Blog da Perestroika

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Montando o quebra-cabeça.

Se você ainda está curioso para saber o que é Ironman, aí vai mais uma pista: Overlord.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pork and Beans



A banda Weezer postou o seu novo clipe no Youtbe. Que junta, justamente, as celebridades do site mais famoso de vídeos do mundo.

Estão lá: o gordinho NumaNuma, a Miss South Carolina - do "They don’t have maps!", o choroso fã da Britney. E até referências ao Star Wars Kid.

Em uma semana, já rolaram quase 4 milhões de views.

Tava caindo de maduro. Até nós, da Perestroika, já tínhamos pensado em fazer um lance parecido.

Então, mais uma vez, fica a lição: teve a idéia, vai lá e faz. Porque se for boa, alguém vai fazer logo, logo.

Já matou o seu hoje?

Fazendo escola

Olhem a galhofa que está rolando na Escala:

terça-feira, 27 de maio de 2008

Inferno astral X mamutes

Que porra é essa?
Me explicaram (não sei se está certo), que é um período de um mês antes do aniversário. E que tem inferno no nome porque é um período bem difícil.
Pura bobagem.
Sempre acreditei que o aniversário é pra ser uma coisa boa. É uma hora de comemoração.
Não tem sentido esse tal inferno astral. Meu mês foi ótimo.

Bom, isso tudo é pra dizer que essa semana faço aniversário. ;-)
E que assim como eu faço aniversário, logicamente, outras pessoas que trabalham nas criações das agências no Brasil também fazem seus aniversários durante o ano.

Mas o que me intriga é que apesar de sempre fazerem aniversários, as criações nunca envelhecem.
Tem sempre gente nova, sempre mais jovens. Onde vão parar as pessoas mais maduras??????
Um dia vão ter pessoas de 15 anos trabalhando?
Onde foram parar os redatores e diretores de arte que faziam o dia-a-dia das agências?
Hoje uma pessoa que está a 2 ou 3 anos em uma agência, às vezes é a mais antiga na conta.

Já faz algum tempo que entrei a primeira vez na criação, e desde lá vi vários profissionais ótimos desaparecerem. Sinto saudades deles, aprendi muito com eles. Gostaria que eles voltassem e ensinassem as novas gerações.

As novas gerações são sedentas por aprender. E muitas vezes são jogadas no fogo das agências e tem que aprender sozinhas a sobreviver na selva. É, às vezes é uma selva mesmo. E tem que matar um mamute por dia. Com mais pessoas experientes, talvez fosse mais fácil matar os mamutes. Afinal, elas já devem ter matados vários, né?

Talvez eu que esteja errado, talvez essas pessoas experientes tenham decidido largar tudo para serem mais felizes fazendo outras coisas menos desgastantes que matar mamutes, ou foram engolidas pelo inferno astral e resolveram largar tudo.

Ou, talvez eu esteja certo em não parar de matar mamutes enquanto ainda gostar de matar mamutes. E descobrir a cada dia novas maneiras de acabar com eles.

Já pararam pra pensar que na Inglaterra devem existir muito menos mamutes que aqui? Talvez por existirem mais pessoas experientes trabalhando?

Resumindo: aniversário é superbacana. Inferno Astral é bobagem. E mamute é difícil de matar, mas quando morre dá um prazer do cacete.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O que acontece quando a gente cria apenas, somente e exclusivamente para televisão?

Por Fabiano Goldoni*


Antes de qualquer coisa, vou explicar o que eu faço para ganhar a vida já que não trabalho mais em propaganda. Para não encher o saco com muita explicação, eu posso resumir o meu dia-a-dia assim: Participo do processo de criação e produção de tudo o que aparece no canal FOX desde que não seja filme, série ou propaganda. Desde as chamadas dos filmes e séries, passando pelas vinhetas institucionais, até aquelas animações com a marca que não dizem nada muito diretamente, mas que dão identidade visual ao canal. Isso tudo é o que chamamos de Branding. Além disso, eu também tenho que garantir que o trabalho do departamento de marketing e relações públicas tenha unidade com as campanhas que criamos para cada produto da programação. É bastante coisa para fazer, mas acho que consegui resumir tudo em apenas um parágrafo.

Apesar de ser um meio de comunicação e ter bastante espaço comercial reservado para si próprio, um canal de televisão também precisa de uma agência de propaganda para anunciar em outros meios. Ou seja: de publicitário, eu virei cliente. Mas acontece que eu sou um cliente que também cria peças para vender seu próprio produto. Ou, como eu prefiro dizer, sou um cliente publicitário que trabalha numa espécie de House Agency, mas que faz um trabalho que nenhuma agência de propaganda é capaz de fazer: o trabalho de “propaganda” dentro do canal.

