Blog da Perestroika

domingo, 30 de março de 2008

Impressoes sobre a Franca.

Sabe esse negocio de "preciiiiso de uma bolsa marrom" ou "preciiiiiso de uns oculos com armacao branca"?

Pois eh, culpa dos franceses.

Quando eles comecaram a produzir roupas em escala industrial, os franceses se deram conta que as pessoas compravam as roupas e soh voltavam a consumir quando as camisetas e calcas estivam velhas, quase rasgando.

Nessa epoca, eles inventaram um negocio chamado MODA. E a partir daih, todos nos nos fudemos.

A Franca exala tanta moda, tanta gente chique, que as vezes eu ateh acho ela meio cafona, por mais contraditorio que isso possa parecer.

Lendo um pouquinho sobre o assunto, e colocando meu olho clinico pra funcinar, percebi duas tendencias.

A primeira eh o GEEK CHIC: um ar meio nerd, meio arrumadinho, mas que faz sucesso com as minas. Nao sei bem como definir, mas eh tipo sueter com blusas listradinhas e cabelo lambido.

A outra - e essa dah pra perceber BEEEEEM, principalmente porque jah chegou nas grandes magazines, como Zara, H&M, etc. - eh o Lux Sport. Um esportivo alto luxo. Na revista que eu li, a definicao era algo como "o seu guarda roupa nao precisa estar soh com roupas esportivas, mas todas elas tem que ter um ar esportivo".

***

Na Franca, eu me dei conta da maior de todas as Big Ideas, de TODOS OS TEMPOS.

O couvert.

O couvert eh uma cara de pau. Eles largam 3 paezinhos na mesa, sem manteiga, sem nada, e depois cobram os olhos da cara. SAO SOH PAEZINHOS, PORRA!!! E o cara nao tem nem direito de recusar.

O magrao que inventou o couvert era um genio. Esqueca a propaganda. Tenha uma ideia assim e enriqueca.

***

O meu dia mais divertido em Paris foi na Disney. E isso que eu tenho medo de altura e, por consequencia, odeio montanhas russas e brinquedos perigosos.

Mas sei lah. Eh aquela coisa de voltar a ser crianca que nao tem como explicar.

O treco que eu mais curti por lah foi um brinquedinho inaugurado ha uma semana. Nao lembro o nome, mas o artista principal eh o Stitch - aquele alien do desenho Lilo & Stitch. Vcs devem estar pensando que era uma besteira, coisa de crianca, babaquice.

Era.

Soh que o brinquedo era totalmente - e inexplicavelmente - interativo. De uma forma que eu nunca tinha visto.

Ficavamos todos na plateia, com um apresentador, e um telao, onde aparecia o Stitch na sua nave espacial. Daih o host perguntava coisas e o Stitch respondia em tempo real. Ateh aih, poderia ser soh uma coreografia. Depois, ele comecou a perguntar coisas para o publico, e o Stitch respondia. E mais pra frente, o etzinho comecou a improvisar de uma maneira surreal. As pessoas gritavam coisas no meio da plateia e ele reagia. Fantastico.

Entao, fiquei cabeceando naquele papo velho de "como as novas midias vao mudar a propaganda". Eu acho o maximo saber que teremos esse desafio pela frente. Jah pensou, vc ter que criar alguma conexao com o consumidor numa plataforma interativa desse nivel?

Melhor pensar, porque nao vai demorar muito.

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O resto dos comentarios eu guardo pra postar com as fotos.

Beijos, abracos.
tg

sexta-feira, 28 de março de 2008

Com quantos paus se faz uma canoa?

Buenas amigos, a primeira coisa que vocês precisam saber é que a canoa é uma embarcação de origem indígena. O jeito que os índios faziam para fabricar a canoa era cavando um tronco de árvore com um machadinho, de forma a deixá-lo oco.

É por isso que para se fazer uma canoa é necessário apenas 1 pau.

Por isso, lembre-se, a próxima vez que alguém disser "Vou te mostrar com quantos paus se faz uma canoa", você já sabe que a a resposta certa é "Vai tomar no cu, seu filho da puta!"

quinta-feira, 27 de março de 2008

CARTILHA DA OBRA - PARTE 4

Um dos conceitos estimulados na Perestroika é o EMPREENDEDORISMO CRIATIVO. Isso significa que esperamos que nossos alunos utilizem a sua criatividade não só na propaganda, mas para tirar velhos projetos empoeirados da gaveta e colocar em prática. O famoso "Foi lá e fez".

Se isso der certo, em pouco tempo, teremos muitos Camaradas Perestroika alugando e montando as suas próprias sedes. Por isso, guardem essas dicas. Serão valiosas no futuro.

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Você já colocou a luz.
Já colocou os sprinklers.
Já fez toda a malha de elétrica e lógica.

E agora?

Agora é gesso, cambada.













O gesso é o momento de dar forma à sala. Colocar as paredes.
A sala começa a ficar com muito mais cara de sala. Já dá para imaginar onde vão ficar as cadeiras, onde vai ficar o freezer, onde vai ficar a banheira de hidromassagem e, é claro, onde vai ficar o ringue de luta no gel.

Começa-se pelas paredes. Coisa de padrão: gesso acartonado, com lã de vidro e isolamento acústico. Depois disso, é o forro do teto. Sim, o forro é o que vai esconder os sprinklers, a tubulação de ar-condicionado, todas as calhas de lógica e elétrica e os fios..














Mas dá um trabalho. Foram quase 3 semanas só fazendo o gesso. É uma sujeirada dos infernos. A cadeira que a Majda usava, coitadinha está podre. Tanto que a gente teve que contratar uma equipe de limpeza para dar uma geral na sala antes de continuar e passar para a próxima parte.

Sujeirada que ficou ma sala.

