Blog da Perestroika

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Último Post

O blog da Perestroika mudou.

Mudou de cor.

Mudou de cara.

Mudou de endereço.

Mudou para Wordpress.

Mudou de servidor.

Mudou de domínio.

O blog da Perestroika agora virou o site da Perestroika.
Mas não deixou de ser blog.

Para acompanhar nossos posts, agora você não precisa mais vir aqui.
Basta vir aqui.

Então, mude o seu RSS.

Mude o nosso link no bloroll do seu blog.

Ou então, clique aqui.

Ou ali.

Ou .

Ou acolá.

E se você ainda não entendeu nada, então acesse www.perestroika.com.br.

A gente só quer garantir que você vai nos visitar, ok?

sábado, 2 de agosto de 2008

Estágio na DM9 para redator. Quem se habilita?

Durante todo meu início de carreira me perguntei como alguém de fora de SP poderia conseguir estágio numa agência punk de lá.

É foda. O carinha é novo, não conhece ninguém do mercado. Os gaúchos que já estão nas maiores agências paulistas são de outra geração. Enfim, é complicado pra caramba mesmo, porque quase não há conexões.

Pois é muito especial ver que a Perestroika vai poder mostrar este caminho para os seus alunos mais puxados.

É que a DM9DDB (sim) está com uma vaga de estágio para redação e o Márcio Frizten escreveu pedindo indicação e interessado em ver o trabalho da turma da Perestroika.

É daqueles atalhos que as vezes a vida apresenta e que muda tudo na vida da pessoa. De uma hora para outra o nego (ou nega) se vê dentro do mercado paulista, numa puta agência, cheia de briefing que o cara nunca imaginava chegar perto tão cedo.

Claro que existem requisitos mínimos além de ter uma pasta que chame atenção de um pinta que já tem dois Leões em Cannes, entre eles conseguir se bancar em SP. Mas ninguém nunca disse que é fácil.

Algum redator curtiu? Então pensa mais dois minutos, respira e manda um email: marcio@perestroika.com.br

A partir das 18h de segunda, mandem para o Tiago, pois estarei na maratona aérea para as olimpíadas.

Por sinal: prometo alguns posts de lá.

É isso.
(Ah: a vaga precisa ser preenchida ontem...)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Apontou na reta.

Hoje é a despedida do Felipe da Live.
Sexta, sábado e domingo, ele entra no período de descompressão.
E a partir de segunda-feira, ele é 100% Perestroika.

De todos os momentos históricos que tivemos até agora (inauguração, novas turmas, nova sede, Ironman), esse é certamente o mais emblemático.

Boa sorte, meu velho. Vai lá e faz.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Mais um jabá.

A galera tava quase botando a perder a filosofia de "Foi lá e fez", tamanha a enrolação.

Mas, felizmente, depois de muito debate, de muitos votos, e de milhares de emails, o Blog da Turma 3 finalmente nasceu. Por sinal, foram gêmeos?

O nome não poderia ser outro.
http://dedonocuegritaria.blogspot.com.
Ou clique aqui.

A vida é ou não é a melhor referência?

Uma vez, eu e o Rafa fizomos um anúncio da Olympikus para a Void. Justamente por veicular na Void, a gente tinha que acelerar. Não podia ser um lance nerd.

O anúncio era só um tênis feminino, estouradão, e duas ilustrações, de um anjinho e um diabinho, feitas pelo Diego Medina. Os dois eram meio detonadões mesmo, bem subversivos, como o Medina curte.

O modelo era branco com detalhes em rosa, todo fófi. Então, para adequar ao público da revista, saíam dois balõezinhos de diálogo, um do anjo e um do diabo, dizendo:

(Anjo)
- Se você é virgem, use Olympikus Tube.
(Diabinho)
- Se você é virgem, eu sou a mãe do Badanha.

***

Essa peça me lembra aquelas situações em que a gente é tentado pela vagabundagem. Aqueles dias que, em vez de ter um anjinho e um diabinho, um em cada ombro, a gente está acompanhado por dois diabinhos.

Tipo quando a gente tem uma puta campanha para layoutar para o dia seguinte, 9h da manhã, e recebe um torpedo de uma gostosa que está sozinha em casa.

Ou quando a gente tem que entrar na madrugada trabalhando, mas lembra que tá rolando um puta jogão na TV.

Ou quando todo mundo fica metendo uma pilha para você ir na festa, mesmo sabendo que no outro dia tem que chegar às 6h na agência, para terminar de montar as peças que vão ser enviadas por Sedex.

E aí? Foda-se a agência, não é? A vida é a melhor referência, não é?

Médio.

A grande sabedoria aí está no bom senso. Ficar preso na agência não é uma coisa das mais legais. Mas, às vezes (e, às vezes, muitas vezes), é preciso.

Nessas horas, vale lembrar de um dos mandamentos que a gente apresenta no primeiro dia de aula.

"TRABALHAR EM PROPAGANDA É LEGAL, MAS É TRABALHO. E TRABALHO, DE VEZ EM QUANDO, É UM SACO."

Assim como é muito fácil pensar "Ah, é só um anúncio, não vou morrer se me demitirem, eu vou é curtir a vida", também dá pra pensar "Ah, é só uma mina, não vou morrer se perder essa FG, trabalho é trabalho".

O botãozinho de foda-se vale para os dois lados. Sobrevive na propaganda quem resiste mais vezes a essas tentações.

Eu lembro, com bastante nitidez, de deixar de ir em várias festas, enquanto alguns contemporâneos chutavam o balde de segunda a segunda. Na época, uns até me achavam meio CDF. E, talvez, olhando para trás, eu talvez estivesse sendo exigente demais com aquele Tiago, com que tinha só 18 anos na cara.

Mas com as coisas acontecendo na minha carreira, e as propostas, e os aumentos, e a visibilidade, deu pra ver que o essa nerdzice tinha um sentido.

Então, não usem esse bordão da Perestroika como álibi para a vagabundagem. Se querem sair, se querem ouvir os diabinhos, beleza. Não culpem a gente.

Culpem a mãe do Badanha.

Hora do recreio.

Tá, eu poderia inventar algum motivo para botar isso no blog. Mas na real, não tem. Só achei uma busca.

terça-feira, 29 de julho de 2008

MUSEANDO

As minhas amigas aqui da Live montaram há uns 2 meses um blog superlegal, chamado Museando. Posso garantir que as meninas são umas miusas mesmo (eu não escrevi errado, o jargão é "miusas"). Todo dia tem post novo. Mais que um post até.

O que vale o post é que essas Musas de Rede estão muito dentro do espírito "Foi lá e fez". Dois exemplos estão aqui embaixo.

O primeiro é uma paródia que elas fizeram do vídeo da Francine, que eu mostrei na minha aula "A Vingança dos Nerds".



Mais do que uma paródia, trata-se de uma forma de homenagem-justiceira. Vamos combinar que todo mundo fala umas merdas de vem em quando. Principalmente quando tomou umas a mais. Seria legal se virasse movimento mesmo. Veja o post inteiro.

Outro post legal é o vídeo denúncia sobre a condição precária dos banheiros femininos da noite portoalegrense.



A única coisa que eu discordo muito das musas é essa fixação na Amy Winehouse. Mas tudo bem, isso já faz parte de uma ilusão coletiva, que está enganando boa parte do mundo.

Parabéns, Musas.
Boa sorte, Musas.
E bem-vindas aos links da Perestroika, suas Miuuuuuusas.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Edição é foda.

(Descobri ontem, conversando com um aluno, que esse vídeo é velho. Mas ainda assim, vou manter, porque é muito a fudê.)

Olha que obra-prima de edição.

Por sinal, fica a pergunta: de onde esse cara tirou essa idéia? Como é que ele tirou sabia que ia ficar legal? Como é que ele associou essas duas coisas?

Brilhante.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Oscar póstumo.

Eu ainda não vi Batman. Li algumas críticas que falaram muito bem. O que eu sei é que a bilheteria da primeira semana foi foda. Talvez impulsionada por toda a campanha, que teve de tudo (até um ARG estratosférico) e criou uma mega expectativa.

Entretanto, a notícia que mais me impressionou é que está rolando uma pressão para que o Heath Ledger, que interpreta o Coringa, e foi dessa para melhor logo após as filmagens, leve o Oscar.



De novo, eu não vi o filme. Daqui a pouco, o cara merece mesmo a distinção da Academia. Mas convenhamos: interpretar o Coringa é um papel filé.

***

Eu sempre achei que existem os "papéis filé" e os "papéis briefing".

Por "papel filé", eu cosidero todo o tipo de personagem que, no roteiro, já dá pra ver que rende. Ele não necessariamente depende de uma boa interpretação para se destacar. Se o ator contribuir, melhor.

Nesses casos, me parece que o mérito está mais no roteirista que no próprio ator.

***

Dá até pra dividir em categorias de "papéis filé".

Tem a categoria Retardadadinhos, como Tom Hanks em 1995 e Dustin Hoffman em 1989.
Tem a categoria Nada Retardadinhos (Ou Superinteligentes), como Anthony Hopkins em 1992.
Tem a categoria Resmungões Espirituosos, como Al Pacino em 1993 e Jack Nicholson em 1998.
Tem a categoria Celebridades Excêntricas, tipo o Philip Seymour Hoffman em 2006.

E por aí vai.

***

Assim como a gente não julga da mesma forma uma campanha de varejo e uma campanha filantrópica, eu acho que a gente tem que ter cuidado para não cometer esse erro no cinema.

Eu acho do caralho quando o ator interpreta de forma genial uma pessoa com traços mais comuns. Mais um neguinho do dia-a-dia mesmo, sem afetações. Como o Adrien Brody, em 2003.

Tá, eu não estou dizendo que nenhum dos citados acima foi mal interpretado. Acho todos fodásticos (deles, o meu preferido é o Anthony Hopkins). Só acho que o fator filé vs. briefing tem que ser levado em conta. Especialmente, em premiações.

De qualquer forma, já me programei para, no fim de semana, tirar a prova.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Acabou (Despedida Gestão de Contas)

Para ler ouvindo “The Power of Goodbye” da Madonna (abaixo).



Completando o belíssimo ato falho do João segunda: “Entre mortos e sobreviventes... feriram-se todos”. Mas, a idéia era justamente essa: provocar mudança. E mudança como vimos em aula pressupõe dor, dificuldade e muita capacidade de desapego.

