vou dar um beijinho no Diabo!"

GUSTAVO PANICHI
Indicado da Turma 2 do Módulo 1 da Perestroika.
Atual DA da M+A.


O Gregor deve ser o tipo de cara que se chama a puta e ela não é tão bonita quanto no site, manda ela voltar. E ainda não paga o táxi.


Será que ele se ligou que trata-se de um programa superficial? Que é tudo gente sem conteúdo? Que ele não teria a oportunidade de agregar para a educação do país? Se revoltou que só tinha mulher bonita e gostosa na casa e acha isso um absurdo porque não reflete a verdadeiro biotipodiversidade brasileira?




Sei lá. Só sei que o Gregor é empresário.
Do ramo das produções de formaturas.
Empreender é fazer.
O Gregor foi lá e não fez.

Talvez devesse se formar na Perestroika.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

É amanhã! É amanhã!

Começa amanhã um dos meus programas favoritos da TV brasileira: o Big Brother Brasil. E não, eu não tenho vergonha de dizer isso. Porque é meio foda gostar de BBB: sempre tem um grupinho que acha um absurdo, que é um programa sem conteúdo, que é uma exploração, que é uma ignorância, que o Pedro Bial é ridículo, que é tudo armado e mais um monte de coisas.

De certa maneira, eu entendo a posição dessas pessoas. Assim como eu entendo o pessoal que critica o Mc Donald's. Mas eu gosto. Os que criticam o cinema americano. Mas eu gosto. Os que acham a Ana Maria Braga uma chata. Mas eu gosto.

O grande lance é que o pessoal que detona o Big Brother usa argumentos que eu não acho que desvalorizem o programa. Tipo, tudo bem não gostar. É questão subjetiva. Mas não tentem usar argumentos racionais pra isso. Não precisa.
ARGUMENTO CONTRA O BBB #1 : "É tudo armado, que a Globo edita as imagens pra tirar quem eles querem."

Em primeiro lugar, eu que assisto bastante o BBB, uma vez cheguei a assinar o Pay-Per-View, dou o meu relato de que as edições resumem bem a trajetória de cada participante da casa. Claro que não dá para colocar TUDO o que o cara fez nas últimas 7 semanas. Então, é óbvio que eles precisam editar. Mas não acho que seja tendenciosa. Se o cara foi 50% chato, 25% pau no cu, 15% bêbado e 10% carinhoso, numa edição de 3 minutos, isso dá a ele 18 segundos de carinhoso contra 1 minuto e meio de chato.

A outra questão é que não nenhuma razão para a Globo ser tendenciosa. Se 80% do público prefere que o carinha saia, isso significa que 80% das pessoas que votam vão continuar assistindo se o carinha sair. Por que a Globo quereria mudar esse panorama?


ARGUMENTO CONTRA O BBB #2 : "Eles só pegam gente bonita."

Ótimo. Quem é que quer ficar assistindo umas pessoas feias, usando sunga o dia inteiro, pegando sol e malhando? É isso que acontece no dia dos caras. Melhor que sejam pessoas bonitas.


Por que não ficam reclamando que só escolhem umas gostosas pra madrinha de escola de samba?

Por que não reclamam que todo o ano, a Miss Brasil é uma moça bonita?

Por que não reclamam que só tem mulher bonita na capa da Playboy?


A moral é essa: vamos botar um monte de gente bonita e sarada e vamos ver os bichos querendo se pegar. Quer ver gente feia na TV? Assite o Serginho Groisman e a Marília Gabriela.


ARGUMENTO CONTRA O BBB #3 : "Eles não escolhem pessoas que representem a realidade do Brasil."

Ouvi isso num programa de rádio da Ipanema.
E nunca vi a Ipanema pegando um cara qualquer para dar entrevista na rádio e falar sobre como é o processo de fabricação do sabão, quantos litros de soda cáustica vai por dia e qual é o corante que eles usam.

Meus, o nome do programa não é BIG IBGE BROTHER.

E digo mais, a Globo até deu chance de colocar pessoas "normais" no programa quando fizeram aquelas entradas por cartas. Mas a moral é que entrou um monte de gente que não fedia nem cheirava, que não tinha nenhuma participação importante, que ficava de canto, que enfim, não participavam do programa.

E essas pessoas acabavam ainda sendo privilegiadas, porque precisavam mais. É o coitadismo brasileiro. Vamos dar então a Copa Libertadores para um time da quarta divisão.




Pra caridade, a Globo já tem o Criança Esperança. A Mara e a Cida não mereciam ter ganho. Pronto, falei.


ARGUMENTO CONTRA O BBB #4 : "É tudo muito raso, superficial, sem conteúdo."

Ah, bom. Aí tenho somente 27 palavras para vocês: Zorra Total, Altas Horas, Toma Lá Dá Cá, Saia Justa, Duas Caras, Circo do Edgard, Domigão do Faustão, Lugar (In)Comum, Viva a Noite, Hebe, Show do Leão.


ARGUMENTO CONTRA O BBB #5 : "Esse programa não contribui para a educação das pessoas."

Claro, essa é a responsabilidade de um programa de TV.