O mais estranho para mim foi que depois que o teto - forro - tava todo prontinho, a sala linda e tals, a gente teve que começar a recortar todo o gesso, pra deixar os espaços paras as luminárias, lâmpadas, alto-falantes, alçapões, etc. Daí, deu pra ver todos os fios de novo.














A parte mais legal é poder deixar recados nas paredes para a arquiteta, para o gesseiro e para a Majda. Eras mais ou menos que nem assinar o gesso nos braços dos colegas.


Quem fez todo o serviço de gesso foi a Tec Gesso, empresa gaúcha com a maior tradição no ramo gesseiro.
Na Tec Gesso você fala com o Claiton, que ele ajeita tudo para a sua nova sede.
O fone deles é: (51) 3041.1670


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Para acompanhar todas as dicas da Cartilha da Obra, clique no tag "Obra" no menu ali na direita. Ou aqui embaixo.

quarta-feira, 26 de março de 2008

PETIT POST

Como o teclado deste computador tb nao ajuda, e eu estou gastando o dobro do tempo para digitar, aih vai um petit post, soh pra nao perder o costume.

A Franca continua linda e os franceses continuam uns recalcados.

Em termos de atitude, eh facil ver que a grande moda sao esses piercings sobre o labio superior (na regiao do "bigode"). De cada 2 teenagers franceses, 3 tem esse tipo de acessorio. Pelo visto, a moda pegou pra valer por aqui. O que significa que tem boas chances de se popularizar afu no Brasil tb.

Hj fui na Colette, uma loja que mistura tudo - livraria, revisteria, moda, toy art, cafe, perfumaria, etc - e eh fodamente cool. Jah fui em mto lugar legal, mas nunca tinha entrado num pico e ficado com a sensacao de que "isso aqui eh o pico do iceberg".

Fica aih a dica e o site: www.colette.fr.

Assim que eu arranjar um computador coordenado eu escrevo mais. E na volta, com as fotos, prometo postar bastante coisa interessante.

tg

terça-feira, 25 de março de 2008

É hoje! É hoje!

Nossa, parece que foi ontem que eu escrevi aquele post sobre o começo da nova edição do Big Brother Brasil. Mas já fazem 79 dias.

Quase 3 meses, um carnaval e uma páscoa depois está acabando um dos meus programas preferidos da TV brasileira.
Uma das grandes mudanças dessa edição do BBB foi justamente a de ter deixado de ser um dos meus programas preferidos da TV brasileira. Não sei o que aconteceu. Quebrou a magia, acho. Na real, está meio previsível demais. Todo mundo já pegou a manha do jogo. Os espectadores e os participantes.

Talvez essa tenha sido a principal marca desta oitava edição: a apatia. Parece que ninguém mais fica brabo com o outro, porque sabe que o pessoal de fora não vai gostar. Ninguém fica puto porque foi pro paredão. Todo mundo entende, tudo. Faz parte. É o jogo.

Essa previsibilidade afeta o tesão, como em toda relacionamento.

Boninho, Bial e sua turma inventaram algumas coisinha para apimentar a relação: o Big Phone e o Pardão Triplo foram iniciativas interessantes, mas ainda não o suficiente. Acho que está na hora de renovar o argumento do programa, colocando novidades realmente novas. E não falo isso por má vontade com o programa. É mais saudade mesmo.

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Previsão


Até ontem, achei que o Rafinha ia ganhar certo. O cara é carismático, sempre se relacionou muito bem com todo mundo, não pegou ninguém, foi fiel à namorada (que é uma baita gostosa - ver abaixo) mesmo fazendo sucesso com a mulherada da casa. Mas sei não. Acho que é bem possível que a Gysele acabe ganhando. Não sei como. Até porque a menina inverteu o fio no jogo. Achei que ela tava tribem no começo, achava ela linda. Depois, foi ficando quietinha demais. Não sei se o povo ficou com pena dela. Ou se faltou atitude sexual por parte do Rafinha. Mas apesar de torcer para ele, agora apostaria nela por uma vantagem pequena. Tipo 55% contra 45%


Luiza - A namorada empenada de Rafinha.

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Vamos fazer um exercício e mandar algumas sugestões do que poderia melhorar no programa pra Globo. Eu começo com uma sugestão:

- Fazer um Big Brother somente com os participantes que já ganharam.

Comenta aí

segunda-feira, 24 de março de 2008

Mudar faz parte

É importante que estejamos sempre preparados para as mudanças. Faz parte da vida. É natural dos acontecimentos acontecer diferente do imaginado. De fato, é isso que sempre acontece e hoje já tenho esta certeza.

Há quase três anos minha vida profissional mudou radicalmente em menos uma semana. Virou 180 graus sem eu parar pra pensar. Sem ter planejado coisa alguma.

Surgiu, aconteceu. E eu fui.

Numa quarta-feira de setembro de 2005 era um redator que, aos 26 anos, tinha uma carreira que indicava um futuro, no mínimo, digno. Já tinha ganho alguns prêmios e reconhecimento do mercado, coisas bacanas mesmo, entre eles dois anunciados apenas uma semana antes desta virada, o London Festival e a inclusão de duas peças minhas e do Peruca na Archive. No outro dia, tinha virado “cliente”. O grand prix do Prêmio Abril não valia mais nada.

Irônico? Só você acha. Eu achei punk mesmo. Sofri pra burro. Alguns, poucos, sabem. Não tinha motivo para trocar, não fosse por algo dentro de mim me empurrando mesmo. Nada verbalizado. Estava realizado com o meu trabalho. Adorava meu dupla, meus chefes, a rotina mesmo. Sou alucinado por propaganda, quem me conhece, sabe. Trabalhar com meu pai era um puta de um prazer. No Moinhos de Vento, então, maravilha. Podia até acordar às 8h30, que se tomasse banho correndo, ainda chegava às 9h na agência (tá, 9h05).