A Perestroika começou pela vontade de ajudar a mudar a propaganda.
Fazer a sua parte para preparar profissionais mais maduros, preparados, criativos, mas acima de tudo, inspirados. Profissionais “padrão iogurte”.

O Gestão de Contas veio para fazer isso em uma das áreas mais carentes de reciclagem. Pra gente, glamourizar o atendimento nunca significou jogar ainda mais purpurina em festas de premiação. Tem a ver com auto-estima. Saber o verdadeiro valor desse profissional e ajudar aos pouquinhos, quase por osmose, a fazer todo o mercado perceber (ou não esquecer) disso.

Quando fechamos nosso “circulo da verdade” no final da aula, ouvimos muito mais do que podíamos esperar quando montamos esse curso. Escutamos alunos motivados, seguros, com mais dúvidas do que quando entraram e muito mais humildes diante do conhecimento que de fato existe por trás dessa profissão. Mas, o mais importante foi o feedback não-verbal: sorrisos, intimidade, alegria e, ousaria dizer, uma pontinha de orgulho.

Missão cumprida.

Turma 1 do Gestão de Contas: “vocês foram a nossa lição que tínhamos que aprender”. E nós só temos a agradecer pelos milhares de ensinamentos.
Muito obrigada. Apagamos ontem a luz da sala 1302 com a sensação de sermos profissionais melhores e estarmos realmente participando de uma revolução ao seu lado.

Inspirada na manchete da vinda da Madonna pro Brasil, finalizo com sua genialidade:
There’s no greater power then the power of goodbye.

Afinal, que porra é a Perestroika?



Vídeo da festa de final do curso, da terceira turma de Criação I.

Quem já fez o curso de Criação da Perestroika, certamente vai se identificar com esse clima. Quem já se matriculou, pode se preparar para o que vem aí. E quem ainda não conhece a Perestroika, e está considerando os nossos novos cursos, aí vai uma provinha.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Um por cento

Por Beto Baibich*

Há um tempo atrás o Felipe me pediu pra escrever algo pro blog da Perestroika. A minha primeira reação foi achar que eu ia falhar miseravelmente. Faz muitos anos que eu saí do Brasil e o meu português já não é o mesmo. E pra ser sincero, ele nunca foi muito bom. Além disso, sobre o que diabos eu podia escrever? A solução tava de baixo do meu nariz. Se é pra escrever sobre alguma coisa, melhor que seja sobre algo que tenha uma boa chance de continuar sendo uma verdade pra mim por um bom tempo. E que possa ser usado por qualquer pessoa que queira testar o método.

O trabalho em criação - publicitária ou não - tem muito a ver com a personalidade de quem tá bolando seja lá o que tem que ser criado. E existe um aspecto da personalidade de qualquer criador que acaba fazendo uma diferença enorme na qualidade do trabalho que ele é capaz de fazer e o quão longe ele vai poder chegar em qualquer carreira que involva o processo criativo: o jeito que ele encara o fracasso.

É preciso ser meio masoquista pra ser realmente um bom criador. O único jeito de chegar a uma idéia genial é ter outras 2938572938 idéias que vão de completamente estúpidas às que são boas, mas não excepcionais. E a realidade é que 99.999999% de todas as idéias que você tiver têm que morrer. De morte matada, de morte morrida. E
assassinar uma idéia não é fácil. Todos nós temos mecanismos pra tentar nos convencer a salvar uma idéia na beira do abismo. Mas se a idéia chegou na beira do abismo, você tem um só dever: dar o pontapé.

A ironia do processo é que a cada idéia matada vem um sentimento de mini-fracasso. A tendência natural é de aprender com os nossos erros, o que leva a maioria dos criativos a cometer um erro ainda maior: eles aprendem a não errar mais. Desenvolvem cacoetes, exploram terrenos conhecidos. Tudo isso por um sentimento falso de segurança.

A solução pro problema é algo que beira uma forma de insanidade: encarar cada mini-fracasso como um grande sucesso. É colocar quantidade de idéias como a prioridade número um. E depois de ter 100 idéias, matar as 99 (de vez em quando 100) com um sorriso. O truque é sempre se lembrar que idéias ruins nos ajudam a aprender quais são os caminhos que são mais frutíferos, que a gente sempre vai aprender mais das idéias que a gente matou do que das que sobreviveram.

Um dos estagiários mais promissores na agência onde eu trabalho é um cara que passa o tempo inteiro falando as idéias que ele tem, quase sem parar. Praticamente todas são ruins. Mas ele continua mandando ver com um sorriso de orelha a orelha. E vira e mexe ele diz algo interessante, que vale a pena, que começa idéias interessantes. Ele tá com a contratação praticamente garantida. Fracassar mil vezes e se sentir bem a cada idéia que não deu certo é uma fórmula perfeita pra passar o tempo todo se divertindo nessa profissão.

Existe um jeito super simples de começar a encarar criação dessa forma: numere as suas idéias. Todas elas. Não interessa se é uma frase quando você tem que criar um comercial de TV ou se é uma única palavra que lembra algo de interessante. Todas idéias, por menores que forem, merecem seu próprio número. Quando você estiver num brain,
comece com o número 1 e coloque objetivos de quantidade, não qualidade. Toda vez que você tiver quantidade, a qualidade acaba vindo junto. É inevitável.

Normalmente eu tento ter 100 idéias antes de começar a filtrar as que são interessantes e as que vão pro saco. É super importante não se censurar de nenhum jeito antes de chegar a hora de passar todas as idéias pelo filtro. Depois que vocé escolher as 5 a 10 idéias que você gostar, desenvolva elas um pouco mais. Pense em diferentes execuções. Veja se a idéia rende ou se é difícil desdobrar em diferentes mídias. Faça desenhos simples. Se você tiver algum lugar pra fazer isso, cole
tudo na parede. Não há nada como ter uma visão geral da coisa.

E daí o lance é voltar pro caderno e voltar ao brain. As primeiras 100 são as mais difíceis. Então agora dá pra parar pra passar o filtro a cada 50 idéias e repetir o processo de novo e de novo. Poucas campanhas realmente boas vem antes de umas 200 idéias. Mais cedo ou mais tarde você vai ter que apresentar as suas idéias pro seu diretor de criação. O trabalho dele vai ser muito mais simples. Ele só vai precisar escolher as idéias que realmente têm potencial, e as que chegaram a esse estágio do processo são provavelmente já idéias bem melhores do que se você tivesse tentado achar uma idéia genial quando você começou a trabalhar no projeto. O trabalho é muito mais fácil quando a gente realmente gosta duma idéia. É pura diversão.

Boa sorte.


***
*Beto Baibich é diretor de arte gaúcho e um cara do caralho. Já trabalhou na Fischer America, Dez Propaganda e Escala. Depois de trabalhar um temporada na Taxi, do Canadá, ganhar Leões em Cannes e ser apontado como um dos jovens criativos mais promissores do Canadá, se mudou de mala e cuia para o Colorado. Hoje ele é DA da Crispin Porter + Boguski, uma das agências mais hypadas do mundo.

Se tudo der certo, em breve vai ser mais um Czar da Perestroika. O texto acima não foi tirado de lugar nenhum. É uma contribuição exclusiva do Betinho para o Blog da Perestroika.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Correria? Correria!

É comum a gente, numa rodinha de publicitários, ouvir o seguinte papo:

- Esse findi eu trabalhei pra caralho.

Ou:

- Essa semana saí todos os dias às três da manhã.

Ou ainda:

- Putz, faz quatro meses que eu trabalho sábado e domingo.

Cada vez mais, eu acho que esse discurso não é por causa da nossa rotina mega-atarefada. O que eu percebi, e essa é a tese que eu defendo, é que nós vemos a fodelança como status.

Isso aí. No nosso meio, se fuder é ser foda.

Você pode até nem concordar comigo. Mas sei lá. Parece que existe uma necessidade da gente mostrar para os outros que se está trabalhando muito.

Não consigo identificar bem a razão.

Talvez, isso signifique que a gente está numa agência grande (afinal, todas as agências grandes são assim).

Ou um sinal de que temos muitas responsabilidades, que somos imprescindíveis no processo.

Ou que nós somos mega-exigentes e, dessa forma, nunca nos damos por satisfeitos saindo na hora (quem garante que o próximo Leão não vai pintar às 3h da madrugada?).

Repare que, nos papos do Salão da Propaganda, o discurso clássico é:

- E aí, como tá lá?
- Correria, e lá?
- Correria, correria.

É ou não é?

***

Parece meio aquela piada da Sharon Stone na ilha deserta. Se você come uma gostosa, e não conta pra ninguém, não tem a menor graça.

Se você vira a noite trabalhando, e não conta para seus colegas, ninguém vai saber que você foi um herói.

Não seria essa uma prova de que vemos a fodelança como status?

Eu, num Salão há uns 2 anos, fiz questão de responder pra todo mundo "Pois é, minha vida tá bem tranqüila, tenho saído no horário". (Tá, não era verdade. Mas eu só queria ver a reação das pessoas.)

E não é que todo mundo me olhava meio estranho? Como se fosse proibido estar bem posicionado no mercado e sair às 19h.

***

Veja como é curioso. Normalmente, as pessoas mentem para mais. Elas exageram na fodelança. Elas realmente fazem questão de dizer que saíram às 4h da matina. Mesmo quando terminaram o job mais cedo.

Outro indício de que minha tese não é tão absurda assim.

***

Mais: se a questão é se exibir, não seria mais lógico o raciocínio inverso?

"Eu trabalho pouco, chego às 11h, saio pra almoçar, só volto às 15h, nunca fico até mais tarde, tô cagando para todo mundo, e ainda assim precisam de mim".

Ninguém se vangloria de ter um carro caindo aos pedaços, ou de ganhar mal, ou de morar num JK alugado.

Ninguém, tirando o Jorge Kajuru, chega para uma mina dizendo "Eu sou ruim de cama, tenho pau pequeno e já fiz troca-troca". (Se você não conhece essa entrevista, clique aqui.)

Ninguém se vende assim. Porque não existe status nisso.

Então, por que insistimos tanto nessa Síndrome de Sofrenildo?

***

Agora, não confunda isso tudo com falta de ralação.

