Uma das coisas mais legais da Perestroika é a relação que a gente tem com os alunos. Sem dúvida, é uma proximidade muito diferente do normal. Pelo menos, muito diferente de tudo o que eu vivenciei como aluno. Seja no colégio, na universidade, quando fiz intercâmbio ou até na Miami Ad School.
A gente curte pra caralho isso, se sente feliz por ser importante para os alunos e pelos vários papéis que a gente acaba assumindo nessa relação.
Por um lado, nós somos professores - ou facilitadores, como preferimos chamar. A gente procura explicar a técnica, o processo, os atalhos, as dicas, mostrando o que a gente acha que funciona e o que normalmente não funciona.
De outro, a gente serve como provocadores. Para provocar a curiosidade, sugerir novas soluções, fomentar o pensamento lateral e a busca de respostas para perguntas que ainda não existem.
Mas vários alunos nos procuram para pedir conselhos sobre a profissão e a vida. Meio naquela pilha Sr. Miyagi.
O que eu faço, isso ou aquilo?
O que é melhor, este ou aquele outro?
Para onde eu vou, para cá ou para lá?
A famosa PERGUNTA DE UM MILHÃO DE DÓLARES.
Na teoria, a vida é muito simples. A gente só precisa saber duas coisas.
1) O que a gente quer.
2) O que a gente vai fazer para conseguir aquilo que se quer.
Um tanto óbvio, não?
Óbvio o caralho. Na prática, a gente sabe que não é bem assim.
Às vezes, a gente já está contratado, mas pinta uma proposta de estágio num lugar muito legal. E fica dias e dias se remoendo para saber o que fazer.
Em outras, bate aquele desespero. Pedalo a faculdade para apostar no trabalho ou invisto no curso e vejo o que acontece depois?
Tem horas que a gente se vê numa encruzilhada. Não sabe se se dedica à vida pessoal ou à vida profissional. Especialmente quando se tem vários amigos que fazem Direito ou Adminitração e sabem do trabalho às 17h30.
Porra, é isso mesmo que eu quero fazer nos próximos 30 anos?
Vou para São Paulo ou fico aqui em Porto Alegre?
Será que eu sou criativo mesmo ou sou uma farsa?
Em meio a tudo isso, há uma boa e uma má notícia.
A má notícia é que, desde que a Humanidade é Humanidade, essa é a pergunta mais difícil que existe. Porque só você tem a resposta.
A boa é que, como o próprio nome sugere, essa é uma pergunta de 1 milhão de dólares. Se você responder, e responder certo, nada mais segura você. O 1 milhão de dólares - seja em dinheiro, seja em outro tipo de recompensa - é inevitável. Você pode largar o psiquiatra e viver a vida numa boa.
O grande problema é que, diferente do Show do Milhão, essa pergunta não dá pra pular. A gente infelizmente (ou felizmente) tem que enfrentar isso de frente. Porque só assim a gente sabe o que é melhor: isso ou aquilo, ir pra lá ou pra cá.
Então, valendo 1 milhão de dólares: qual é a sua resposta?
terça-feira, 22 de abril de 2008
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13 comentários:
eu gostaria da ajuda dos universitarios...
"siga seu coração..."
ou
"ouça a voz interior..."
42
fazer minha esposa ganhar mais, bem mais, para que eu possa ser assistente de arte. Estamos quase lá!
Abraços
epa!
melhores conselhos.
Cara, tu escreveu isso bem no dia em que eu estou numa encruzilhada.
Hum.
Hummm.
Como contei na nossa aula inaugural da 3ª turma:
Larguei um bom emprego de um bom salário, pra fazer o que eu (acho q) gosto e o que eu (acho q) sei fazer melhor, e por um salário filhadaputamente menor.
Pedalei a faculdade e me formarei só no fim do ano pra tentar ser bom de verdade, aprendendo com vocês.
Quem sabe, até o fim do ano, eu esteja numa agência ducaráleo e ganhando qualquer merreca q me sustente!
Foi uma choradeira até tomar todas essas decisões, mas já apertei o botão de "confirma".
Ganharei meu milhão?
Aguardo as cenas dos próximos capítulos!
Abração!
Ainda bem que diz alí q é a pergunta mais difícil que existe.
Ainda bem que podemos contar com Sr. Miyagis na nossa vida.
:)
O que vc quer fazer nos próximos 30 anos, HOJE. Esse é o achado para a tranquildade.
M.
O que vc quer fazer nos próximos 30 anos, HOJE. Esse é o achado para a tranquildade.
M.
Bah, Sr. Myagi.
eu aindo tô encerando o carro só com a mão direita... falta chão...
cheque..
...vou pra são paulo.
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