E eu troquei. Acordei gerente de marketing, coisa que, sinceramente, não só NUNCA tinha imaginado, como não sabia exatamente o que era. Tendo que viajar 160 km por dia. No epicentro de um projeto iria custar, no final, mais de 100 milhões de reais para a Azaléia, o maior investimento da história da empresa. Tudo movido apenas por um desejo. Era eu ainda mais perto da construção da marca Olympikus, a maior marca esportiva do Brasil. Era o Pan, uma coisa que o país nunca viu parecido.

A única coisa que sabia é que seria a oportunidade, dos sonhos, de tentar materializar na Olympikus meu pensamento de que criação vai além dos formatos tradicionais. Eu ia brifar agora. Eu ia aprovar. “Soluções criativas”. “Tudo é idéia”. Poderia testar na prática o meu discurso.

Tudo graças a um cara genial chamado Paulo Santana. Que me contratou, deu uma chance gigante para um sonhador. Um guri até então sem experiência de gestão, mas que conhecia a marca e tinha muita vontade de aprender. Deu pra colocar criatividade na história? Claro. Todos os dias. Fiz muita coisa legal, que me orgulho pra caramba mesmo. Vejo minha cara na marca. Minhas opiniões e idéias. Mas o fato é que aprendi muito mais. A lógica é outra, a criatividade é outra. O negócio é gigante (hoje, depois de crescer mais de 100% de 2006 para 2007, são 60 mil pares POR DIA de Olympikus fabricados), fascinante, e muito mais complexo. Vendas, distribuição, produção, propaganda, produto.

Tudo isso eu aprendi com o Santana. E quando achava que o mar tinha acalmado, que já tinha visto quase tudo, surge uma nova mudança. Na semana passada o Santana despediu-se da direção de marketing do grupo. Tenho um novo chefe, novos desafios.

Mudar faz parte.

Minhas impressoes da Republica Tcheca

Toda a nossa cultura eh baseada nos costumes ocidentais. No colegio, a gente praticamente nao ouve falar dos fatos historicos do outro lado do mundo. A gente nao sabe como sao os costumes do ocidente porque nao nos interessa. Eh como se metade do mundo nao existisse para nos.

Por isso que eu acho legal, as vezes, me arriscar e ir para uns roteiros um pouco off-broadway.

A ideia inicial da minha viagem era desbravar o Leste Europeu, para conhecer Bulgaria, Romenia, Turquia. Minha mulher queria o contrario, queria o Oeste. Eh obvio que, no final, prevaleceu a vontade dela. Pelo menos eu consegui salvar Praga.

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Praga eh uma cidade bem a fudeh. Mas aquele a fudeh "vi, conheci, soh que nao sei se vou ter vontade de voltar pra cah". A cidade eh linda, toda amarela, parece feita de ouro.

Aqui em Praga, a galera ainda nao tem muita nocao de turismo. Em varios lugares, nos somos mal atendidos. Acho que ainda eh heranca da inflencia comunista. Sem falar que, em determinadas atracoes, eles simplesmente nao cobram nada. No Castelo de Praga, a Torre Eiffel daqui, o cara pode entrar, passear, ver praticamente tudo sem gastar nenhum tostao.

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Falando em grana, tudo aqui eh mto barato. Talvez pq, de novo: eles tem uma relacao diferente com a moda. Tenho a impressao de que tudo aqui estah um pouquinho atrasado em relacao ao Oeste Europeu.

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A nossa alimentacao por aqui foi a base de churipan. Esse mesmo que a gente come nos churras 10 pila. Um pao com salsichao. Ah, e bebemos mta cerveja, que por sinal eh maravilhosa.

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Chico Buarque disse que a unica lingua que o Diabo respeita eh o hungaro. Mas tenho certeza que o tcheco estah ali, ali. Eh impressionante: os caras falam e a gente nao consegue nem entender do que se trata, nem o contexto do dialogo. Ateh os gestos sao um pouco diferentes.

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O legal de vir para alguns lugares mais estranhos eh que a gente acaba se deparando com situacoes unicas. Como no dia em que fomos almocar num lugar superbacaninha, bem turistico, e comeca a tocar no radio "Chorando se foi, quem um dia soh me fez chorar...".

Ah, a Pascoa aqui eh na segunda. Sem motivo aparente, como disse a gerente do hotel. Eh pq eh.


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Nos estamos em plena primavera - no post anterior, disse que era inverno, me enganei. Mas eh que estah muito frio.

Jah ouviram falar da Primavera de Praga? Pois eh: na Primavera de Praga, neva. Imagina como eh o Outono. O inverno eu prefiro nem pensar¨.

A verdade eh que a Europa estah passando por uma onda de frio inacreditavel e incompreensivel. Um prato cheio para os ecologicos.

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Se em Roma eu via o Show do Milhao, em Praga eu acompanhei o Ber Nebo Neber. O "Topa ou Nao Topa" do Silvio Santos. Foi o unico programa em tcheco que eu consegui entender tudo o que acontecia.

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E para terminar.

Fui ver um show muito legal, chamado LATERNA MAGIKA. Eh uma mistura de projecoes e teatro negro. Impossivel de explicar sem as fotos. Quando voltar ao Brasil, faco um post bem bonitinho explicando essa experiencia muito doente.

Beijos, abracos.
tg

quinta-feira, 20 de março de 2008

Impressoes sobre a Italia

Deu, finalmente consegui me organizar para escrever um post decente.

Na real, muita coisa eu vou deixar de comentar aqui, porque nao consigo passar as fotos da minha maquina para o computador do hotel. Prometo que na volta eu organizo tudo e publico no Blog.

Ah, e novamente conto com a paciencia de vcs pelos acentos e possiveis erros de portugues. Imaginem que eu estou escrevendo num teclado tcheco, onde o "z" eh no y, o "y" eh no z e uma simples arroba demanda a combinacao alt+64. Sem falar nos acentos nas consoantes, que surgem a todo momento. Ex: ščřžý.