Uma coisa é trabalhar para caralho. Ser um eterno insatisfeito. Ser exigente e não se contentar com o que já fizeram. Não aceitar bem a média.

Outra coisa é ter a necessidade de falar para todo mundo que você trabalha para caralho. É se afirmar em cima disso.

Uma coisa é a realidade do mercado. Que exige bastante e faz a gente virar a noite. Que joga para o acostamento que não agüenta o tranco.

Outra coisa é se exibir. Como se o fato de ficar até tarde fosse um troféu.

***

Eu tô na contramão. Pra mim, ficar até tarde é um saco. Perder o final de semana é um saco. E quanto mais eu lembrar desse sofrimento, pior. Por isso, nem toco no assunto.

Quando eu estimulo os alunos a ralarem, é porque eu tenho certeza que a quantidade faz a qualidade. Agora, eu procuro na medida do possível (evidente que nem sempre isso é possível) não ficar me exibindo de algo que, pra mim, não tem valor nenhum.

E ainda assim, às vezes, eu me pego dizendo "Nunca almoço, passo o horário do meio dia resolvendo coisas da Perestroika, hoje eu tenho dois expedientes, a reunião de ontem terminou de madrugada, blá, blá, blá".

***

Sinceramente, espero que esse post sirva para recrutar pessoas que também pensam como eu. Não existe nenhum problema em trabalhar bastante, nem em ser exigente. O bizarro é ver alguma vantagem nisso.

É ou não é, Kajuru?

Left Luggage

Seguindo a nossa linha de novas contribuições, aí vai o Post da Carol D'ávila. Ela é Diretora de Criação da Bendito e vai coordenar um dos nossos novos projetos: o Curso de Design da Perestroika.

Bem-vinda, Carol.

*****

LEFT LUGGAGE

Há exatos dez anos, no auge dos meus vinte e poucos, eu fazia minhas malas.
Era a primeira vez que saía da casa dos meus pais e a primeira vez que sentia uma necessidade absurda de independência.

Foi tudo sem muitos planos, e com muita, mas muita excitação e frio na barriga.
Eu tinha uma academia de design me esperando. E eu, cheia de esperanças, queria entrar nessa academia.

A única coisa que eu sabia é que ficaria no mínimo um ano e que só me permitiria voltar quando sentisse que tinha feito alguma coisa por mim - e isso significava, profissionalmente. 

O sentimento dos meus primeiros dias era de chapação total. E não porque eu estava na Holanda (sorry pelo trocadilho), mas por todo o bombardeio de informações que me rodeava.

A sensação que eu tinha é de que não ia dar tempo de absorver tudo e que um ano talvez fosse muito pouco.

Foi na Holanda que virei designer. Na verdade, descobri que já era. Mostrando a pasta de agência em agência, num belo dia um diretor de criação me pergunta por que eu queria trabalhar em agências de propaganda se eu era designer.

Pronto, a confirmação! 

Um ano e meio passou, muitas viagens, experiências profissionais absurdas, amigos, trabalhos, informação, informação, informação.

E de tudo o que vivi, o mais importante que trouxe dentro de mim, foram as pessoas que passaram pela minha vida.

A sensação que eu tinha - e estou tendo hoje - é de que todo mundo que passou por mim, deixou um pedacinho. E essas pessoas fazem de mim o que sou hoje.

A Perestroika teve o poder de mexer comigo nessas últimas semanas. Frio na barriga, a sensação de que o tempo vai ser pouco pra tanta informação, empolgação.

E o melhor de tudo, a certeza de que vou me tornar uma nova pessoa. Sei que além de ensinar, vou aprender horrores com vocês.

Eu espero poder mudar ou mexer ou deixar um pedacinho, que seja, de mim em vocês.

sábado, 19 de julho de 2008

Festinha do Criação 1.

É hoje! É hoje!

Festinha duplamente arregada.
Primeiro o churras.
Depois a balada.

Ah, nada de beber e dirigir.

E, por último: aí vai uma inspiração para quem pretende fazer gêmeos.
Caprichem.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Até onde dá pra brincar?

Na segunda-feira, um dos professores do Gestão de Contas veio conversar comigo no intervalo.

- Tiago, me contaram uma coisa, não sei se é verdade.
- Manda.
- O Nizan comprou a Perestroika?
- (Risos) Não! Mas eu sei de onde saiu esse boato.
- Pois é. Uma pessoa lá onde eu trabalho me perguntou, e eu não soube responder. O que me deixou mais impressionado é que ela contou que a notícia veio pelo namorado.
- Isso nasceu de uma piada interna nossa com a turma do Criação 2. Nós sugerimos que tínhamos uma janta com o Nizan. Depois, eu escrevi um post no Blog Padrão Iogurte (Blog dos alunos), reforçando a brincadeira. Mas no final, todo mundo sacou que era piada.


***

Passados alguns dias, eu e o Felipe anunciamos a nossa saída da Live e da DCS, para assumirmos a Perestroika.

Exatamente por causa do nosso histórico de pegadinha, muita gente demorou a acreditar.

Foi o preço de ter feito a piada do Nizan.


***

Ontem, fizemos mais uma piada. Colocamos (e retiramos, você já vai entender por que) uma introdução no texto da Bibiana, nossa estagiária, que nos escreveu direto do Canadá.

Não, ela não está indo para o Canadá às nossas custas. Inclusive, quem prestou atenção, viu que em nenhum momento a gente disse isso com todas as letras.

O que acontece é que a Bibiana foi liberada, com menos de 2 meses de contrato, para ir para o Canadá. De certa forma, foi um presente, sim. Quantas empresas topariam esse acordo? Ainda mais porque ela saiu na parte mais crítica da história da Perestroika. Recém abrimos as inscrições de seis novas turmas.

Enquanto ela está lá, no bem bom, nós estamos nos fudendo aqui para deixar tudo em dia. É ou não é um arrego, hein, Bibi? :)

É claro que a maioria dos nossos alunos, o pessoal mais próximo, sacou a piada. Uma boa parte pode até ter ficado na dúvida. Mas no final, a gente sabia que tudo ia ficar bem.

Era mais uma tiração de sarro em cima do nosso problema. Sim, porque ficar sem estagiária, justo nesse perído, é uma fodelança sem tamanho.

Nós estávamos rindo de nós mesmos.


***


Só que essa notícia da Bibi gerou um bafafá. Só o Rafa recebeu três ligações de gente perguntando se era verdade. A história, evidente, foi esclarecida. Mas um comentário nos deixou pensativos.

- Pô, vocês já estão picareteando.

E aí, ao ouvir isso, nós descobrimos que estávamos pagando um segundo preço. O preço da visibilidade.


***

Talvez nem nós mesmos tivéssemos nos dado conta do crescimento da Perestroika.

Esse episódio me fez sentir como um adolescente. Que cresce e não se dá conta do próprio tamanho. Então vai batendo nas coisas, tropeçando nos móveis, e fica pensando que só ele é desastrado.

Foi quando eu me dei conta que é isso que rola com as empresas quando crescem.

Enquanto elas são pequenas, livres, tipo franco-atirador, elas fazem o que bem entendem. E ninguém da bola. Por isso que sai tanta coisa boa, tanta coisa nova, tanta irresponsabilidade elogiável.

No entanto, é só crescer um pouquinho que todos já ficam te julgando. Ficam te olhando de cima para baixo. Ficam procurando um defeito para dizer "bah, olha os caras, são uns picaretas!".

E aí, a Perestroika vai se engessando, vai se engessando, e vai virando um elefante branco, chato, insosso, morno e sem graça.

Se a gente começar a pensar muito nos outros, vamos acabar com os testes cego de cerveja na aula (isso realmente acontece), com a galera fuzilando bolinhas uns nos outros (isso realmente acontece), com um grupo de ufólogos falando da cidade perdida de Atlântida (isso realmente acontece) e anões de cueca desfilando pela sala (isso realmente acontece).

Será que, a partir de agora, a gente vai ter que medir todas as palavras e atitudes, porque tem muito mais gente olhando?

Será que o preço de crescer é ser um chapa branca?

Ainda não tenho essa resposta.


***


Para mim, ser picareta é ser intelectualemente desonesto. É mentir para tirar vantagem. É querer que as pessoas acreditem nessa mentira porque é justamente isso que vai trazer benefícios.

É dizer que tem o que não tem. É dizer que faz o que não faz. É dizer que é bom onde não é.

Eu conheço muita empresa grande que se valeu de picaretagem para crescer. E conheço algumas que continuam picareteando até hoje, mesmo depois de grandes.

Sugerir, brincar, ironizar, fazer piada interna, rir de si mesmo, pra mim, não é ser picareta.

É evidente que a Perestroika não quer enganar ninguém. A gente não promete o que não pode cumprir. Inclusive, quem já nos procurou para fazer matrícula, sabe que a gente joga aberto. Eu mesmo já disse para várias pessoas. "Olha, não faz a Perestroika. Acho que não é bem o que tu está procurando". Principalmente quando vêm se matricular em busca de um bom portfólio. "Olha, se tu quer portfólio, faz a Escola de Criação da ESPM". Já gastei a voz repetindo essa frase.

Isso é ser picareta?


***


Não estou dizendo que não aceleramos demais. Sei lá, ninguém é obrigado a acertar sempre. E sabendo que o nosso Blog tem MUITOS leitores novos, a gente deveria ter levado isso em conta. Então: a todos que entenderam mal, e se sentiram engrupidos por causa disso, as nossas sinceras desculpas.

Agora, um conselho aos novos leitores do Blog da Perestroika. Não levem tudo tão a sério. Esse aqui é um espaço que traz conteúdo, opiniões e muita coisa interessante.

Mas sempre vai levar a vida com bom humor. Porque o nosso jeito de pensar é assim.


***


Quem acompanha o Blog há mais tempo sabe que, todo final de mês, nós elegemos "O funcionário do Mês". Mesmo que só tenhamos um. Uma piada bem com a nossa cara.

Fico pensando: será que isso também não pode gerar confusão?

Está cada vez mais difícil saber até onde dá pra brincar. Mas que a gente vai continuar sacaneando, ah, vai.

E agora, me dêem licença por favor. Acabei de ver que tem uma chamada não atendida do Nizan.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Bibiana, direto do Canadá.