Os serviços de propaganda fora do canal são terceirizados. O resultado disso é que a agência acaba não fazendo o papel do ator principal na conceituação e planejamento da marca. Já que essa é a função do departamento onde eu trabalho, e que chamamos de On Air. A agência é um criativo coadjuvante nessa história, porém um coadjuvante de luxo, tipo o Morgan Freeman ou Paul Giamatti. Não por ego, mas porque o departamento de On Air tem um conhecimento profundo do consumidor. Estamos o tempo todo anunciando e medindo o resultado através dos medidores de audiência. Observamos o que funciona e o que não funciona com cada um dos públicos imagináveis de um canal de TV, durante as 24 horas do dia, todos os dias da semana. Por isso, como todo ator coadjuvante que se preza, o papel da agência é dar aquela sacudida, nos avisar para não embarcar no vôo 77, nos mostrar o caminho para Mordor e não nos levar para onde estão os Orcs. Em outras palavras, é dizer “Epa! Levar o King Kong pra Nova Iorque parece genial à primeira vista, mas no fundo vai ser uma grande cagada!”. Sempre em busca de soluções criativas: “Quem sabe a gente não filma o macaco gigante aqui na ilha e leva só o filme, hein?”. Enfim, ter aquelas idéias óbvias, porém geniais, que nós não tivemos durante todo o filme: “Vai por mim, criar um parque com Dinossauros é fria!” O que eu posso dizer é que a agência é fundamental para um final feliz.

Na prática, o que eu quis dizer com a minha exibição gratuita de metáforas cinematográficas, é que trabalhar numa agência para um canal de TV não significa que pessoas com um ego maior que o seu vão reprovar todas as suas idéias geniais porque essas mesmas pessoas têm um conceito pré-concebido da campanha. As idéias geniais apenas precisam estar dentro desse conceito pré-concebido, digo, dentro do conceito criativo da campanha de On Air.

Sim, é meio foda. Porque já é complicado criar campanhas para produtos de carne e osso. Imagine criar para uma série de TV que, antes de chegar nas suas mãos, foi baseada num conceito, ou se preferir, numa idéia. Logo, o desafio da agência é ter idéias para vender essa idéia.

Se for pensar, ter idéias para vender uma idéia não é um problema exclusivo das agências que trabalham para canais de TV a cabo. Aliás, todas as agências de propaganda que se prezam precisam ser especialistas em vender idéias. Acho que vocês já ouviram isso, mas nunca é demais recordar alguns exemplos:

A Nike produz tênis para correr, mas vende a idéia de que é possível ter uma vida saudável mesmo vivendo numa cidade repleta de concreto e poluição.

A Sony produz o Playstation, só que vende a idéia de que jogar video-game por 70 horas seguidas é tão divertido quanto brincar de fazer uma montanha humana.

A Dove faz sabonete, mas vende a idéia que as mulheres não precisam seguir um modelo de beleza para serem felizes.

A FOX, por exemplo, produz Os Simpsons, mas vende a idéia de que só uma religião tem tantos fãs (fiéis) pelo mundo. Como campanhas de On Air, de qualquer canal, não costumam ser tão famosas como as da Nike, Playstation e Dove, deixo aqui o link para que entendam. Se essa campanha, que chamamos apenas internamente de “Simpsonismo”, saísse da TV para a rua, a criação teria que partir do princípio de que é preciso criar uma campanha para promover uma religião e não a série Os Simpsons em si. Sacam a diferença?

Isso não significa que dentro do departamento de On Air não se pensa em propaganda. Quando nos reunimos para um brainstorm, as idéias não são separadas nas nossas cabeças por On Air e Off Air, ou por tipos de mídias. Afinal idéias surgem de forma aleatória e podemos criar na campanha para Internet ou guerrilha ao mesmo tempo em que pensamos nos conceitos, no design, nos trailers, vídeos e vinhetas.

O resultado disso é uma competição saudável entre o departamento de criação do cliente e da agência. Por um lado, pode ser ruim para a agência, porque não é uma competição muito justa, já que um dos lados tem o poder de decidir o resultado. Mas tem o lado positivo que é o de atender um cliente que tem um critério criativo mais apurado do que qualquer gerente de marketing.

Estar ligado à indústria do entretenimento e poder participar desse processo de interação criativa entre On Air e agência me fez ver a propaganda de uma forma diferente.

É sobre isso que eu vou falar nós próximos textos e, quem sabe, vídeos aqui no blog.