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Meu hotel em Roma era bem bacaninha. Nao chegava a ter design do Starck, mas tinha um certa chinfra. O nome era Ripa Hotel, e o conceito dele era todo em cima de design. Nunca tinha ficado num hotel assim, mais metidinho, porque tinha muito aquela filosofia de que "hotel eh soh para dormir". Confesso que senti diferenca.

Em Veneza fiquei num pico ainda mais preza, chamado Rezidenza Cannaregio . O conceito era completamente antagonico. Todo rustico, misturando madeira e tijolo a vista com uma iluminacao do cacete. De novo: me senti tao bem que nem tinha vontade de sair de lah.

Mas o que vale de tudo isso eh que, nao importa o estilo, nao importa o que vc fizer, o importa eh fazer bem feito. Porque se vc fizer bem feito, sempre vai haver um publico fiel querendo consumir o seu produto ou o seu servico.

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Uma coisa nao dah pra negar: os italianos e as italianas sao elegantes pra caralho. Tah certo que eu estou em pleno inverno europeu, e isso por si soh jah dah uma disfarcada. Mas ainda assim, seria muita injustica nao reconhecer que os caras por aqui tem a manha.

O mais curioso eh que para ser elegante como os italianos, vc soh precisa de duas coisas.
1 - Ser magro
2 - Usar tons sobrios

Eh isso aih. Com um shape legal e uma roupa preta/branca/cinza/marinho/marrom, voceh vai estar sempre bem.

***

Nao tenho o mesmo dom que o Rafa e o Marcio para detectar tendencias de moda. Mas pelo pouco que eu pude notar, o grande lance em termos de calcados eh o DOURADO. Nao sei se era eh uma novidade velha, mas eu pelo menos fiquei impressionado com a quantidade de tenis/sapatilhas/sapatos ou totalmente dourados, ou com detalhes em dourado. Desde as grifes mais metidas, com as Valentino e Gucci da vida, aos Nikes e Adidas. Pelas ruas, tambem percebi bastante gente usando, tanto homem quanto mulher.

Ateh lembrei que, ha uns anos, a Adidas lancou um modelo de chuteira dourada, que o proprio Kaka usava. E que, grosseiramente, parece ter dado origem a um novo modelo da Adidas.

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Antes de vir para a Europa, li num guia que uma viagem eh exercitar os cinco sentidos. Adorei este conceito e tenho tentado exercitah-lo ao maximo. Quando saio na rua, sempre procuro olhar, mas tambem ouvir com atencao e ateh tentar perceber o cheiro dos ambientes. Em alguns casos, como a Piazza San Marco, cheia de pombos, esse eh um exercicio perigoso. Mas ainda assim, tem me valido experiencias inesqueciveis.

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Estou me achando porque jah me confundiram com tudo, menos com brasileiro. Jah perguntaram se eu era italiano, frances, etc, etc, etc. Por sinal, vi pouquissimos brasileiros nos locais que eu fui. O que reflete um pouco a fraqueza do Real em relacao ao Euro. Ha alguns anos, quando o dolar era 1 pra 1, era mais facil. Agora tem que dar uma organizada no orcamento.

Por outro lado, tenho visto muito mais orientais que nas minhas outras viagens. Mais japoneses e coreanos do que chineses - um dia eu explico como identifiquei a diferenca nas feicoes de cada um.

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Como fiquei completamente desamparado sem o BBB aqui na Europa, tenho acompanhado o similar italiano, denominado Grande Fratello.

Na boa: eh uma putaria soh. Num clipezinho que acompanhei, vi uns cinco casais diferentes se agarrando.

Eh engracado que o BBB daqui eh mais comentado. Eh como se o Bial deles estivesse sempre explicando o que estah se passando na acao.

Tambem tem um lance gozado, que fica uma tela grande rolando, enquanto que outras tres cameras ficam na parte inferior da tela. Meio pra gente acompanhar tudo o que estah acontecendo ao mesmo tempo.

Alem do BBB, tenho visto bastante o Show do Milhao italiano. Que eh um sucesso e estah no ar ha quase 10 anos. Diferente do nosso, as perguntas sao muito foda e o convidado eh obrigado a justificar a sua resposta. Muito legal.

Sem falar em futebol e F1. O VT de Roma e Milan, que eu vi ao vivo pela TV, repetiu sem sombra de duvida umas 10 vezes. Os caras sao muito fanaticos.

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Ah, soh pra nao perder a deixa. Essa viagem me fey confirmar a teoria de que DAH PRA VIAJAR GASTANDO POUCO PARA QUALQUER LUGAR DO MUNDO. Se o cara quiser se alimentar soh de tralha, o cara gasta 5 Euros por dia em comida.

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Veneza eh foda. Quem nao conhece, por favor. Quebre o porquinho, assalte um banco, venda a alma, sei lah. Mas esse eh o tipo de lugar que o cara nao pode morrer sem conhecer.

Nunca entendi aqueles que falam que Veneza eh suja e mal cheirosa. Nao percebi nenhum dos dois - e olha que eu estou com os meus sentidos a mil! Talvez porque seja inverno, mas nao importa. Com cheiro ou sem cheiro, eh imperdivel.

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Fui ver uma missa do Papa. Dah pra perceber que o cara nao eh lah muito pop, como era o Joao Paulo II. Ainda assim, ele consegue juntar uma multidao de tiazinhas no domingo de manhah. Eh foda porque, com tanta gente junta, comeca a se formar uma catarse coletiva e, quando o cara nota, estah meio envolvido pela bagaca. Fo bem legal.

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E jah que o Blog eh sobre propaganda, e nao sobre viagens, eu aproveito pra fazer um link com o nosso ganha-pao.

Sabe quando chega aquele pit na sua mesa, para criar UMA SACOLA, e voceh pensa "ah, vou matar isso em cinco minutos!".