"Viajar. Nossa, que coisa boa eh viajar. (sim, teclado sem acentos, obvio).A gente ve um monte de gente diferente, de comidas diferentes, de estilos de vida diferentes. E cada viagem feita traz um bilhao de referencias pra gente. Nao importa onde a gente vai, se aqui do lado ou do outro lado do mundo. A gente tem eh que ver o que acontece alem dos muros da nossa cidade.

(...)

Chegamos bem tarde, entao nao tinha nada aberto pra gente comer. Muito simples. Atravessamos a rua ate um furgao daqueles que vendem lanches rapidos, e comemos um xis-leptospirose (um rato saiu debaixo do furgao no momento em que recebemos o lanche pra comer).

Dia seguinte, depois do cafe no Starbucks, fomos caminhando ate Chinatown, que eh o lugar mais fedorento ever. La passamos por um funeral chines, bizarresimo. Saindo de Chinatown fomos caminhando ate o Bata Shoe Museum. Esse vale visitar. Tem tudo o que eh tipo de sapato, inclusive alguns de celebridades, como David Bowie e Ella Fitzgerald. Tem tambem uma ala dedicada somente a sapatilhas de ballet. Quem um dia vier pra Toronto, tem que passer nesse museu. Custa mais ou menos 10 dolares, e estudante tem preco especial.

Depois disso caminhamos, caminhamos, caminhamos. Passamos por varias ruas como Bloor, que tem varias grifes, Yorkville, que eh curiosa tendo em vista que antigamente era o point do pessoal da contracultura, e hoje eh totalmente o oposto. Virou um centro de gastronomia e compras chiques.

Pegamos um metro e fomos ate Dundas-Yonge Square, que eh uma mini Times Square em Toronto. Vale ir pra la so pra ver os outdoors iluminados. La esta tambem o Eaton Centre, um dos maiores shoppings do mundo. Saindo de la, caminhamos ate a CN Tower, que tem algumas centenas de metros de altura, e obviamente subimos. Chega dar pressao no ouvido, tao alta eh a torre. Mas vale a vista, mesmo sendo meio caro pra entrar. Alem disso, tem um chao de vidro, que da um medo absurdo. Parece que o vidro vai estourar a qualquer minuto, e a gente vai cair uns 400 metros.

(...)

Dia seguinte fomos pra Niagara Falls. As cataratas realmente sao bem decepcionantes, principalmente pra quem ja foi pra Foz do Iguacu. Mas a cidade, meu deus. Eh um festival de souvenir, meio que um grande parque de diversoes. Deve ter umas 5 mansoes mal assombradas, mais uns 6 museus de cera, mais um monte dessas coisas que criancas e turistas adoram. Tem um cassino bem lindo, mas o que pra mim mais valeu a pena foi a roda gigante. Bem simples, mas la de cima da pra ver absolutamente tudo, alem de ser meio poetico.

(...)

Queria mandar fotos tambem, mas aqui no cyber nao tem a entrada pra camera, entao vou ter que ficar devendo. Mas voltaremos, diretamente de nao sei onde eu vou estar, com noticias do Canada exclusivas pro pessoal da Perestroika.
Beijos!"

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Poesia visual impulsionada pelo You Tube.

A partir de agora, o Blog da Perestroika cresce e passa a contar com contribuições de todos os nossos sócios, de todos os nossos novos cursos.

E a estréia não poderia ser melhor. Um texto inspiradíssimo da Carla Mayumi, Diretora de Planejamento da Box.

Aproveitem.

***

Poesia visual impulsionada pelo You Tube.

Quem gosta de poesia? Quase todo mundo. É bonito, é culto, é legal gostar de poesia. Agora quem de fato lê poesia, compra livro de poesia, passa longos minutos sentado em casa e troca a TV por um livro de poesia? Para quem se não se identifica com essa cena quase idílica, a internet vem ajudando a reestabelecer um elo com a poesia, de um jeito visual, lúdico e bem familiar: através da telinha do You Tube.



Billy Collins, poeta americano dos nossos dias, fala do sucesso dos seus poemas no You Tube da seguinte forma: "I like poetry that ambushes people, like it's no big deal, you're cruising around YouTube, you know, and there's a poem." (algo assim: "gosto da poesia que te pega sem querer, como se não fosse grande coisa, tipo você está passeando pelo You Tube e dá de cara com um poema"). Billy Collins, através da sua poesia, se aproxima da vida cotidiana, fala do cachorro, das calçadas, das coisas com as quais topamos quando olhamos para os objetos dentro de casa, mas que na maioria das vezes não nos damos conta de que estão ali. Os próprios títulos dos poemas falam dos momentos diários de cada um de nós: "Man Listening To Disc", "The Best Cigarette".

O vídeo de um de seus poemas, "Forgetfulness", é um dos que melhor representam esse movimento, é campeão de acessos dentro da temática poesia: já teve mais de 400.000 acessos, o que para uma peça literária não é pouco. Não é para menos: o criador do vídeo, Julian Grey, conseguiu colocar ainda mais poesia no que já era lindo, mesmo que dessa forma tenha transformado a peça numa outra peça.

Deixando um pouco a poesia de lado e falando do que isso tem a ver com business, com criatividade, com planejamento: quem criou esse vídeo foi a área de entertainment da JWT (sim, a agência de propaganda), que realizou a peça para o Sundance Channel. Isso mostra como a inspiração, a arte e a cultura podem conversar de maneira verdadeira com a arte da propaganda. E mostra principalmente a importância de pessoas que trabalham no mercado de marcas estarem ligadas e conectadas a movimentos fora do próprio umbigo. Se todo mundo fica "se inspirando" sempre nas mesmas fontes, nada novo surge no front. É só olhar para o lado que tem um monte de coisa nova e inspiradora acontecendo. Entender isso é um passo de fazer as tendências acontecerem.

Video do poema Forgetfulness, de Bill Collins:



Sem querer acusar ninguém, mas o vídeo "Forgetfulness" parece ter sido uma inspiração para o filme do Itaú Personalite, julguem por si:

Video do filme do Itaú Personalité:



* Neste link, para quem quiser mais, tem todos os vídeos realizados para poemas do Billy Collins - sim, tem vários, o cara realmente despertou o desejo de videomakers por transformarem seu texto em linguagem visual:

http://www.bcactionpoet.org. Ou clique aqui.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Perestroika com 4 novos cursos.

Até agora, a gente só tinha falado dos nossos novos cursos para um pequeno público. Apenas para a Comunidade Perestroika e para as pessoas que nos procuraram por e-mail.

Só que chegou a hora de lançar oficialmente. Chegou a hora de fazer o jabá pra valer.

A partir de Agosto, a Perestroika tem 4 novos projetos. Para todos eles, nós buscamos parceiros que realmente entendem do assunto. Porque, como vocês sabem, essa é uma das nossas filosofias. Quem dá aula na Perestroika, tem que saber do que está falando. Tem que estar no mercado. Tem que ter respeito e admiração dos alunos. Tem que ser foda.

***

O primeiro curso é o Mashup: Criação + Internet. Ele explica profundamente os conceitos on-line, mostrando as ferramentas e explicando como fazer para que as suas idéias tenham linguagem de Internet.

Todas as aulas são interessantíssimas para quem se sente (como eu) defasado com relação às novidades da Internet. Uma das minhas aulas prediletas do programa é a que explica o que é o Google, como ele nos vê e como ele se remunera.

Quem coordena é o Marcelo Quinan, Gerente de Interface da AG2. Um cara do caralho e um profissional fantástico.

Além dele, o curso conta outros professores muito legais. Guilherme Garcia Giacomo, Supervisor de Criação da AlmapBBDO; Renato Rosa, Gestor da RR; Marcelo Bacchieri, Especialista em Gerência de Projetos e Design Production; Leo Prestes, Coordenador de Criação e Planejamento da W3Haus; e o Edu Santos; da Ipanema e da Loop.

***

Falando no Edu, um outro projeto que estamos lançando é o Curso de Som, coordenado pelo Edu Santos.

Ele foi pensado tanto para quem leva música como hobby quanto para quem tem (ou quer ter) a música/o áudio como profissão.

Além do Edu, nós temos outros professores do cacete:

Marcelo Ferla, que escreve para várias revistas, como a Rolling Stone; Tejo Damasceno, produtor e engenheiro de som que já trabalhou com Racionais, Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, entre outros; André Sittoni, editor e desenhista de som, que participou com produções como Seven, The Royal Tenenbaums, Signs, Six Million Dollars Hotel e The Patriot; Rodrigo Leão, Presidente da Casa Darwin; letrista da banda Skank e autor do hit “Saideira”; Piá; um dos precursores do Hip-Hop, que recém passou uma temporada com os melhores DJs do mundo; e o Adriano Basegio,que desenvolve pesquisa de ritmos e sonoridades para a construção da cena dramática.


***


O nosso terceiro curso é o de Design, com a coordenação da Carol D`ávila, Diretora de Criação da Bendito.

Mas o mais legal é que, além da Bendito, nós temos outras 2 importantes empresas de Design representadas. Afinal de contas, a nossa idéia é não apenas simular o mercado, mas ter sempre mais de uma visão, para que os alunos tenham uma formação completa.

Por isso, foram convidadas a Karen Ferraz, Coordenadora do núcleo de embalagem do GAD, e o Gustavo Guedes, Sócio-fundador e Diretor de Criação da 321.

Os três têm experiências muito legais. A Carol, por exemplo, cursou tipografia e design de tipos na Koninklijke Academie van Beeldende Kunsten Den Haag, na Holanda, trabalhou na Inizio DMB&B, em Amsterdam e passou por uma triagem na Fabrica, quando o Toscani ainda estava por lá.

A Karen trabalhou no Japão com sportswear design no estúdio Paprika, Inc., criando uniformes, estampas, grafismos, catálogos e artigos esportivos para Asics, Salomon, Puma e Columbia Sportswear.

E o Gustavo, além te ter especialização em Visual Merchandising - PDV pela POPAI (Point of Purchase Institute), criou um trabalho para a Diadora que foi considerado o “Melhor PDV de 2005”, segundo a matriz italiana.



***


E chegamos no nosso quarto projeto: o curso de Consumidor (nome provisório).