***

*Fabiano Goldoni é criador dos canais Fox e FX, em Buenos Aires e um cara do caralho. Se tudo der certo, em breve vai ser mais um Czar da Perestroika. O texto acima não foi tirado de lugar nenhum. É uma contribuição exclusiva do Fabiano para o Blog da Perestroika. A primeira de várias.

domingo, 25 de maio de 2008

Diamantes.

Nesse final de semana, eu e o Rafa tivemos o privilégio de filmar novamente com o Bernardinho. Ele é um cara fantástico no set. Não reclama, não tem nenhum estrelismo e topa todas as bizarrices que a gente inventa. E ainda é puro alto astral, tá sempre fazendo piada e divertindo a galera da produção.

Mas dessa vez, eu tive um privilégio maior que nas edições anteriores. Em determinado momento da filmagem, quando estavam rodando uma cena só com o Giba, ficamos batendo um papo in off. Sem câmeras, sem microfones, sem responsabilidades.

Seria até presunção dizer que foi uma conversa. Porque durante aqueles 20 minutos, eu praticamente não falei. Não valia a pena investir aqueles poucos minutos ouvindo a minha própria voz.

Vale lembrar: o Bernardinho cobra muito caro pelas palestras que dá.

Falamos principalmente de esporte. Eu adoro esporte, e parecia que eu estava lendo um almanaque. Ele sabia datas, placares, nomes, tudo de cor. Detalhes que fariam inveja ao PVC. Impressionante.

No meio disso tudo, ele explicou qual é a principal diferença entre um grande jogador e um campeão. Usando outras palavras, ele disse que "o grande jogador é aquele que praticamente não erra. E o campeão é o que não erra quando não pode errar."

Tá, eu sei que esse não é um ponto de vista muito novo. Muita gente fala isso e não é de hoje. Mas sei lá: ouvir essas palavas do cara que montou o time mais vitorioso da história do esporte, em todos esportes, em todos os tempos, foi diferente.

Peguemos como exemplo o Michael Jordan.

Sempre que tinha jogo decisivo, a história era sempre a mesma. Faltavam poucos segundos. O técnico adversário sabia que a bola ia para o Jordan. O time adversário sabia que a bola ia para o Jordan. A torcida, o comentarista, o mundo inteiro sabia que a bola ia para o Jordan.

E bola ia para o Jordan. Mas parecia impossível marcá-lo. Na pressão, ele não arrepiava.



Acho que esse conceito se aplica um pouco ao nosso negócio.

Os grandes profissionais com quem convivi foram justamente aqueles que, na hora do aperto, tiraram leite de pedra. Quando alguém virava e dizia "ou a gente acerta nessa campanha, ou vamos perder a conta". E o cara ia lá, e fazia o melhor anúncio da vida dele.

Ou quando dava um problema num comercial, que mudava o roteiro depois de filmado. E a dupla era obrigada a fazer um remendo, com as cenas já captadas, deixando tão bom quanto a versão original.

Ou naquelas vezes que tá tudo pronto, montado, e alguém descobre que a concorrência vai lançar uma campanha igual. Daí é virar a noite e produzir algo tão bom quanto o que acabou de ser feito, mas em tempo recorde.

***

Existe um ditado que eu amo, que é: diamantes nascem sob pressão.

Sempre que eu vejo os vencedores de um festival - principalmente aqui no Salão da Propaganda, que é onde eu tenho mais contato e mais histórico das peças - faço a minha própria avaliação.

Cada vez mais eu valorizo aqueles trabalhos de verdade, para produtos de verdade. Que dá para ver o briefing sendo resolvido. O problema que o cliente tinha e a solução que foi encontrada. É aí que estão os diamantes.

Só nessas condições, só um trabalho que vai para a rua MESMO é que me impressiona. Porque só assim a idéia é colocada a prova por um diretor de criação que está pensando seriamente sobre o assunto. Que tem um cliente avaliando de forma séria o que vai ao ar. E que é julgado pelo consumidor, o verdadeiro júri das nossas idéias.

Criar para o mercado publicitário, ou para filantropia, ou fazer fantasmas, ou até esses clientes que não remuneram a agência e topam qualquer barbaridade, é como jogar um amistoso.

Eu já criei, e vez por outra continuo criando para esse segmento. Não sou a favor do fim desse tipo propaganda. Por favor! Adoro criar as campanhas do Salão da Propaganda, ou os anúncios de fornecedores que vez por outra caem na nossa mesa.

Agora, lá no fundinho, eu sei que existe uma grande diferença entre isso e o anúncio produto-e-preço da STIHL que volta e meia entra na nossa pauta.