Pois eh. Da proxima vez, gaste um pouquinho mais de tempo.

Explico.

Estava eu, num lojinha, e vi uma mina com a sacola da Nike Store. Pensei "ueh, eu nao vi Nike Store aqui!". Pedi licenca e perguntei para a vagaba onde era a loja - Marcio, quem queria ir era a Dodo, viu? Eu continuo fiel a marca!

Tres dias depois, eu estava na rua, andando com uma sacola da Foot Locker, e uma americana me parou no meio da rua para perguntar onde era a loja.

Em ambos os casos, percebi que as sacolas da Nike e da Foot Locker tinham um puta personalidade. Uma era laranjona, soh com o logo. Enquanto que a outras era toda listrada de preto e branco. Dois outdoors ambulantes que estimularam, por tabela, duas familias a consumir os seus produtos.

Eu gosto muito quando o Marcio fala dos Jumentos e de como gastamos muito tempo pensando no que nao necessariamente eh o mais importante para o cliente. Acho esse um caso classico do material que eh dado para o estagiario criar, porque nao tem glamour. Mas que pode ser uma puta ferramenta de venda, se for visto como um estimulo a todos aqueles que estiverem na rua sendo impactados pela marca.

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Teria muito mais coisas para dizer. Mas, como jah falei no inicio, sem foto fica comprometido.

Em breve, minhas impressoes de Praga.

Beijos, abracos.
tg

quarta-feira, 19 de março de 2008

Orgulho

Se tem coisa que tem me feito feliz, nessa história de ser professor, é colocar alguns trabalhos de aula na rua, valendo Brahma. Fazer a galera sentir na pele o drama é muito bacana. É crescimento, amadurece, descobrir as limitações entre o que é pensado e o que é viável. Pra mim, encontrar novas soluções pra não inviabilizar uma ação é tão criativo quanto a idéia em si.

Poderia falar horas sobre isso. Mas o quero dizer é que hoje foi um dia que pensei: "pô, legal mesmo essa história de dar aula". Obrigado, Renata (Freitas). O curso já acabou faz meses e tinha uma idéia pra Vulgo que eu achava realmente do caralho. Pois provoquei a guria, que junto com outros soldados bolcheviques, fizeram acontecer. Clap, clap, clap.

Parabéns Renata, Clá, Pauletti e Pinky.

O trabalho saiu do papel. Tá na rua, e o cliente tá feliz.














(* Ah: Clá, quando tu editar o vídeo de vocês executando a ação me passa, please. Bj, M.)

terça-feira, 18 de março de 2008

CARTILHA DA OBRA - PARTE 3

Um dos conceitos estimulados na Perestroika é o EMPREENDEDORISMO CRIATIVO. Isso significa que esperamos que nossos alunos utilizem a sua criatividade não só na propaganda, mas para tirar velhos projetos empoeirados da gaveta e colocar em prática. O famoso "Foi lá e fez".

Se isso der certo, em pouco tempo, teremos muitos Camaradas Perestroika alugando e montando as suas próprias sedes. Por isso, guardem essas dicas. Serão valiosas no futuro.

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Após a luz e os sprinklers, o próximo passo na construção da sua sede deve ser a instalação das calhas de elétrica e lógica.


Falando mais diretamente, é colocar umas gradezinhas no teto e no chão.


O chão da Perestroika tem piso elevado. Isso quer dizer que tem uns quadrados aparafusados no chão. E debaixo desse quadrado, uns 15 cm de fundo falso. Isso em toda a sala. Assim, todos os fios passam por baixo do chão, não ficando nada à mostra.


E como tudo na Perestroika é padrão iogurte, a gente colocou as calhas no teto bem direitinho, pra não ficar aquele monte de fio solto. Obviamente, nenhum aluno vai ver essas calhas, porque logo abaixo delas vêm o forro de gesso, que vai tapar todas essas coisas feias: canos, dutos, calhas e fios.


E é por isso também que os fios são colocados no chão nessa etapa do projeto. Porque depois, vêm as paredes de gesso, e fica muito mais difícil mexer no chão.

Quem fez toda a instalação de elétrica e lógica foi a Dual Cabling.
Foram superagilizados e legais. Falem com o Fernando. E digam que foi a Perestroika que indicou. O telefone dele é: 7813.7494 ou 9985.2945

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domingo, 16 de março de 2008

Língua Portuguesa

A viagem do Tiago me fez lembrar de um post que queria ter escrito na volta de Lisboa. Como não é sobre a viagem em si, ainda tá valendo.




Curti muito a cidade, bateu diferente em mim. Tem cara de lugar pra morar. Do tamanho certo, parece: com tudo de legal que São Paulo tem (restaurantes, lojas, bares, música, teatro) MENOS 15 milhões de habitantes.

E acabei gostando pra caramba também da língua que se fala lá, o português. A meneira como eles tratam o idioma local é diferente da forma como tratamos o nosso. Mais esperta, mais natural. Pois vejam que prestar atenção no nome das ruas, lojas e restaurantes era um dos prazeres da viagem:





E acabei criando uma teoria: de que nós fomos colonizados, na verdade, pelos americanos. Sim. Não sei em que ano, como e por quem. Mas é fato. Temos muito pouco da nossa matriz portugal. Parece que falamos português por um azar do destino. Uma pena, olha só:





Muitos de nós tem a tendência a achar o inglês mais sonoro na hora de pensar um nome para alguma coisa. Não entendo de fonética ou lingüística, mas adoro lógica. E tendo a crer que só achamos o inglês familiar, antes de mais nada, porque ele está BASTANTE presente na nossa vida. Se estivesse distante, mesmo que tecnicamente possa ser fato, pareceria estranho, certo? Muito mais para o alemão e holandes do que para o italiano ou espanhol, concorda?