Ele junta a tecnologia de educação da Perestroika com o conteúdo e a expertise da Box. Uma sociedade que só deu certo porque essas duas empresas possuem DNAs e filosofias muito parecidas.

O objetivo é aprofundar os conceitos de pesquisa, planejamento, tendências e comportamento do consumidor.

Todos os professores são profissionais da Box: Carla Mayumi, Diretora de Planejamento; Eduardo Fraga, Planejamento ; Luisa Bettio, Diretora de Campo; Mariana Baldi, Pesquisadora de Campo; e Desiree Marantes, Trends Researcher.

Além disso, o curso tem as participações especiais do Rony Rodrigues, Presidente da Box; João Cavalcanti, Sócio-fundador da Box, Diretor Geral das áreas de Planejamento e Trends; e Helder Araújo, Diretor de Criação da Bola Design.

E dois Guests de peso: a Ana Paula Cortat; VP de Planejamento da agência de propaganda Leo Burnett, de São Paulo, e o Gabriel Shalom, videomaker e artista multimídia que vem direto de Berlim para dar aula na Perestroika.


***

Então, gente, é isso. Quem tiver interesse em algum desses projetos, é só escrever para os e-mails dos cursos.

mashup@perestroika.com.br
som@perestroika.com.br
design@perestroika.com.br
consumidor@perestroika.com.br

A primeira vez em Cannes.

Já falei pra vocês do Márcio Fritzen. Amigo meu, do Rafa, Tiago e Felipe.

Eu e o Bohrer trabalhamos juntos com ele na DCS algum tempo. Passei uma virada de ano em Floripa com ele e mais uma galera. Muita história pra contar.

Coração bom, irmão mesmo, que está fazendo bonito na DM9.
Dois Leões em Cannes 2007, Young 2008 por SP.

E é sobre o festival deste ano, conforme já havíamos prometido aqui mesmo, que ele escreve. Interessante e divertido. Aproveite.

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A PRIMEIRA VEZ EM CANNES.
De Márcio Fritzen exclusivo para o BlogPerestroika.



Eu prometi um texto para a Perestroika falando de Cannes 2008. Mais um pouco fica para Cannes 2009.

Mas enfim, aqui está.

Na verdade, o que escrevi tem bem menos qualidade e conteúdo do que alguns textos que já vi nesse blog.

Peço desculpa também se está tudo fora de ordem.
Mas acho legal que é um texto para todos.

Os cedefes ganham considerações, comentários e percepções sobre o festival.

A turma do fundão, dicas de baladas, festas e outras curtições.

Eu ganho lembrando dos melhores 9 dias da minha vida.



BALADAS OU PALAIS? OS DOIS.

Um dia antes do festival tem balada.

No primeiro dia do festival tem balada.

No dia seguinte tem balada.

No último dia do festival tem balada e tem também aquela dor de cabeça que te faz prometer não beber mais.


É muito louco porque todo dia tem a melhor balada da sua vida.

E todo dia tem também coisas imperdíveis no Palais, onde rola o festival.


Todo dia você pode ver um anúncio que nunca imaginou fazer.

Todo dia você pode ver um filme que te dá inveja.


Por tudo isso, deixe para dormir no avião.



FODÕES.

Uma das coisas mais legais de Cannes é o contato que você tem com as feras da propaganda mundial.

Você pode estar sentando ao lado do Nick Law e do Bob Greenberg, os caras que criaram o Nike Plus.


Os caras que você admira estão lá. Os nomes que você leu nas fichas existem.

Com isso não estou dizendo que você deve encher o saco dos caras. Nem puxar.


Mas pode rolar um papo.


Quem sabe entender como determinada idéia foi realizada.

Ou até mesmo mostrar a sua pasta se for oportuno. Eu disse, se for oportuno.



BIRITA NA FAIXA.

Existe um lounge chamado JCDecaux que fica na Croisette. Lá pelo posto 14.

Nem todo mundo conhece esse espaço. A JCDecaux é uma puta empresa de mídia exterior na europa.

O trabalho dos caras é bem legal.


Mas vamos ao que interessa: lá dentro é tudo liberado. Desde acepipes até champanhe.


Tem dias que lota o tal do JCDecaux e ninguém mais entra.


Aí, se você for cara de pau como eu pode entrar pela praia.

Tipo como se estivesse de passagem e quando viu, entrou e já está lá dentro.



PALESTRAS E WORKSHOPS.

Adorei a palestra do David Droga da Droga5. Se você não conhece o trabalho do Droga, acesse www.droga5.com.

Pelo site já dá pra sentir o quanto é incrível.


Outra palestra que não tinha necessariamente a ver com propaganda foi a do Tony Bennett.

Por não ser um cara de propaganda eu já achei a idéia legal.


O tema era a importância da música para as marcas. Foi bacana. O Tony é uma figura.

Parece um mafioso. Sem falar da napa. Que baita napa…


Também vi a palestra do Alexandre Gama sobre o case do Bradesco e a preocupação com a conservação do planeta.

Interessante e super em cima do que a gente tá vivendo.


Outro workshop que participei aconteceu onde eu estava hospedado, no hotel Atlas.

O porteiro, o Alain, me ensinou a abrir um champanhe com uma colher. E sem deixar a rolha cair no champanhe.

Uma mistura de “Se vira nos 30” com “Isso é incrível”.


Não aprendi porque já tinha bebido uma garrafa de champanhe antes.

Mas o Alain ainda está lá para ensinar quem quiser aprender.



COMPETIÇÃO DOS YOUNGS.

Achei foda a rotina dos youngs que competem. Eu gostaria de competir. Acho uma puta oportunidade.

Mas você aproveita bem menos o festival.


Ganharam uns argentinos da BBDO em filme. Sempre os argentinos em filme.

O briefing era o briefing do momento: Como curtir a vida sem ferrar o planeta?

O Brasil ganhou em internet. Sempre os brasileiros em internet.



HOLANDÊS QUE É MALANDRO.

Os youngs da Holanda é que são espertos. Os caras criaram uma festa que virou febre.

A bebida é bem cara e eles faturam alto.

Para você sacar a organização da delegação holandesa, eles têm até um buzão.





VIRAIS. NÓS AINDA VAMOS APRENDER A FAZER.

O Brasil não emplacou nenhum trabalho na categoria Viral Video. Um vídeo da Dm9 deu na trave. Bem legal:




Acho que muita gente ainda não entendeu o que é um viral e deixa a coisa muito comercial. Aqui tem alguns virais que ganharam Cannes esse ano:

http://www.simviral.com/2008/06/cannes-lions-2008-vencedores-de-viral-video/



CHORA NA CAMA QUE É LUGAR QUENTE.

Todo mundo apostou que o GP de Film seria "The Key" para Freixenet, criado pela JWT Espanha, de Barcelona.

Mas levou apenas prata.


Olha a peça:




Isso mostra como o festival às vezes é imprevisível. E cruel.

Quem dirigiu esse filme foi nada mais, nada menos do que Martin Scorsese.



GP POLÊMICO.

O Grand Prix da categoria Film no Cannes Lions 2008 foi para o filme Gorilla, da Fallon de Londres, criado pelo argentino Juan Cabral para os chocolates Cadbury.

(Um parentese no parágrafo: se você não conhece o Juan Cabral, vai atrás. Ele criou os filmes de Bravia e tem vários outros trabalhos geniais.)

Quando o Gorilla passou no Palais, ninguém aplaudiu loucamente. Nem vaiou.


Todo mundo gosta. Mas muita gente questiona se não poderia assinar qualquer cliente.



GP DE PRINT.

O GP de print desse ano foi a peça de Energizer. A criação é da DDB Africa do Sul.

Deu o maior barulho, porque parece que tinha uma campanha da TBWA Cingapura

com o mesmo conceito que foi short em 2005.

Aqui dá pra ver as duas peças:
http://www.ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=32675



GP DE ACTING.

Por favor, confira.



Esse garoto é incrível.

E os dentes do Bob Esponja?

Levou ouro em film.



GP DE...DEIXA PRA LÁ.





TITANIUM LIONS.

Essa categoria é fascinante. Só grandes idéias. Não tem fantasma.

É idéia do caralho e de verdade. E quem julga são as mentes mais brilhantes da propaganda mundial.


O trabalho de Halo 3 me deixa sem palavras. A produção…o conceito…


Vai na veia, mergulha nesse universo do real x virtual.

Você precisa ver. Vai atrás. Foi o GP.



PRICELESS.

Dar uma volta de Ferrari no circuito de Mônaco da F1. É o horário nobre da vida!

Mostre para o Rubinho como se faz.

São oitenta euros com você no comando e um mala do seu lado falando "Slow..slow..."



A CASA DO PIERRE CARDIN CAIU.

A festa mais alucinante em Cannes 2008 foi a do Terra.

Show do Morcheeba na faixa no lugar mais alucinante que já eu vi. A foto fala melhor do que eu sobre a casa-nave-disco-voador do Pierre.







A festa da Microsoft também foi incrível. A pista rodava. Sério...

Tá duvidando? Botei no youtube. Dêem uma olhada.

Detalhe: eu sou o louco gritando ao fundo.






O RETORNO.

Voltar não é fácil.

Ao mesmo tempo, quando você volta, Cannes te impulsiona.

Deixa você mais cascudo. Não deixa você ir na primeira idéia.

Faz você pensar mais.

Você volta com a vontade de fazer.


Ano que vem espero vê-los em Cannes.

Eu vou estar lá.

Um pouco menos nas baladas. Bem mais no Palais.

Mas ainda podemos tomar umas.

Stand-up Leo Prestes.

O Leo Prestes (aquele cara que eu elogiei pra caralho na aula de rádio), ex-redator de várias agências, e atual coordenador de planejamento e design da W3Haus, fez um puta stand-up na aula do Felipe do último sábado.

O mais legal é que foi a primeira apresentação do Leo. Começou com pé direito.

Imaginem a pressão. Foi logo após uma routine do Felipe. E depois de vermos vários vídeos de stand-ups nacionais e mundiais.

Bom, a Carol Janovik, que trabalha com o Leo, mandou essa pérola pra gente. Aí vai.

O vídeo abaixo se chama "A técnica da toalha".

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Um texto solto sobre a Perestroika e seu momento atual.

