Nesta última 4a feira participei de um debate do CJC, junto com o Leo Prestes e o Israel. Me identifiquei pra caralho com o Leo quando ele disse que tinha largado a redação porque ou ele acompanhava as mudanças do mundo da comunicação e ia trabalhar em uma agência digital, ou continuava fazendo o seu (belo) trabalho do dia-a-dia, mas que não estava conectado exatamente com o que teremos que fazer no futuro.
Foi exatamente isso que me levou pra Azaléia/Olympikus há 3 anos. Uma mudança radical pra alguns, mas que eu afirmo: fui atrás de um sentimento, de que lá do outro lado do balcão poderia criar mais. Como cliente eu poderia ter a minha disposição TODAS as ferramentas da comunicação e do marketing. Poderia experimentar tudo. Testar. Bastava continuar tendo idéias e contratar qualquer empresa que fosse me ajudar a fazer o puta trabalho acontecer. De sobra eu acabaria SEMPRE atualizado.
Vejo que acertei. Tanto que a maior experiência que tive de comunicação na Olympikus não foi um anúncio, um filme, nem uma estratégia viral: foi o patrocínio do Pan e o projeto de concepção dos uniformes que o Brasil usou no Rio de Janeiro e vai usar agora nas olimpíadas. Tanto que o Israel, que hoje faz games, já está concluindo o segundo puta projeto para a Olympikus, todos eles aprovados antes da Aquiris ser finalista em Cannes ou alguém falar que games na internet era o futuro/tendência ou qualquer porcaria dessas (por sinal, Israel, quem te indicou pra Cubo, agência da Axe?). Nunca teria participado disso tão diretamente através de uma agência. Ao mesmo tempo, a vida do outro lado do balcão também me ajuda a não cair em deslumbre pelos modismos ou novidades: o game da Aquiris é fantástico. Mas é o Fantástico da Rede Globo que vai levar o consumidor pro site para jogar. Acredite: um filme na Globo é UM FILME NA GLOBO.
Corta.
No meio disso tudo, a Perestroika nasceu. E cresceu. Primeiro como escola de criação. Depois, quando vimos, éramos mais do que isso: uma escola que tinha forma criativa nas aulas. Não queríamos mais formar e ensinar com muito tesão apenas redatores e diretores de arte. A idéia por trás, que só descobrimos depois, era de usar as idéias e formatos criativos para ensinar. Tudo. Era isso que estava latente. Nossas aulas de criação 1 e 2 eram apenas a ponta do iceberg.
Lançamos, então, há 6 meses, o curso de Gestão de Contas. Turma lotada em 3 dias. Nós dando aula? Não. E foi assim que desenvolvemos um modelo de negócio realmente inovador. Abrindo a empresa para todos que viessem a agregar. Essa idéia deu certo? Você responde. O fato é que com pouco mais de um ano, a Perestroika já é outra, e em agosto estão aí 4 novos cursos: Internet, Design, Consumidor e Som. Mais um projeto com a PUC. Mais um projeto com a ARP. Sem falar no Photoshop, que já está na segunda turma. Tudo com pessoas que só nos encantam: o Marcelo Quinan, da Ag2; a Carol D'Avila, da Bendito; a Carla, Dudu, Rony, etc, da Box, o Edu Santos, da Ipanema e Loop; e o Greg, da DCS.
Será que o Felipe e o Tiago, saindo das agências, estão "saindo do mercado"? Ou será que a Perestroika não pode ser "o novo mercado"? Será que uma agência de propaganda vai ser do jeito que é hoje em 10/15 anos? Porque faz exatamente 58 anos que ela é assim e garanto: os meios de comunicação mudaram neste período. Alguém duvida?
Outra coisa: mesmo que os dois viessem "só" a ensinar: é no Brasil que isso significa ficar desatualizado. Nos Estados Unidos, por exemplo, os cabeções TODOS estão desenvolvendo trabalhos inovadores nas universidades. É lá que surgem as inovações. É lá o local de experimentação. Ou a MIT tem a fama que tem por nada? Ou Harvard é mesmo careta e as pessoas só estudam lá por causa do diploma e os professores são uns bostas?
Nós estamos vibrando com as novidades. Se fizemos tudo isso em reuniões das 19h às 3h da manhã, imagina agora? Enfim, estou orgulhoso e feliz que tenho dois amigos-sócios que agora vão se dedicar a pensar diferente e cuidar exclusivamente deste projeto que gostamos tanto. Que vão correr atrás das novidades. Do que está surgindo, do que é fresco. Novo. Que vão fazer acontecer muitas idéias que ainda estão no papel pela falta do desgraçado tempo. As oportunidades estão aí. E nós vamos correr para aproveitar.
Aos alunos, tenham certeza: se mudar alguma coisa, é para melhor. Aos amigos, que apoiam e torcem: sim, está dando certo, obrigado pela força de sempre. Aos curiosos metidos, palpiteiros de plantão, eu digo: aguardem.
No fim, acho que era só isso mesmo que eu queria dizer.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
14 comentários:
Tu é bom, velho. Tu é bom.
tg
Hahaha. Então tá.
Vou contar uma história aqui nos comments da Perestroika sobre o Márcio. Merecia um Post na minha opinião, mas vamos por aqui mesmo que a audiência também é grande!
Eu trabalhava na DCS, era estagiário. O Márcio, havia poucos meses, tinha migrado pra Criação. A DCS debutava. A festa de 15 anos foi no Country. Houve um amigo secreto da agência inteira.
Coincidência (ou não): quem eu tirei no amigo secreto? Márcio Callage.
Não lembro o presente que dei. Tinha valor mínimo e máximo e essas coisas... O fato é que eu lembro o que escrevi no cartão que foi junto com o presente. Entre outras mensagens positivas, dizia algo assim:
Márcio. Um grande sobrenome tu já tem. Continua lutando pra ter também um grande nome.
Missão cumprida, hein! Ou melhor, em pleno cumprimento, a julgar pelo post anterior, por este, pelo evento de ontem, entre outras demonstrações!
Valeu, rapaz. Tu não deve te lembrar disso, mas eu sim. É como eu sempre digo: os mocinhos têm que vencer no final.
Ah, a saber: uma das políticas empresariais da marca mais valiosa do mundo, o Google, é o de ser uma puta empresa mas sem perder o caráter universitário. Por universitário entenda-se o de experimentação, aprendizado e troca. Ou seja, de escola. Tudo muito parecido (porém revisitado) com os tempos de sala de aula e de duelos intelectuais entre o Brin e o Page. E é a empresa que é...
Mais uma vez boa sorte, Perestroika, no novo momento.
Tudo isso (pessoas mudando de ares e dividindo o que aprenderam no CJC, empresas novas e criativas surgindo na raça, a Perestroika crescendo sem parar e ajudando a gurizada a começar sem aquele pensamento padrão Archive de outrora) é a melhor coisa que eu vi acontecer no mercado desde que comecei, lá por 97.
Tenho certeza que a coisa não vai parar por aí.
abração!
Israel, amigo, lembro sim, claro :)
Leo: é uma honra que estejas no time!
Vocês são todos fudidos. Parabéns. Estou acompanhado cada novidade.
Aí, Marco. A gente tá só esquentando a cadeira pra quando tu voltar. Heheh.
Tá. Me convenceu! ;)
Aliás, quem me deu a notícia do Felipe e Tiago assumindo integralmente a Perê foi meu pai, que acompanha esse Blog mais do que eu! =P
Fiz Perestroika e minha criatividade passou dos limites.
Postar um comentário