Então, toda vez que pintar um job casca grossa para você, não veja como uma engronha. Veja como um teste. Um teste para saber se você já está preparado para desafios maiores. Um teste para saber se você já pode assumir grandes responsabilidades. Se você já se transformou em diamante, ou se ainda é carvão.

E se o prazo for curto, lembre-se do Michael Jordan. Ele normalmente tinha que se virar só com alguns segundos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Vovô garoto.



Fui ver o novo Indiana Jones. Como sempre tenho boa intenção com os caras bem intencionados, gostei. Mas não gostei-gostei. Gostei.

Vi dois grandes problemas no filme. O primeiro são as mentiras escandalosas.

Convenhamos: todo filme de ação tem mentiras. E as mentirinhas a gente faz vista grossa, né? Pô, é um filme de ação. Daí você não tem nem tempo de olhar torto. Faz de conta que o mundo é assim mesmo e continua vendo o filme numa boa.

O que eu fico puto é com as mentiras escancaradas. Porque elas nos trazem de volta para a realidade. Você olha um lance estrondosamente absurdo e exclama "Ah, pára!". Aí, eu, que estava lá no meio de uma tumba sagrada, acordo do encantamento e volto para a minha cadeira do Arteplex.

Aí não dá.

Me desculpem o George Lucas e o Spielberg, mas dessa vez eles exageraram.

A segunda coisa que eu não curti - e aí talvez seja um pouco de romantismo meu - são os efeitos especiais em excesso. Eu adorava a época em que eles os filmes iam até o limite do analógico.

Não é do caralho saber que eles realmente botaram uma puta bola gigante correndo atrás de um dublê? Eu acho isso fantástico. Muito mais legal que filmar tudo em fundo verde e depois colocar um bolão digital.

E por isso que eu gostei tanto da primeira parte do filme. As cenas de perseguição são hiperbem ensaiadas. Até o meio, eu estava empolgadíssimo, achando que estava prestes a ver o melhor capítulo da série. Até as mentiras escancaradas eu tinha abstraído.

Mas sabe como é. Um filme de Hollywood sem computador é quase tão difícil quanto pasta de estagiário sem anúncio de camisinha.

(Falando em primeira parte: quem vir o filme, sugiro que preste atenção numa cena lá do início, onde o Indy cai num lance bem veloz. Aquela função toda vai virar brinquedo da Disney certo.)


Raiders of the Lost Arc: o melhor de todos.

Mas assim, também não vou ser chato. As piadas que imortalizaram o Indiana Jones estão lá. As cenas de ação divertidas estão lá. E todo aquele clima de mistério e suspense continua firme. O dublê do Harrison Ford engana bem. Até dá pra imaginar que um cara naquela idade poderia fazer todos os movimentos que ele faz.

Curti muito o tema que desencadea a história logo no início. É um assunto que muita gente (como eu) tem curiosidade, e que é cercado de mistério e versões desencontradas. Perfeito para um Indiana Jones e para um universo cheio de perguntas sem respostas.

E a trilha? É tão legal ouvir aquelas cornetinhas no cinema, e não no DVD. Tã, tã, tã, tãããããã, tã, tã, tãããããã.

***

Agora, o mais legal de tudo, foi ver um gordinho na fila, todo vestido de Indiana Jones. Valeu o ingresso antes mesmo de entrar na sala.

Maratona de títulos - quinta-feira

Quase que eu esqueço. Mas lá vai.

Briefing:
Domino's Pizza. Se o seu pedido não chegar em 30 minutos, você não paga.

Ah, e uma boa notícia: a Maratona termina aqui.
Não tem briefing na sexta-feira.

Por isso, vocês ganharam um dia de prazo.
Têm até as 9h de sábado pra mandar para o meu email.
OK?

Bom trabalho e bom descanso.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Nova contratação para o time da Perestroika.

A partir da próxima semana, teremos uma nova pessoa nos ajudando na parte operacional da Perestroika. Alguns alunos até já conhecem e já estão sabendo da novidade.

Na aula de sábado, dia 31 (vale lembrar que neste sábado, 24, não tem aula), faremos a apresentação, com tudo certinho.

Maratona de títulos - quarta-feira

Vamos lá, tá na metade.

Briefing:

Billabong Hour no restaurante Outback. Todos os dias, das 18h às 20h, você pede um chopp e ganha dois.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Olympikus x Loctite

Quem acompanha as revistas de esporte, deve ter visto a nova campanha de Olympikus, criada para mostrar a tecnologia Tube. Ela veiculou no início do ano e mostrava corredores feitos de cerâmica se quebrando quando encostavam no chão. A forma - e conseqüentemente, a idéia - foi inspirada no trabalho de um artista que trabalha com fotos em altíssima velocidade.