Nesta última 4a feira participei de um debate do CJC, junto com o Leo Prestes e o Israel. Me identifiquei pra caralho com o Leo quando ele disse que tinha largado a redação porque ou ele acompanhava as mudanças do mundo da comunicação e ia trabalhar em uma agência digital, ou continuava fazendo o seu (belo) trabalho do dia-a-dia, mas que não estava conectado exatamente com o que teremos que fazer no futuro.

Foi exatamente isso que me levou pra Azaléia/Olympikus há 3 anos. Uma mudança radical pra alguns, mas que eu afirmo: fui atrás de um sentimento, de que lá do outro lado do balcão poderia criar mais. Como cliente eu poderia ter a minha disposição TODAS as ferramentas da comunicação e do marketing. Poderia experimentar tudo. Testar. Bastava continuar tendo idéias e contratar qualquer empresa que fosse me ajudar a fazer o puta trabalho acontecer. De sobra eu acabaria SEMPRE atualizado.

Vejo que acertei. Tanto que a maior experiência que tive de comunicação na Olympikus não foi um anúncio, um filme, nem uma estratégia viral: foi o patrocínio do Pan e o projeto de concepção dos uniformes que o Brasil usou no Rio de Janeiro e vai usar agora nas olimpíadas. Tanto que o Israel, que hoje faz games, já está concluindo o segundo puta projeto para a Olympikus, todos eles aprovados antes da Aquiris ser finalista em Cannes ou alguém falar que games na internet era o futuro/tendência ou qualquer porcaria dessas (por sinal, Israel, quem te indicou pra Cubo, agência da Axe?). Nunca teria participado disso tão diretamente através de uma agência. Ao mesmo tempo, a vida do outro lado do balcão também me ajuda a não cair em deslumbre pelos modismos ou novidades: o game da Aquiris é fantástico. Mas é o Fantástico da Rede Globo que vai levar o consumidor pro site para jogar. Acredite: um filme na Globo é UM FILME NA GLOBO.

Corta.

No meio disso tudo, a Perestroika nasceu. E cresceu. Primeiro como escola de criação. Depois, quando vimos, éramos mais do que isso: uma escola que tinha forma criativa nas aulas. Não queríamos mais formar e ensinar com muito tesão apenas redatores e diretores de arte. A idéia por trás, que só descobrimos depois, era de usar as idéias e formatos criativos para ensinar. Tudo. Era isso que estava latente. Nossas aulas de criação 1 e 2 eram apenas a ponta do iceberg.

Lançamos, então, há 6 meses, o curso de Gestão de Contas. Turma lotada em 3 dias. Nós dando aula? Não. E foi assim que desenvolvemos um modelo de negócio realmente inovador. Abrindo a empresa para todos que viessem a agregar. Essa idéia deu certo? Você responde. O fato é que com pouco mais de um ano, a Perestroika já é outra, e em agosto estão aí 4 novos cursos: Internet, Design, Consumidor e Som. Mais um projeto com a PUC. Mais um projeto com a ARP. Sem falar no Photoshop, que já está na segunda turma. Tudo com pessoas que só nos encantam: o Marcelo Quinan, da Ag2; a Carol D'Avila, da Bendito; a Carla, Dudu, Rony, etc, da Box, o Edu Santos, da Ipanema e Loop; e o Greg, da DCS.

Será que o Felipe e o Tiago, saindo das agências, estão "saindo do mercado"? Ou será que a Perestroika não pode ser "o novo mercado"? Será que uma agência de propaganda vai ser do jeito que é hoje em 10/15 anos? Porque faz exatamente 58 anos que ela é assim e garanto: os meios de comunicação mudaram neste período. Alguém duvida?

Outra coisa: mesmo que os dois viessem "só" a ensinar: é no Brasil que isso significa ficar desatualizado. Nos Estados Unidos, por exemplo, os cabeções TODOS estão desenvolvendo trabalhos inovadores nas universidades. É lá que surgem as inovações. É lá o local de experimentação. Ou a MIT tem a fama que tem por nada? Ou Harvard é mesmo careta e as pessoas só estudam lá por causa do diploma e os professores são uns bostas?

Nós estamos vibrando com as novidades. Se fizemos tudo isso em reuniões das 19h às 3h da manhã, imagina agora? Enfim, estou orgulhoso e feliz que tenho dois amigos-sócios que agora vão se dedicar a pensar diferente e cuidar exclusivamente deste projeto que gostamos tanto. Que vão correr atrás das novidades. Do que está surgindo, do que é fresco. Novo. Que vão fazer acontecer muitas idéias que ainda estão no papel pela falta do desgraçado tempo. As oportunidades estão aí. E nós vamos correr para aproveitar.

Aos alunos, tenham certeza: se mudar alguma coisa, é para melhor. Aos amigos, que apoiam e torcem: sim, está dando certo, obrigado pela força de sempre. Aos curiosos metidos, palpiteiros de plantão, eu digo: aguardem.

No fim, acho que era só isso mesmo que eu queria dizer.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Felipe Anghinoni e Tiago Mattos assumem a Perestroika.

Ontem, nós postamos aqui uma notícia que chamou a atenção de muita gente. A Perestroika, a partir de agosto, conta um diretor executivo: Felipe Anghinoni, ex-diretor de criação da LiveAd.

Pois a notícia estava errada.

A partir de agosto, a Perestroika conta com um segundo diretor. Ao lado do Felipe, vai trabalhar o Tiago Mattos, que deixa a redação da DCS para assumir o cargo.

Para quem não sabe, o Tiago, entre outras coisas, já foi Redator do Ano, Young Creative e bolsista na Miami Ad School.

A idéia é que ambos acompanhem de perto os 4 cursos que serão lançados em breve. Além de muitos outros projetos da Perestroika.

Ao Felipe e ao Tiago, nós desejamos toda a sorte do mundo. Sejam bem-vindos.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Criação 1 - matrículas abertas.

O pessoal da Lista Vip já recebeu o e-mail. Agora é a farra do boi!

Quem não está na lista, mas quer fazer o curso, tem que entrar em www.perestroika.com.br e se matricular no site, para receber todas as informações atualizadas.

Sejam todos muito bem-vindos à Perestroika.

P.S.: Se você estava na lista VIP e não recebeu nenhum e-mail, sinal de que cadastrou seu endereço errado. Escreva direto pra tiago@cursoperestroika.com.br e peça as informações.

Perestroika contrata diretor executivo

A partir de agosto, a Perestroika passará a contar com um diretor executivo.

O nome dele é Felipe Anghinoni.
Até o final de julho, Felipe vai se desligar das funções de diretor de criação da LiveAD e passará a dar expediente na Perestroika, acompanhando de perto a evolução dos 4 cursos que serão lançados em breve. E também desenvolvendo novos projetos da marca.


Felipe é um cara bem legal e competente, que tem tudo para dar certo nesse novo desafio. Seja bem-vindo, Felipe.

Festinha no Ocidente.



Ei, não é promovida por nós. Mas recebemos tantas perguntas dos alunos que resolvemos postar aqui no Blog. E, dentro dumas, poderia até rolar um encontro da galera por lá.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O IronMan em 11 frames

Papo superleve com Martha Medeiros.



E a humildade impressionante do bi-campeão mundial de judô, João Derly.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O IronMan em 11 frames

Tudo começou com uma conversa com a morte.



E depois continuou com um papo sobre violência, com Paulão, o Repórter Policial.

Day After

Quando a gente vive uma experiência muito intensa, muito fora da rotina, ela só costuma fazer sentido no dia seguinte. O chamado Day After.

Com o Ironman não poderia ser diferente.

Eu acordei hoje cheio de dores pelo corpo, parecia um velho. Mas, pelo menos, meu cérebro estava novinho, com a bateria recarregada. Ainda não consegui processar tudo - e acho que vou demorar alguns meses pra botar em ordem o que ouvi.

É difícil resumir o que eu estou sentindo. É uma mistura de dever cumprido, de orgulho por ter feito um lance do caralho, de alívio por tudo dar certo, de ressaca pelo cansaço, de saudade pelo clima de asto astral que rolou. E de uma puta reaproximação com vocês, alunos do Criação 2.

A noite, o bus, as conversas de igual pra igual, as besteiradas e os tragos. Foi tudo sensacional.

Mas isso é como EU estou me sentindo. E vocês, como acordaram hoje? Eu vi que no Padrão Iogurte o pessoal já se manifestou. Mas seria legal ver a opinião da galera aqui, nos comentários.

(A Turma 1, que participou de parte, também pode dar pitaco. E até quem só acompanhou por Twitter pode comentar. O espaço está 100% aberto.)

Alguém se arrisca?

domingo, 6 de julho de 2008

E hoje - Edu Santos.

O Ironman começou 12h, na Ipanema, acompanhando ao vivo o programa Churrasquinho do Zé do Belo. A Perestroika marcou presença na mídia, com o depoimento espontâneo do Rech.

Depois de um risotão, preparado pelo Edu Santos, o nosso chef, que também é chefe da programação da Ipanema.

Papo muito legal, que rolou durante duas horas, e foi mais uma injeção de ânimo para a gurizada.

Só quem participou sabe como foi legal.

Abração e até o próximo Ironman.

Ontem terminou no Entreato.

Saímos do Diego Medina e, depois de um dia de Ironman mental, fomos para o Entreato, tomar uma ceva e digerir toda a informação que recebemos.

Mas hj, domingo, às 11h, daqui a pouquinho, tudo começa de novo.

sábado, 5 de julho de 2008

Mais uma tarefa.

23h em ponto entra o multiartista Diego Medina na sala, com um engradado de Polar.

Para quem não sabe, ele é ilustrador, músico, ator e mtas outras coisas.

Enfim, foi uma conversa que, para vocês terem uma idéia, falou do "Pônei Anão". Por aí vcs já podem ter idéia da doença que foi.

(A palestra continua, mas o post já foi feito para documentar.)

UFÓLOGOS

Nem sei o que dizer.
Acabou agora a conversa com os ufólogos.

Estou muito abalado.

O que posso dizer para vocês nesse momento é que os ETs existem.
E eles estão entre nós.

Tarefa 4 - Jorge Furtado

Tá, não precisa dizer muito,

Jorge Furtado é Jorge Furtado.

Toda a apresentação está sustentada pelo livro "Face Escondida da Criação", através do texto "Onze idéias e meia".