Parte é a tal globalização, sim. Mas a gente dá uma forcinha, né Internet Banking?

Então venho, sem querer dar uma de nacionalista ou coisa parecida, colocar uma luz na discussão deste assunto. Somos publicitários, trabalhamos com comunicação, com marcas, e interferimos diretamente nisso. Não estou dizendo que é OBRIGAÇÃO escrever tudo em português daqui pra frente. Capaz. Essa coisa de transformar em lei e tal não é comigo. Mas o meu ponto de vista é que, numa profissão cheia de follows, pitchs, layouts, brains, Archives, stoping power, YouTube e prints, alguns esquecem que a nossa língua é linda, rica e cheia de possibilidades.

Perceber é simples. Basta estar em contato com coisas bem escritas. E prestar atenção no som, na construção das palavras. Não precisa ser Machado de Assis. Nem um livro. Tropa de Elite tá valendo, pra já entender a riqueza de possibilidades. Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa, óbvio. Mas duas pessoas próximas de mim também fazem isso: Cláudia Tajes e Daniel Galera. Opções não faltam, mesmo.

Então fica a idéia. Quando tiver que pensar em um nome para alguma coisa, conceito novo pra marca chique, pense se REALMENTE o caminho é em inglês. Esqueça ilha de Bali, praia da frança ou bairro de grande metrópole também. Fico pensando, por exemplo, no turista americano que vem pro Brasil e quer ir num bar legal. No hotel indicam o Soho. Pô! É questão de personalidade. Hello! Da busca por coisas autênticas. Temos o que contar. Toda marca, toda empresa tem algo legítimo, que inspira. E, pode ter certeza, é o que vai fazer a diferença na construção de uma marca.

Que O Escondidinho inspire. Fica ali na Travessa do Cotovelo.


Depois de dormir

(Antes de mais nada, perdoem a falta de acentos. Nao me coordeno com este computador aqui.)

Cresci na propaganda ouvindo que "a gente tem que deixar a ideia dormir. Crie e soh avalie no outro dia, depois de uma boa noite de sono."

Esse tempo, esse distanciamento, eh fundamental para que a gente consiga tirar conclusoes mais precisas do que a gente realmente acha das coisas.

Acho que vale a mesma dica para determinado roteiro turistico.

Nas vezes anteriores que vim para a Europa, passei pelo deslumbramento natural que qualquer pessoa passa ao viver esse tipo de experiencia. Qualquer evento era novidade e, por isso, tinha uma certa magia, um certo encantamento. Por mais que eu fizesse forca para ter uma opiniao critica sobre as coisas, nao conseguia. Tudo era lindo e perfeito.

Mas o legal eh que, com novas visitas, comecei a ver que algumas coisas continuavam do caralho e outras jah nao tinham o mesmo charme.

Exemplo: o Pantheon, o monumento disparaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado mais legal de Roma. Inclusive nao sei como outros pontos, como o Coliseu e a Fontana di Trevi, conseguiram deixar ele num plano de coajuvante. Eu, ateh visitar a Italia pela primeira vez, nunca tinha ouvido falar do Pantheon. Talvez fosse ignorancia minha, ok. Mas de alguma forma, estah faltando alguem pra pensar no marketing do Templo de Todos os Deuses.

Falando em marketing, e voltando a Fontana di Trevi, fico imaginando a grande ideia que foi inventar esse ritual.

(Para quem nao sabe, reza a lenda que voceh tem que ficar de costas, fazer um pedido e entao jogar uma moeda em direcao da Fontanta.)

Eh facil ver no fundo da agua milhares e milhares de Euros, que rendem uma boa grana para a Prefeitura de Roma.

***

Eh aquilo que o Marcio tanto fala dos Jumentus. Imagine que o problema dos caras era ter um monumento fantastico, mas nao poder cobrar entrada. Entao alguem teve a brilhante ideia de criar a lenda e, assim, fazer render a bagaca.

Agora, imagine se um anuncio ou um comercial de TV teriam sido mais eficientes que a lenda. Nunca, neh?

***

O mais curioso eh que, voltando a Fontana de Trevi, lembrei do meu pedido feito em 2000, que se realizou seis anos depois.

Portanto, se lah por 2013 voces me virem andando de maos dadas com a Chalize Theron, saibam que o negocio eh quente.

terça-feira, 11 de março de 2008

Tempo todo mundo tem. É só uma questão de prioridade.

Certa vez, estava na noite e vi a cena com meus próprios olhos. Uma loira maravilhosa se aproximou do balcão e pediu um drink. Nem deu tempo dela receber a bebida e já chegou um magrão solando.

Fiquei só ouvindo a conversa para ver onde ia terminar. Dava pra sacar que o cara era endinheirado. Só o relógio devia custar mais que o meu apartamento. Era um Patek Philippe todo balaqueiro. Não tinha como não notar. A loirosa também percebeu. Talvez por isso fosse só sorrisos.

Papo vai, papo vem, não deu nem dois minutos e o cara largou.

- Então, vamos para o meu apê?

A loira foi muito elegante, e respondeu sem levantar o tom de voz.

- Acho que você se confundiu. Eu não sou dessas.
- E se eu pagasse para você 200 reais?
- Meu amigo, eu já falei. Você está me ofendendo.
- E se eu desse 10 mil reais, agora, na bucha. Você ia?

Ela mudou o semblante. Pensou, pensou, olhou o relógio.

- Por 10 mil reais eu vou.
- Então eu te ofereço 500.
- Tá maluco? Você acha que eu sou puta?
- Puta eu já sei que você é. Agora nós só estamos negociando o preço.

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Essa piada é um ótimo exemplo de um conceito que eu defendo insistentemente.

Existe uma coisa dentro de cada um de nós que é o nosso combustível. Que nos estimula a fazer absolutamente tudo. É ela que define o que é importante e o que não é importante. Que determina a nossa relação de prioridades na vida.