Hoje, na capa do Ads of the World, foi publicada uma outra campanha, dentro da mesma linguagem, para um cliente de cola. E que certamente partiu da mesma referência. Vejam só.







É aquela velha coisa: com a internet, as referências estão aí pra todo mundo. E não tem o que fazer. Ou você usa rápido, ou sabe que alguém, do outro lado do planeta, pode chegar na mesma idéia. Ou na mesma forma - porque, nesse caso específico, as idéias até que são bem diferentes.

É óbvio que ninguém copiou de ninguém. Nem eles da gente, nem nós deles. É só mais um dos infinitos casos que acontecem diariamente. Acidentes de trabalho que normalmente incomodam os outros. Mas de vez em quando rolam com a gente também.

E quando acontece com a gente, o negócio é dar com os ombros e se esmerar no próximo job.

A moral da história é uma só: está cada vez mais difícil ser original.

Maratona de títulos - terça-feira

E aí, dormiram bem?
Bom, lá vai o novo briefing:

Espaço Vídeo. A locadora com a maior variedade de filmes de Porto Alegre.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O cavalo encilhado está passando.

Por Marco Loco Bezerra*

Existe uma teoria, hoje em dia, que diz que a propaganda está mudando. Todo mundo fala disso. Sinceramente, só comecei a pensar mais sobre o assunto quando ingressei na TBWA. Esse é o discurso padrão aqui. Influenciados pelo cabeção e guru da rede Lee Claw, todos os escritórios buscam arduamente alternativas para as mídias tradicionais: TV e Print. Na TBWA essa terceira via é chamada Mídia Arts.

Tudo é mídia. Um guardanapo é mídia, um copo de plástico é mídia, um cavalo morto a beira da estrada é mídia, uma bunda de uma guria gata pode ser um billboard maravilhoso. Enfim, qualquer oportunidade de conversar com o público vira uma alternativa ao anúncio. Pode parecer óbvio, o que realmente é, mas no Brasil isso é pouco lembrado. Essa é a primeira parte da teoria sobre as mudanças nos formatos convencionais. A teoria do diálogo.

Voltando para a TBWA, vale lembrar que o grupo beneficia-se de outro dado importante sobre a mudança de comportamento do consumidor. Hoje propaganda é cada vez menos unilateral. A forma de comunicar-se com o público é mais dinâmica. A coisa fica muito mais próxima de um diálogo. A marca fala través de qualquer mídia e o cliente responde.

Hoje, se o cara não gosta do que você comunica ele retruca. Pode ser num blog na internet, num cartaz ou em uma música disponível na rede. Como falei, a resposta é rápida.

Escrevi esses três parágrafos iniciais para introduzir o assunto que eu realmente gostaria de falar. O tema desse texto é um pouco polêmico. Assim guarde as informações acima, pois quando chegar a hora, vou voltar a martelar nelas.

Eu queria falar um pouco sobre propaganda gaúcha. Não sei se algum dos seus professores já falou da MPM. Não essa atual MPM cujo dono é o Nizan. Eu estou referindo-me a uma mais antiga que essa. Se os guris não falaram não tem galho, essa agência é uma lenda até mesmo para nossa geração. Ela é como aquelas histórias sobre Atlântida.

Atlântida era uma nação super-desenvolvida, tecnologicamente e socialmente, mas acabou por desaparecer em um cataclismo. Um dilúvio afundou a ilha e escondeu seus vestígios por toda eternidade. O que ficou para a posteridade é uma tradição oral ou fragmentos de poemas de filósofos gregos. Isso se Atlântida realmente existiu.

A MPM, para nossa sorte, foi melhor documentada. Ela era a maior agência do Brasil, em sua época. E, segundo a tradição oral que chegou até mim, também uma das mais criativas do mundo. O mais legal é que essa poderosa força tinha seu “head quarter” aqui no nosso rincão: Porto Alegre. Além de ter sido fundada por 3 gaúchos: Mafuz, Petrônio e Macedo. É dessa escola que derivam muitas das agências atuais e a maioria dos profissionais mais antigos. Só para constar, entre esses ilustres ex-MPM está Luis Fernando Veríssimo.