Entre tantas coisas legais, uma marcou bastante: "A regra única do bom roteirista é (...) td o que está escrito no roteiro deve ser visível ou audível."

Enfim, foi do caralho.

Terceira tarefa - João Derly

Saímos da sala, descemos e pegamos um bus até a Sogipa. Lá, o bicampeão mundial de judô, João Derly, falou direto do tatame para a turma.

Contou experências sobre as conquistas, a disciplina da vida de atleta, as desilusões, os adversários, e tudo mais.

Uma coisa muito legal que ele falou foi sobre humildade. Foi uma lição de vida para todos nós.

Enfim, quem viu, viu.

Agora, me dêem licença, porque já estamos no meio da próxima tarefa.

Martha Medeiros

A segunda tarefa do IronMan: uma bate-papo com Martha Medeiros, que, obviamente, dispensa apresentações.

14:31 - Martha conta do seu início de carreira publicitária. Conta que se excitava mesmo com a proximidade com a arte. Diz que não se achava uma grande redatora.

14:35 - Ócio Criativo: a oportunidade de morar em Santiago, no Chile, ofereceu o tempo que ela precisava para se dedicar a escrever.

14:36 - Primeiro texto que sai na ZH. Um texto sobre virgindade.

14:37 - Lizandra Souto queria casar virgem. Que palhuca!

14:40 - Sobre o senso de oportunidade: "As coisas não caem inteirinha no teu colo. Mas caem pela metade."

14:43 - "As pessoas acham que a gente tem que ter opinião sobre tudo!"

14:46 - "Todo mundo deveria escrever."

14:48 - "As pessoas não devem ficar nessa angústia: eu só existo se eu me expor."

14:53 - Marta tem um "blog" pessoal, que ninguém sabe que existe, que é só para ela mesmo.

14:57 - "Mais que estar atento, precisamos estar abertos às oportunidades."

14:59: Ponto A, Ponto B: "Eu devo a propaganda o fato de eu ter um texto comunicativo".

15:03 - Ela odeia a etiqueta de "porta-voz" das mulheres.

15:11 - Martha gosta de ser lida em silêncio. A pior forma de homenageá-la e ler um texto dela em público (e na frente dele).

15:16 "A vida é repetitiva. E isso é um problema para quem escreve."

Tarefa 1 do Ironman

Começa o Ironman com todos os alunos na sala.
As luzes apagam.
Entra a Morte ao som de Ironman.

Morte faz um grande stand-up, dando as boas vindas aos alunos.

E começa o Ironman.
Tarefa número 1: entra Paulão, repórter policial, na sala.

Ele fala sobre violência, a vida na prisão, a visita na Tia Carmen, ações, a corrupção na polícia e muitas outras coisas interessantíssimas.

Fim da primeira parte.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

É AMANHÃ, PORRA!!! IRONMAN 2008

O IronMan começou há 3 meses para mim.

Faz exatamente 3 meses que fora a minha pauta do dia, fora as aulas da Perestroika, descobrindo muito as minhas atribuições de pai e namorado (desculpa Nanda, te amo!) eu ainda me dediquei ao IronMan. Abracei esse job. E curti muito fazer.

Então, faz 3 meses que já estou correndo. Para os alunos, a maratona tá quase começando. Mas para mim, são as últimas 24 horas do Enduro.

Sangue nos olhos!

Eu tô muito pilhado. Adrenalina afu.
Eu vou dar o último sprint agora.
Quero ver se as bonequinhas vão agüentar.

O IronMan vai ser foda.

Quem quiser acompanhar o final de semana, o IronMan será transmitido via blog.
Drops no twitter.

Isso que é Padrão Iogurte

Bibiana: Funcionária do Mês



E com essa foto padrão Iogurte, a Bibi fica imortalizada no hall dos Funcionários do Mês da Perestroika. Feito que, até hoje, só a Majda tinha conseguido.

Parabéns, Bibi.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Falta pouco.

Se for aprovar lei, não beba.

A história do Tolerância Zero virou polêmica mesmo. Buzz Total. Não tem um dia que eu não me veja discutindo a história pelo menos uma vez.

É estranho porque, por um lado, acho que faz sentido. Sinceramente, faz.

Por outro lado, eu, que nem bebo muito, nem sou muito fã de bebidas, já me senti por duas vezes censurado. Não pude nem tomar um copinho de ceva. Não deu nem para molhar a goela e fazer a social.

O que acho foda é que a lei tem a pretensão de mudar uma cultura que já está muito enraizada no comportamento brasileiro. Nem só brasileiro, mundial. Eu fico imaginando o casalzinho que já ficou uma ou duas vezes em festas e começa a entrar naquela segunda órbita do relacionamento. Tipo, como vão fazer para fazer aquele jantarzinho astral? Um a taça de vinho sempre ajuda a quebrar o gelo. E como se faz? Só um dos dois bebe? Se encontram lá e vão de táxi? Não bebem nada?

O anjinho no meu ombro me sussurra que é melhor isso do que alguém morrer por causa de um motorista bêbado.

O diabinho no meu ombro tem certeza de que a lei de tolerância zero não vai durar muito tempo.

E o bom-sensinho que mora dentro da minha cabeça me diz o que todo mundo já diz. O problema do Brasil não é falta de leis. É a falta do reforço das leis. Em inglês, diria: "It's the enforcement, stupid."

Nos Estados Unidos, ninguém joga lixo no chão.
Mas vou dizer para vocês, não é porque são educados. É porque se jogarem, existe uma possibilidade muito grande de tomarem uma multa. E tem gente paga para ficar esperando alguém jogar lixo no chão e aplicar essa multa.

Ou seja, se todo o esforço que está sendo feito agora para reprimir o uso de qualquer quantidade de álcool fosse empregado para reforçar a lei do 0,6%, a lei já seria efetiva.

Eu acho que vai relaxar.
Em poucos meses, eu acredito que as blitz vão diminuir. Que pouca gente vai ser pega. Que vamos voltar a exatamente a mesma situação de pouca fiscalização. E que novos casais vão poder tomar uma taça de vinho em jantares românticos sem correr risco de serem multados ou presos.

E que um monte de gente vai continuar morrendo por causa de motoristas bêbados.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Hoje tem festinha!

Lucas Feix, um dos nossos alunos de Criação II, que fez parte da primeira turma da Perestroika, e o Lara, nosso aluno do Gestão de Contas, fundaram no meio do ano passado uma agência chamada Equador.

Hoje, essa empresa está completando 1 ano de vida. E vai ter festa para comemorar.



Para nós, essa é mais uma vitória.
Porque é mais uma pessoa que foi lá e fez. Quebrou a Matrix dos negócios e implementou o empreendedorismo criativo para transformar a sua vida. A gente fica muito feliz de verdade com isso. E espera que essa fato também inspire mais gente. Queremos ver a Comunidade Perestroika crescendo, se dando bem.

E não é a gente que está dizendo que fez parte disso. Leiam um trecho do e-mail que o Feix nos mandou:
"Deusulivre. É o efeito Perestroika. De D.A. preguiçoso por idéias, que vivia na carona das criações do redatores, consegui me interessar pelas maratonas de títulos. Não é sempre, mas de vez em quando a gente acerta."

Parabéns, Feix. Parabéns, Lara.
A vitória da Equador é um presentão pra nós.
Que sirva de inspiração para muitos outros.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

15 anos atrasado

Olha, queria que tivessem inventado esse esporte há 15 anos.
Deve ser MUITO afudê.
Nem vou comentar mais.



Retirado do blog da Camiseteria.

Confira o bolão do IronMan Perestroika 2008.

domingo, 29 de junho de 2008

Paródia.

Nunca tinha pensando muito sobre o assunto. Mas essa semana, depois de receber uma peça publicitária por email, me dei conta que a paródia é uma fórmula quase sem erro na propaganda.



Claro que existem paródias que não funcionam. E normalmente não funcionam quando os criadores não levam a paródia ao extremo.



A paródia exige que a gente pise fundo. Tem que ir até o fim, e não enfiar só a cabecinha. Tem que realmente avacalhar muito além do que o bom senso permite.



A paródia parece ser mais ou menos como o cachorrinho ou o nenê. Ou, para lembrar de uma outra fórmula que a propaganda já desgastou, a dublagem.

Botou cachorrinho ou nenê, a peça sempre fica cuti-cuti. Fez dublagem, provavelmente ficará engraçado (o Hermes e Renato recém se reiventou a partir do Tela Class, por exemplo). Paródia é a mesma coisa.



Não estou aqui dizendo que a paródia, os nenês, os cachorrinhos ou as dublagens, a partir de agora, devam ser banidos da propaganda.

Claro que não. Paródia é do caralho. Fazer bem paródia é mérito.



Mas quem me conhece, sabe que eu sempre procuro encontrar padrões nas coisas. Porque o único jeito de ser verdadeiramente criativo, de ser verdadeiramente inovador, é conhecer todos os padrões existentes. Para, então, subvertê-los.

Por sinal, esse meu jeito maniático por padrões é um prato cheio para uma paródia.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

IronMan 2008

Tem muita gente perguntando "Afinal de contas, o que é esse tal de IronMan Perestroika?"

Para deixar todo mundo a par do que é, do que será, e, principalmente, acompanhar o projeto ao vivo, criamos um perfil no twittwer.

Sigam-me os bons:
www.twitter.com/perestroika

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Axe Temptation.

Como falamos há alguns posts, o advergame da Axe, The Dark Temptation, entrou no short-list de Cannes.



Ficamos felizes pra cacete, já que é um projeto que envolve a Aquiris, empresa de games do nosso amigo Israel. O Israel foi redator por anos e trabalhou em várias agências, como a Dez, a DCS e a Globalcomm.

Como todo cara de visão, o Israel deu um peitaço, largou tudo e trocou o hobby dos videogames pela profissão de criador de games.

Acho legal citar esse exemplo, já que tantas vezes a gente diz que "o RS não tem mercado para isso, não tem mercado para aquilo". O que é sempre meia verdade.

O RS não tinha mercado para games. Mas a galera da Aquiris botou as caras e criou esse mercado. Em vez de ver como problema, viu como oportunidade.

***

Bom, o fato é que eu sempre esqueço de jogar em casa, e não consigo jogar aqui na agência por causa do plugin. Mas imagino que seja bem legal (acho que os jurados de Cannes merecem um crédito, né?).