Essa coisa se chama motivação. O sinal mais claro e evidente do que nos dá prazer.

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Se eu oferecer cinco reais para você dar 15 voltas no Parcão, você vai achar a proposta ridícula. Agora, se eu oferecer um milhão de reais, é bem possível que você se interesse. E até consiga dar as 15 voltas, por mais fora de forma que esteja.

Um milhão de reais é uma grande motivação. É muito dinheiro, e dinheiro é importante pra todo mundo.

Só que no mundo real, ninguém oferece um milhão de reais para você fazer o seu trabalho bem feito. Ou para você chegar na hora nos compromissos. Ou para fazer as coisas com antecedência, e não em cima da hora.

Para fazer tudo isso, você precisa de motivação. É uma força interior. Ninguém precisa dizer nada. Você simplesmente faz porque aquilo é importante.

Ninguém precisa dizer para você: dê atenção para a sua namorada. Se você gosta dela, naturalmente vai agradá-la.

Se o seu filho adoecer e baixar hospital, você vai dar bola para o rodapé que tinha que layoutar até as 11h? Que nada: você vai sair correndo e deixar tudo pra trás. Afinal, essa é a sua prioridade.

Fico imaginando um torcedor fanático dizendo Não fui no jogo porque esqueci que ontem era a final da Libertadores.

Portanto, não se engane. As coisas que você lembra, que você dá atenção, que você coloca em primeiro plano são verdadeiramente importantes para você. É que o dá prazer, é o que é relevante, são as coisas que você acredita.

O que você faz aos trancos e barrancos, correndo, na última hora, não.

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Todo mundo sabe que, como professor, sou bem exigente. E defendo essa posição pelo princípio da motivação.

Se você tem uma semana para fazer o tema, e deixou para a última hora, me desculpe. É sinal de que fazer o tema não era tão importante para você quando você está tentando me convencer que era.

Você tinha outras prioridades. Ver a namorada, ir no jogo do Inter, beber com os amigos, dormir. Respeito e dou o maior apoio. Quem define as prioridades da sua vida é você. Agora, só não me venha dizer que não teve tempo. Porque o dia tem 24h para todos nós.

Tempo todo mundo tem. É só uma questão de prioridade.

Se você não fez o tema, ou fez mal feito, sinal de que tinha outras prioridades. E aí, essa é uma escolha sua, não minha. Por isso, quem tem que arcar com as conseqüências é você, não eu.

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O mais importante de todo esse papo de motivação, pra mim, é se conhecer.

Por exemplo: se você procura determinado amigo só para pedir favores, é sinal de que aquela pessoa não é importante para você. Os favores dela é que são.

Se você diz que adora o seu emprego, mas está sempre de saco cheio, sem a menor paciência para fazer o que estão lhe pedindo, contando as horas para o final de semana, pense bem. Tem coisa errada aí.

Perceba: as maiores dicas estão nos seus atos repetidos. É impossível fugir da nossa natureza.

Se você sempre chega na hora quando o seu chefe manda, e sempre chega atrasado nos encontros da sua turma, você definitivamente não é um cara pontual.

Se você fica todos os dias até tarde na agência, isso tem alguma importância para você. Talvez, você esteja investindo na sua carreira, porque isso é uma coisa na qual você acredita. Talvez você queria só mostrar para os outros como é trabalhador, e por isso não abre mão de entrar noite adentro. Talvez esse seja um valor da sua família, talvez você esteja apenas repetindo o que o seu pai e a sua mãe workaholics fizeram a vida inteira. Talvez você more sozinho, e não queira ficar isolado. Ou talvez você esteja duro e goste de ficar até tarde pra ganhar pizza de graça.

Não importa. Seja com a sua namorada, com o seu dupla, com os seus sócios ou com a sua família. Se você não faz espontaneamente determinadas coisas, acredite: elas não são tão importantes quanto você acha que são.

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A minha dica é não ficar lutando contra isso. Se você faz as coisas por obrigação, e não por vontade própria, tente mudar esse panorama. Ou você vai ficar sofrendo a vida inteira.

Você tem que estar apaixonado pelas coisas que faz e pelas pessoas com quem convive.

Eu sou apaixonado pela Perestroika. E é por isso que, mesmo viajando, mesmo de férias, eu vou continuar acompanhando o Blog. Só fico triste porque talvez falte tempo para contribuir como gostaria.

É que nos próximos 30 dias, a minha única e maior prioridade é coçar o saco bem coçado.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Tem Perestroika na TV.

Lembrando: semana passada, demos uma entrevista para a TVCom. Ao que tudo indica, a reportagem vai ao ar hoje, sexta, dia 7/3, às 22h. Inclusive enviamos vários trabalhos das turmas 1 e 2 para Lu Adams. Não existe garantia nenhuma, mas é possível que um ou outro apareça durante a reportagem.

Então, fiquem espertos. Nada de happy hour, nada de BBB. Todo mundo ligado no 36.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Mais um post querendo ser inteligente.

Está todo mundo na reunião. As pessoas começam a discutir, apresentam seus pontos de vista, concordam, discordam.

Aí dá uma brecha, e aquele aspone larga uma das suas tradicionais pérolas. Daquelas que não acrescentam absolutamente nada.

Ou só repete a opinião alheia, mas com outras palavras.

Ou, quando está mais corajoso, se arrisca e tenta formular uma tese, mas se perde na contradição.

Já percebeu? Às vezes a gente se pega tentando dizer coisas inteligentes, mesmo quando não temos nada inteligente para dizer. Parece que a gente quer provar para os outros que é capaz de discutir no mesmo nível. Mesmo quando ninguém está nos cobrando por isso.

Eu cansei de me pegar fazendo esse tipo de coisa. Confesso. Fosse numa reunião, fosse aprovando um trabalho do meu assistente, fosse numa conversa de bar.