Se você quer saber um pouco mais leia aqui no link:

http://www.meioemensagem.com.br/fatosmarcantes30anos/fato_interno.jsp?ID=143

Ou baixe o PDF:

http://www6.ufrgs.br/emquestao/pdf_2004_v10_n2/EmQuestaoV10_N2_2004_est01.pdf

Isso só prova que, essa história de agências boa só em São Paulo, é algo relativamente novo. Hoje, em um mundo globalizado e tecnológico, cada vez menos necessitamos da presença física. Reuniões de todos os tipos podem ser conduzidas facilmente a distância. Sinceramente vejo, a necessidade de nos aglomerarmos em São Paulo, como algo ultrapassado. Então por que tudo lá? Não sei.

A verdade é que a diferença, entre trabalhar em uma agência grande em São Paulo e uma grande em Porto Alegre, é muito grande. As condições são muito mais favoráveis. Os caras tem mais estrutura, mais grana e assim, acabam ficando com a melhor produção também. Se formos ainda mais críticos, concordaremos que o resultado criativo também é superior. Parece que no Rio Grande do Sul e no resto do Brasil, perdemos algo. O que é? Não sei também. Em todo caso, arrisco-me a dizer que o dinheiro (ou a falta dele) é apenas parte do problema. Não justifica completamente esse distanciamento.

Agora sim, posso desenvolver mais a idéia que queria apresentar nos primeiros parágrafos.

Eu vejo essa mudança na propaganda mundial como uma oportunidade para recolocarmos-nos em uma posição de destaque no cenário Brasileiro. Não estou falando de grana. Acho que ela vem em conseqüência do bom trabalho. Eu falo de fazer coisa boa. De ,consequentemente, ganhar prêmios e visibilidade.

Como já falei anteriormente, a grana justifica a produção melhor em print e, principalmente, em filme. O grande lance é que, no mundo, essas mídias perdem cada vez mais força. Sendo repetitivo, a idéia não fica mais presa a uma plataforma de revista, jornal ou TV. Os filmes virais, em sua maioria, são caracterizados por uma produção de menor custo. As ações de mídia exterior não necessitam de um fotógrafo caríssimo ou de uma produção caprichada. As coisas podem ser um pouco mais homemade. Claro que, com dinheiro, tudo fica muito melhor. Em todo caso, isso não é mais fundamental. O custo de execução mínimo para essas novas mídias é bem menor.

Penso muito sobre isso. No anuário passado, uma agência do Ceará levou uma seqüência de ouros com trabalhos para uma empresa de ônibus. E não eram idéias de mídia convencionais. Esse tipo de ação parece ser a falha na Matrix para os festivais internacionais e o anuário. É para esse conceito que os olhos dos grandes criativos se voltam hoje. Na minha opinião, é nesse ponto que os gaúchos deveriam investir mais fósforo.

Para finalizar, vou apenas comentar que esse texto não trata de um assunto futuro. Essas mudanças estão ocorrendo embaixo de nossos narizes. Como estou longe e pouco posso fazer para ajudar mando aqui minha contribuição. É apenas uma pequena dica, de um colega que, ainda sonha fazer o que ele mais gosta, em sua terra natal.

***

*Marco Loco Bezerra é diretor de arte da TBWA, Berlim e um cara do caralho. Se tudo der certo, em breve vai ser mais um Czar da Perestroika na Europa. O texto acima não foi tirado de lugar nenhum. É uma contribuição exclusiva do Marco para o Blog da Perestroika.

Maratona de títulos - Segunda-feira

Briefing:

Grooming Place. A Pet Shop que melhor cuida do seu animal de estimação.

sábado, 17 de maio de 2008

Mais um Blog dos alunos.

Alguns caras da turma 1 se juntaram com outros da turma 2 e montaram um novo blog de alunos.
Vai lá.
http://tropeceinissoaqui.blogspot.com ou clique aqui.

terça-feira, 13 de maio de 2008

MACONHA

Não sei se vocês andaram acompanhando as discussões sobre a proibição da Marcha da Maconha. Pelo o que eu entendi, foi proibido em quase todas as cidades. O que tem amparo legal, pois fazer apologia ao crime e ao consumo drogas é crime. Então uma marcha que vai juntar um monte de gente querendo conversar sobre maconha. Provavelmente, maconheiros, porque quem é que ia querer conversar sobre maconha e pedir sua legalização? Ninguém quer uma marcha de maconheiros.

Mas é estranho, né? Tipo, de uma certa maneira, os caras estão pedindo para conversar sobre o assunto. Não é um convite para subir no morro e fumar um. Um monte de gente que comete um crime, querendo conversar para ver se é crime isso mesmo, fumar maconha. Se de repente eles não poderiam deixar de estar cometendo um crime, sem deixar de fumar maconha.

