quinta-feira, 22 de maio de 2008
Vovô garoto.
Fui ver o novo Indiana Jones. Como sempre tenho boa intenção com os caras bem intencionados, gostei. Mas não gostei-gostei. Gostei.
Vi dois grandes problemas no filme. O primeiro são as mentiras escandalosas.
Convenhamos: todo filme de ação tem mentiras. E as mentirinhas a gente faz vista grossa, né? Pô, é um filme de ação. Daí você não tem nem tempo de olhar torto. Faz de conta que o mundo é assim mesmo e continua vendo o filme numa boa.
O que eu fico puto é com as mentiras escancaradas. Porque elas nos trazem de volta para a realidade. Você olha um lance estrondosamente absurdo e exclama "Ah, pára!". Aí, eu, que estava lá no meio de uma tumba sagrada, acordo do encantamento e volto para a minha cadeira do Arteplex.
Aí não dá.
Me desculpem o George Lucas e o Spielberg, mas dessa vez eles exageraram.
A segunda coisa que eu não curti - e aí talvez seja um pouco de romantismo meu - são os efeitos especiais em excesso. Eu adorava a época em que eles os filmes iam até o limite do analógico.
Não é do caralho saber que eles realmente botaram uma puta bola gigante correndo atrás de um dublê? Eu acho isso fantástico. Muito mais legal que filmar tudo em fundo verde e depois colocar um bolão digital.
E por isso que eu gostei tanto da primeira parte do filme. As cenas de perseguição são hiperbem ensaiadas. Até o meio, eu estava empolgadíssimo, achando que estava prestes a ver o melhor capítulo da série. Até as mentiras escancaradas eu tinha abstraído.
Mas sabe como é. Um filme de Hollywood sem computador é quase tão difícil quanto pasta de estagiário sem anúncio de camisinha.
(Falando em primeira parte: quem vir o filme, sugiro que preste atenção numa cena lá do início, onde o Indy cai num lance bem veloz. Aquela função toda vai virar brinquedo da Disney certo.)
Raiders of the Lost Arc: o melhor de todos.
Mas assim, também não vou ser chato. As piadas que imortalizaram o Indiana Jones estão lá. As cenas de ação divertidas estão lá. E todo aquele clima de mistério e suspense continua firme. O dublê do Harrison Ford engana bem. Até dá pra imaginar que um cara naquela idade poderia fazer todos os movimentos que ele faz.
Curti muito o tema que desencadea a história logo no início. É um assunto que muita gente (como eu) tem curiosidade, e que é cercado de mistério e versões desencontradas. Perfeito para um Indiana Jones e para um universo cheio de perguntas sem respostas.
E a trilha? É tão legal ouvir aquelas cornetinhas no cinema, e não no DVD. Tã, tã, tã, tãããããã, tã, tã, tãããããã.
***
Agora, o mais legal de tudo, foi ver um gordinho na fila, todo vestido de Indiana Jones. Valeu o ingresso antes mesmo de entrar na sala.
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4 comentários:
bah. Acabei de voltar do cinema tbm, e tive as mesmas impressões. Só não vi o gordinho na fila...
LucasFilms euahaeuha achei que era um filmeco de um aluno... aeuhaeuhae
Cara, não vi Indiana Jones ainda.
Mas fui ver Speed Racer.
Analógico ali, não tem nada.
É efeito atrás de efeito.
Sai tonto...
Ainda nao vi tbm, mas mentiras escancaradas fazem parte, indiana sempre foi sessão da tarde.
Speed é fanfarra.
abs
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