Fora que essa parte de culto à celebridade, formação de celebridades instantâneas e tal, nem é tão assim. Os caras que não têm talento, não têm conteúdo, não tem serventia, acabam sendo naturalmente expelidos. Tanto que os únicos dois casos de pessoas do BBB que acabaram dando mais certo, foram a Grazi e a Sabrina, que, na real, acabaram desempenhando muito bem as funções que estão ocupando agora.


ARGUMENTO CONTRA O BBB #6 : "Festinhas, provas, anjo, líderes. É tudo muito fake, pra gerar os conflitos. As pessoas são escolhidas para cumprirem papéis específicos."

Sim, amigo. Se não, a gente ia ficar vendo as pessoas dormindo e comendo. E o legal é formar a novelinha, com o bandido e o mocinho. O engraçado, o polêmico. A putinha, a certinha.

É assim que funciona em toda dramaturgia: teatro, TV, cinema. Qual é o problema de se proporcionar um script, mesmo que informal, para que os participantes ocupem posições? É a moral do programa.

Além disso, a Globo já tem na sua grade um horário reservado para mostrar coisas desinteressantes, marasmentas e sem nenhuma ação. É chamado Globo Repórter.

ARGUMENTO CONTRA O BBB #7 : "Estamos acostumando o povo brasileiro com lixo."

Buenas, vale lembrar que o formato é sucesso em todo o mundo. Inclusive na Inglaterra. E só assiste quem quer. Quem não quer, troca de canal.

Deve ter mais várias restrições. Muitas outras.
Veja bem: não estou tentando convencer ninguém a gostar do programa. Mas acho que, dentro do contexto de "vamos juntar 12 pessoas que não são conhecidas e deixá-los trancafiados numa casa. Cada semana sai um", o BBB é um produto muito bem feito, construído e desenvolvido.

Se você quiser, pode tentar me convencer do contrário. Pode dar outros argumentos. Vou ficar trifeliz de ouvir e não vou ter problema nenhum de concordar com você.

Mas, por favor, não me liga amanhã depois da novela.

domingo, 6 de janeiro de 2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Revista Time: 50 Top 10 Lists

Diferente da maioria das retrospectivas de final de ano, que são um saco, a revista Time recém publicou uma coletânea de 50 listas "Top 10" de 2007. Tem muita coisa legal, tanto do ponto da cultura inútil quanto da cultura útil. Na pior das hipóteses, serve para ficar sabendo o que tá rolando lá nas gringas.

Alguns deles:

Os 10 melhores slogans de camisetas de 2007.




Os 10 melhores virais de 2007 (virais no sentido que "viralizaram", não necessariamente produtos publicitários).




As 10 melhores capas de revista de 2007.




Os 10 melhores comerciais de 2007.




As 10 melhores tendências da moda de 2007.




As 10 melhores músicas de 2007.




As 10 melhores exposições de arte de 2007.




Os 10 melhores sites de 2007.




Os 10 melhores games de 2007.




E por aí vai. Vale a pena gastar meia hora e dar uma espiada geral. Os top 10 estão agrupados em categorias. A lista completa está em:

http://www.time.com/time/specials/2007/top10/0,30576,1686204,00.html.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Imperdível: 50 Years Of Grand Prix

Estão disponíveis no site todos os grand prix de todas as categorias dos 50 anos do Festival de Cannes. Não sei se isso é temporário. Na dúvida, dê uma espiada o quanto antes.

Simplesmente imperdível.
http://www.canneslions.com/login/login.cfm

É rapidinho pra registrar. Você recebe por email uma senha que dá acesso a todo o conteúdo.

Percebam que, em alguns anos, não houve grand prix. Além disso, algumas categorias são recentes e, dessa forma, a listagem é mais curta.

Tudo é muito do caralho. Mas não há como negar que os comerciais são as grandes estrelas. Até porque Cannes começou como uma competição de filmes de propaganda. Está no DNA do festival.

Para os preguiçosos, eu selecionei alguns dos meus preferidos e coloquei aqui no Blog. Mas não deixem de ver outros antigões fantásticos: o Passat, de 1988, o Helbon-Sha, de 1987, o John Hancock Financial, de 1986, e o Matsushita, de 1982. Tirando as limitações de produção da época, todos são moderníssimos.


Memory, 1996


Archaeology, 1985


Wassup, 2000


Kipper, 1981


Litany, 1999


Noitulove, 2006

Piada de português II

Achei tão bacana portugal que acho até sacanagem fazer piada. Mas também não me deixaram alternativas. Este cartaz buscava uma atriz para grupo de teatro. Até aí tudo bem. Mas o segundo item do requisitos não permitiram que eu me segurasse.






Sem falar que o cartaz estava colocado dentro de um carro. Tipo, qual a chance de conseguirem a pessoa?

Mas repito: portugal é demais. E a língua portuguesa é muito rica. A conclusão que cheguei aqui é que somos MUITO influenciados pelos americanos e sua cultura. E isso tem impacto direto na hora que dissemos, por exemplo, que é muito ruim fazer nomes em português, que é difícil e tal. Portugal me mostrou que não. Mas isso eu conto na volta.

Feliz 2008 para todos que tem e não tem experiência.
E, ah, eu tenho descendência portuguesa, antes que pensem qq coisa... :)