É apologia isso? Só de tocar no assunto já é apologia? Pergunto sério mesmo.

Logo que a maconha foi criminalizada nos Estados Unidos, algum momento entre a década de 20 e 30, o governo americano limitou a produção de maconha, que era cultivada em todo o país, a quem recebesse um selo especial, de "autorizado pelo governo".

Só que o governo não deu um selo pra ninguém. Assim seja, qualquer plantação e posse passou a ser ilegal, criando uma classe novo de criminosos quase que da noite para o dia.

Daí, algumas pessoas que tinham achado que toda a função em volta da criminalização tava meio histérica demais - políticos inclusive, como o Prefeito de Nova York chamado La Guardia - que tinham uma posição antiproibicionismo, queriam fazer experiências para estudar os efeitos da maconha no ser humano. Só que a posse de maconha era crime, até mesmo a posse para fazer experiências científicas.

É mais ou menos uma situação parecida, né?

O que afinal de contas é crime, apologia ou uma simples conversa?
Esse texto é apologia? O que vocês acham?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Foi lançada a campanha Ironman 2008

Para quem ainda não sabe, a turma de Criação 2 vai participar da primeira edição do Ironman Perestroika. Trata-se de uma aula especial, de 12 horas de duração. Os alunos que participam do Ironman já foram devidamente avisados e já reservaram o final de semana dos dias 05 e 06 de julho para o evento.

As preparações para essa surpresa anda fudendo a vida dos organizadores, que estão virando às noites pra fazer essa merda que eles inventaram funcionar. Mas tudo bem, sempre vale a pena quando a gente olha a cara de pânico dos alunos no sábado.

Aqui vai o primeiro material da campanha, que estará estampando os jornais, revistas, cartazes e principalmente uma forte mídia em cinema que compramos em todo o Brasil.

Novo curso da Perestroika: Photoshop.

A gente sabe como é a vida de um jovem criador.

Muitas vezes, para entrar numa agência maior é preciso ter uma pasta bacana. Não só com idéias legais, mas com um bom acabamento.

Pensando nisso, no próximo mês, a Perestroika lança o seu Curso de Photoshop.

Alguns podem pensar que é loucura nossa lançar um curso de Photoshop num mercado onde existem tantos concorrentes. Mas não é.

E não é porque, diferente da maioria, o curso de Photoshop da Perestroika não será ministrado por um técnico. Mas sim, por um diretor de arte do mercado.

O nome dele é Greg Kickow, diretor de arte da DCS, que atende as contas Tramontina, Vonpar, RBS, Banrisul, entre outras. O Greg é respeitadíssimo pelos seus colegas, especialmente pelas suas montagens e tratamento de imagens. O acabamento do cara é realmente espetacular.

Como você já deve ter se dado conta, essa decisão faz toda diferença na hora do aprendizado. Um diretor de arte pode conhecer as ferramentas do programa tão bem quanto um técnico. Mas o seu olho publicitário consegue saber como cada ferramenta se aplica no dia-a-dia.

É uma simulação muito mais próxima da realidade, e não um simples tutorial. O programa, os temas e as atividades de aula foram pensadas justamente em cima disso.

A aula acontece na sede da Perestroika, numa sala especial. Em parceria com a Compumac, a gente montou um laboratório com Macs bombados, telão e projetor. Aquela coisa de Padrão Iogurte que vocês já conhecem.

Não tem pré-requisito. Não tem que saber mexer no programa pra fazer o curso. O importante é estar pilhado.

O email para inscrições é photoshop@cursoperestroika.com.br. Só não demore muito para escrever. Se as vagas da Perestroika já são limitadas, essas são ainda mais.

Ah, e se você tem algum amigo que tenha interesse, pode pedir para ele escrever também, mesmo que ainda não faça parte da Comunidade Perestroika. Na medida do possível, a gente vai tentar encaixar nas nossas turmas.

Informações:

Carga horária: total de 12 horas/aula.
Início: 17 de junho.
Horário: Terças, das 20h às 23h.
Encontros: total de 4 encontros
Valor: Matrícula de R$ 200 + 3x R$ 263.
Vagas: limitadíssimas.

Quem estiver cursando algum outro módulo da Perestroika (Criação I, Criação II ou Gestão de Contas) ainda tem uma barbada especial de lançamento: 10% de desconto.

Então é isso. Em breve, a gente lançará novos cursos, de outros programas. E no meio do ano, vem mais novidade aí. Assim que tivermos tudo certinho, a gente avisa.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Humanitarian Lion

Eu sempre achei bizarra a idéia de que nós passamos o dia tendo idéia para os outros, em vez de termos idéias para nós mesmos.