Então, quem quiser curtir a pegação do chocolate, clique aqui.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Perestroika: agora fornecedora de tecnologia de educação para a ARP

O nome do post assusta, eu sei.

Mas calma.

É que esse tipo de comunicado exige uma certa pompa.

Na verdade, o anúncio foi feito pré-oficialmente na nossa última aula do Criação 2. Quando, a convite do Rafa, o Chittolina foi na Perestroika falar sobre Linguagem Fotográfica.

Os alunos tiveram oportunidade de aprender pra caralho e conhecer um pouco melhor a personalidade do Celso. Que, além de um puta fotógrafo, é também um exemplo para o nosso mercado.

Ele vai lá e faz.

Ele foi lá e fez, por exemplo, o Anuário do RS. Pegou embaixo do braço e deu um jeito de botar na rua a primeira edição. Como ninguém se apresentou nos anos seguintes, ele foi em frente. Pariu Anuário atrás de Anuário. E, agora em 2008, chegou ao sétimo filho.

Só que o Chittolina é um Jack Bauer de carne e osso. E, não satisfeito, há algumas semanas, ele se candidatou - e venceu - a eleição para Presidente da ARP, a Associação Rio grandense de Propaganda.

Pois bem: uma das plataformas do Chittolina é desenvolver, via ARP, projetos de educação. Pensando no crescimento e no fortalecimento do nosso mercado como um todo.

Para isso, a ARP procurou a instituição que, segundo eles, era a melhor opção em termos de inovação e criatividade do RS.

Sim, a Perestroika.

Então, a partir de Agosto, nós vamos desenvolver um projeto completo de educação. A partir de Agosto, a Perestroika passa a ser também uma fornecedora de tecnologia de educação para a ARP.

Nessa empreitada, contaremos com a ajuda do próprio Chittolina e também do Marco Valério (que é publicitário, mas não tem nada a ver com aquele cara do escândalo - por sinal, o Valério é uma grande figura.)

Mais uma vez, a gente gostaria de lembrar que o projeto NÃO É A PERESTROIKA. É um projeto PARA A ARP, desenvolvido pelas mesmas pessoas que criaram a Perestroika. Ponto.

A gente tem sempre bastante cuidado com isso. Sabemos que um dos maiores valores do nosso curso é a exclusividade. É o conteúdo que vocês têm acesso. E ninguém mais.

A gente não vai entregar os nossos segredinhos. As nossas Quebradas de Matrix, as nossas Cores do Lado, os nossos Jumentus e os nossos Títulos de Repetição Reflexiva.

Não se preocupem. A gente nunca vai deixar de ser uma Aldeia Gaulesa. Nunca.

Por outro lado, a gente acredita que é possível fazer - e fazer muito bem - esses programas. Dentro de outros formatos, com outros apelos. Coisas completamente distintas, que só terão uma coisa em comum: o nosso jeito de pensar.

***

O mais legal nisso tudo é saber que, com apenas 16 meses de vida, a Perestroika já se tornou uma referência em modelo de educação.

Isso realmente nos deixa envaidecidos.

E, sem dúvida, essa é uma conquista de todos nós. Porque a gente acredita que a Perestroika não é um grupinho de quatro pessoas. A Perestroika é uma galera, que pensa de um jeito parecido e que quer fazer coisas do caralho.

Então, a gente agradece ao pessoal da ARP, pela confiança. E agradece a vocês, alunos, por continuarem acreditando nesse nosso jeito Asterix de ser.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Million

Lembram da sugestão que rolou no Youtube, do Humanitarian Lion? Pelo visto a idéia não saiu do papel. Mas se tivesse saído, teríamos um forte candidato: o case Million, do sistema educacional da cidade de Nova York.

Para ver o case do Million, clique aqui.

Dica do ilustríssimo leitor do nosso blog, Marco Loco.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Não desperdice o tempo das pessoas com propaganda.

Por Fabiano Goldoni*

Todo mundo sabe que a propaganda está se transformando em algo bem diferente do que aquilo que os professores da faculdade nos ensinam. Estão surgindo novas formas de anunciar marcas e junto com isso uma nova nomenclatura para definir o que é a propaganda hoje em dia. Começamos a falar naturalmente sobre todos esses termos, como guerrilha, viral, ambush marketing, PR stunt, seeding, e até aproveitamos para rebatizar o bom e velho merchandising com o pomposo nome de product placement. E um dos assuntos mais falados hoje em dia é que a propaganda está se parecendo cada vez mais com conteúdo de entretenimento ou, em bom português, está se convertendo em advertainment.

Antes de entrar no assunto, paro para fazer duas aclarações: primeiro, os professores da faculdade não estão ensinando coisas inúteis. É preciso entender a propaganda desde as origens para poder transformá-la de forma lógica e consciente. Segundo, o fato da propaganda estar tomando a forma de conteúdo como entretenimento não significa que ela não tenha conteúdo em si. É preciso entender a diferença entre esses dois conteúdos. O conteúdo da propaganda tem a função básica de informar sobre o produto, já o conteúdo como forma de entretenimento, mesmo quando associado a uma marca, não se preocupa (teoricamente) em informar o público sobre um produto ou uma marca.

Vou tentar explicar isso com exemplos mais práticos: você criou um comercial de TV superdivertido, que grudou na cabeça de todo mundo e virou uma referência de como a propaganda pode fazer parte da vida das pessoas e se transformar num fenômeno social e cultural. Isso é entretenimento? Não. Isso é boa propaganda. Entretenimento é tudo o que as pessoas fazem por livre e espontânea vontade para ocupar seu tempo livre. Ou seja, assistir uma série de TV, ler um livro, ver um filme, jogar vídeo game, acessar um site, praticar um hobby, etc. Os únicos que preenchem seu tempo livre com propaganda somos nós, publicitários. As pessoas normais preferem coisas normais. Ocasionalmente, elas dão de cara com o nosso trabalho enquanto estão preenchendo seu tempo livre.

Por incrível que pareça, ou melhor, graças à criatividade dos profissionais de criação, a propaganda ainda dá resultado mesmo assim. O problema é que esse resultado vem diminuindo cada vez que surge uma nova revista ou um novo canal de TV. A culpa é do excesso de conteúdo disponível para preencher o tempo livre das pessoas. Tudo porque o tempo dedicado ao entretenimento não aumentou na mesma proporção em que se multiplicaram as mídias. E o pior é que a maioria dos anunciantes não tem como aumentar a sua verba publicitária o suficiente para cobrir todas essas novas mídias e opções de entretenimento. E, como as pessoas não consideram a propaganda como uma opção, ela é a primeira a ser ignorada. No fim das contas, isso acaba sendo uma batalha mais do que perdida para nós, publicitários.

A solução para isso é o velho ditado “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. Precisamos transformar a propaganda em algo que não represente uma interrupção da diversão para as pessoas, mas sim uma continuação ou uma nova opção para preencher o tempo ocioso. Para isso, precisamos mudar um pouco a nossa mentalidade na hora do brainstorm.

A primeira coisa é mudar de referência. Deixe os One Show e as Archives na prateleira. Procure livros e sites de arte. Principalmente, os que tratam de intervenções urbanas, arte interativa, vídeo arte e novas tecnologias na arte. Essas referências são o que existe de mais vanguardista em criação para preencher o tempo livre das pessoas. Depois, observe com um olhar mais técnico a programação da TV. Tente dissecar a estrutura narrativa de um episódio de uma série, de um documentário ou de um longa-metragem. A TV é a forma de entretenimento em que as pessoas mais investem seu precioso tempo entre o trabalho e o sono. Por último, preste atenção nas coisas bobas que as pessoas fazem para se divertir. Afinal, toda forma narrativa, como a literatura, o teatro e as novelas da Globo são representações fictícias da vida cotidiana.

Quando a gente se referencia na arte, é mais fácil imaginar que margaridas amarelas que formam um corpo num grande parque pode ser uma boa idéia para anunciar uma série, cuja única referência com margaridas está no título: Pushing Daisies.




Quando observamos com um olhar técnico a programação da TV, fica mais simples elaborar falsos documentários, como o Where Are The Joneses? criado para a Ford.



Com certeza, uma Archive ou One Show não servirá muito de inspiração para criar a história de uma mulher que descobre que seu pai era doador de esperma e resolve ir atrás dos seus 27 irmãos a bordo de um Ford. Talvez só quando essa ação for premiada numa dessas publicações. Mas aí já vai ser tarde demais pra você.

E o viral da Red Bull, onde o maior atleta de X-Games de todos os tempos salta de um avião sem pára-quedas? E o viral da Levis em que as pessoas saltam dentro das calças? Estou enganado ou isso parece um quadro de programas sensacionalistas tipo aquele quadro “Isto é Incrível” do SBT no domingo à tarde?



Por último, quando a gente observa as coisas idiotas que as pessoas fazem para se divertir, é óbvio que vamos saber como aproveitar as oportunidades que surgem a todo o momento. Se a Coca Cola não tivesse abraçado a campanha Menthos + Diet Coke como uma promoção, talvez hoje estaríamos falando sobre vídeo do Menthos + Diet Pepsi.

Como já deu para notar, os exemplos de advertainment se encontram muito mais em novas mídias do que nos meios tradicionais. Para produzir adverteinment na TV é preciso ter uma verba muito grande ou se associar com uma emissora. Um caso que eu pude acompanhar de perto foi o da série City Hunters produzido pela Unilever em conjunto com a FOX. Não existe nenhuma referência ao produto ou merchandising dentro da série. É apenas uma série animação com um tema voltado ao público masculino. O Joga TV da Nike e o The Contender da Everlast também são bons exemplos de como uma marca pode investir em conteúdo na TV.

Tá, mas o meu cliente não tem muita grana e quer anunciar na TV. E aí como eu faço para criar advertainment na TV com uma verbinha mixuruca? Espero as sugestões de vocês nos comentários e conversamos sobre isso no próximo texto.

***

*Fabiano Goldoni é criador dos canais Fox e FX, em Buenos Aires e um cara do caralho. Se tudo der certo, em breve vai ser mais um Czar da Perestroika. O texto acima não foi tirado de lugar nenhum. É uma contribuição exclusiva do Fabiano para o Blog da Perestroika. A segunda de várias. Veja a primeira.