Sempre falei muito. E muitas vezes, falava muito sem dizer absolutamente nada. Como sempre tive facilidade de colocar meus pontos de vista, conseguia influenciar outras pessoas ao meu redor. Que talvez nem concordassem com o que eu tinha a dizer. Mas por timidez, ou por dificuldade de verbalização, ou por pura falta de saco, simplesmente aceitavam o que eu estava dizendo.

O clássico "tá, melhor concordar com ele, porque talvez assim ele cale a boca".

De uns tempos pra cá, observando outras pessoas que também falam muito, percebi que elas gostam mais de ouvir a própria voz do que realmente saber a opinião alheia. E aí, comecei a exercitar um hábito que tem me ajudado muito.

Ouvir.

Recomendo. Quando são convidadas a contribuir, quando se cria um clima favorável, quando tudo acontece de forma natural, as pessoas - por mais incrível que pareça - dizem coisas interessantes. E é fantástico ver como isso pode contribuir em todos os aspectos da sua vida.

No nosso trabalho, então, nem se fala.

Um dos lemas do livro "It's not how good you are - it's how good you want to be" é seek criticism. Busque a crítica, não busque o elogio. Ela faz o seu trabalho crescer. Mais um lema que a Perestroika acredita e estimula.

Mas você só vai saber a opinião dos outros se você ouvi-los. Se você QUISER ouvi-los. Perguntar e não levar em conta o que os outros estão dizendo é uma perda de tempo.

Ouviu?

Funcionária do Mês




Tá certo que a vista é bonita, mas mesmo sem mesa (ainda) ela demonstrou motivação, empreendedorismo e organização. Estes são os motivos deste reconhecimento. Parabéns Majda.

terça-feira, 4 de março de 2008

CARTILHA DA OBRA - PARTE 2

Um dos conceitos estimulados na Perestroika é o EMPREENDEDORISMO CRIATIVO. Isso significa que esperamos que nossos alunos utilizem a sua criatividade não só na propaganda, mas para tirar velhos projetos empoeirados da gaveta e colocar em prática. O famoso "Foi lá e fez".

Se isso der certo, em pouco tempo, teremos muitos Camaradas Perestroika alugando e montando as suas próprias sedes. Por isso, guardem essas dicas. Serão valiosas no futuro.

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A segunda coisa que você precisar instalar na sua nova sede são os sprinklers. Até porque os bombeiros não liberam a sala sem este interssante aparato. Na verdade, imagino que a sala já deveria ter sido entregue com os sprinklers. Mas no nosso caso, por algum motivo não foi.



Então, aqui vai a primeira lição de hoje: antes de pegar a sua chave na imobiliária, confirme "Os sprinklers já foram instalados, né?"



Buena, os sprinklers devem ser instalados o quanto antes, porque logo depois entra o pessoal da elétrica e lógica, que vai montar toda a malha de fios lá em cima, perto do teto, e antes de colocar o forro de gesso. Claro, antes, para instalar os sprinklers, você já tem que ter instalado a luz.

Os sprinklers da Perestroika já foram instalados.
Agora, a gente já tá pronto para colocar fogo em sala de aula.



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Para acompanhar todas as dicas da Cartilha da Obra, clique no tag "Obra" no menu ali na direita. Ou aqui embaixo.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Mulher nota 1000

Tem horas que a gente tem que optar entre ir pra agência no fim de semana ou ficar em casa namorando. Todos vocês já devem ter passado por esse dilema.

É lógico que ficar com quem a gente ama é sempre melhor.

Mas por que existem situações em que você vai para agência em vez de ir para o cinema?
Ou vai acompanhar o tratamento de uma imagem em vez de ficar uma manhã inteira de sábado abraçado no seu amor, demorando todo o tempo que quiser pra sair da cama?
Ou adia um fim de semana inteiro de programações, porque vai acompanhar uma filmagem?

Porque é essa a diferença de quem tem um emprego e quem tem uma carreira.

Mas e todo aquele papo de que a vida é a melhor referência?

Aquele papo continua valendo. Vale aprender como um diretor pensa uma cena. Vale aprender como aquele fornecedor manipulou aquela imagem. Vale aprender que técnica foi usada para contruir uma imagem 3D, ou um mocape.

Isso tudo continua sendo vida e referência.

Mas esse post é para dizer que, quem apesar de tudo isso ainda tem do seu lado uma mulher que entende todo esse esforço e no fim olha para o trabalho e diz: ficou do caralho!
Essa é a mulher da sua vida.

Eu já achei a minha.
Te amo meu amor.

sábado, 1 de março de 2008

Alunos Padrão Iogurte.

Gosto muito de um termo que o Felipe usa. Ele diz que, mais do que professores, nós somos facilitadores para os alunos.

O que é uma verdade. Grande parte das teorias da Educação Moderna defendem que o professor só acende a faísca. Quem joga a gasolina e alimenta o fogo são os próprios alunos.

Quem não quer aprender, não aprende. Quem não procura a crítica, não aprende com a crítica. Quem não se expõe, não aprende a ver outras soluções para o mesmo problema.

A segurança é confortável, mas também é extremamente limitadora.

A Perestroika, felizmente, tem conseguido isso. Estamos produzindo uma massa crítica muito legal, de gente interessada, inteligente e principalmente: humilde. Gente com vontade de aprender.

Acredito que os nossos alunos seguem à risca aquele ditado que diz que a gente tem uma boca e dois ouvidos para falar menos e ouvir mais. Eles são humildes pra caralho, respeitam a nossa experiência pra caralho, nos ouvem pra caralho. E a partir daí, vão tirando suas próprias conclusões, critérios e métodos de criação.

Só que, como eu disse, além dos dois ouvidos, eles também têm uma boca. Que tem coisas muito bacanas a dizer.

Dessa boca, nasceu o Blog Padrão Iogurte.

Clique aqui e veja você mesmo.