Foi esse um dos maiores motivadores para o nascimento da Perestroika. Um lugar onde a gente podia colocar em prática as idéias que a gente acredita sem ter ninguém para desaprovar.

Recém recebi do Donati um vídeo muito legal, que parte mais ou menos desse princípio. Coincidência ou não, eu tinha um projeto da mesma natureza, mas para o mercado gaúcho. Até já tinha conversado com uns amigos sobre isso. Só que, vocês sabem como é: estava mofando na gaveta.

Ainda bem que alguém foi lá e fez. E pensou grande, pensou de um jeito que realmente pode dar certo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Palestrante da Perestroika ganha The One Show

Às vezes, eu sei que é até meio chato. Mas quando a gente fala que um dos principais diferenciais da Perestroika é o relacionamento com o mercado, a gente não está falando da boca pra fora.

Nós ficamos muito felizes com isso não só porque nos envaidece conhecer uns fodalhões, mas porque sabemos que esse é um privilégio para os nossos alunos.

Acabei de receber um email do Emiliano Trierveiler, redator da TBWA/Berlim, que deu uma palestra com conteúdo exclusivo para o Criação 1 da Perestroika.

"Fala Tiago, como tu estás?

Meu, só para fazer o meu próprio comercial. E por tabela divulgar o calibre dos palestrantes que a Parestroika descolou :).

Afinal aquilo tudo não era só blá-blá-blá. Acabamos de saber que levamos dois prêmios no One Show.

O primeiro é para os "Small Ads", uma campanha de anúncios classificados para o jogo MotorStorm, do console Playstation 3.

O outro é para "Absolut World Week", uma série de ações de mídia não-convencional feitas para o lançamento da nova campanha mundial da Vodka Absolut, que foi selecionada na categoria Innovative Use of Advertising.

Os dois já estão no livro, mas ainda concorrem aos lápis de Ouros, Prata ou Bronze, que serão divulgados até o final da semana. Torçam por nós.

A criação é do diretor de arte Jaime Mandelbaum e do redator Emiliano Trierveiler, com direção de criação de Philip Borchardt e Dirk Henkelmann.

Valeu aí.

Emiliano"

Para quem não sabe, o The One Show é o festival mais reconhecido dos EUA. E, provavelmente, o mais foda de ganhar no mundo.

Abaixo, vão as peças. Percebam como tem tudo a ver com os conteúdos que a gente procura colocar na aula, especialmente com as idéias inovadoras que o Márcio apresenta.





terça-feira, 6 de maio de 2008

Marco Loco na Rússia

Vocês já ouviram falar dele na nossa aula.
O blog dele tá linkado ali no lado.
E com certeza, vocês ainda vão ter algum contato mais próximo com essa figura que é o Marco Loco.

Mas por enquanto, eu quis destacar esse post que ele fez, contando sobre como foi o SWAT dele lá na terra da Perestroika.

Du caralho!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Making of OLK

Tá aqui pra vocês conferirem o making of do filme de OLK.

Bacana de ver pelo seguinte:

1) a simplicidade da produção, quase todo feito em estúdio. Cenários aplicados depois.
2) a peça "making of" em si. Imaginem que toda vez que eu tenho reunião com algum cliente da empresa vou mostrar isso. Nas convenções para os vendedores e representantes também. O impacto sobre a ação cresce. O que digo sempre: a mídia é a ponta do iceberg. Junto tem PDV, informativos (para donos de lojas, para gerentes de loja, para balconistas de loja. Para vendedores, para promotores de venda, pra equipe de Visual e Merchandising espalhados em todos os estados), site, ações de relacionamento, uso da campanha em Feiras, jantar do Luciano com os maiores clientes da empresa, assessoria de imprensa, etc.

Por sinal, a imprensa curtiu muito a campanha. Não pela idéia, não pela complexidade da produção, e sim porque: a) tem celebridade. b) tem um link forte (pra não dizer que é uma paródia) com o filme Agente 86, que será lançado agora em julho no Brasil.

O retorno de mídia em função disso foi altíssimo. O que também deve ser levado em consideração na hora de criar, ou mesmo de apresentar uma idéia para o cliente. O potencial da produção em si já gerar pauta e visibilidade para a marca pode acabar aprovando um filme ou favorecendo um roteiro em relação a outro. Sim.



domingo, 4 de maio de 2008

Aula de humor.

Alguém pode me explicar o que foi a aula de sábado de Criação 2?
Eu estou até agora tentando recuperar o fôlego.