Blog da Perestroika

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Quando nada é tudo o que se tem a dizer.

Uma das coisas mais óbvias - e muitas vezes ignorada por nós publicitários - é que um bom produto, por si só, já é uma marca.

Certamente daí que saiu a máxima a melhor propaganda que existe é o boca-a-boca.

Na verdade, a melhor propaganda existe é fazer um bom produto. Se ele for verdadeiramente bom, naturalmente vai gerar o boca-a-boca espontâneo.

Foi a partir desse pensamento que surgiu um tipo de propaganda aparentemente comum, mas extremamente eficiente. A chamada propaganda demonstrativa. Que simplesmente mostra o produto em ação - e isso já nos convence a comprá-lo.


Um clássico.


Um clássico moderno.

Mas existem empresas que levam isso ainda mais a fundo, e nem se preocupam muito em anunciar na mídia tradicional. Investem essa grana, por exemplo, no ponto-de-venda. Para que o cliente se sinta à vontade e tenha uma experiência inesquecível. Investem em serviço: um funcionário bem pago trabalha mais e melhor do que um que ganha salário mínimo.

Acho que, dentro de umas, a Perestroika trabalha um pouco em cima dessa filosofia. Pode parecer contraditório, mas a gente quase não anuncia na mídia tradicional. A gente cacifa no nosso produto. Se as nossas aulas forem boas, elas naturalmente vão virar assunto nos corredos das universidades. Vira pauta de programas que falam de propaganda. E aí, mission accomplished.

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(ATUALIZADO ÀS 15H57)
Falando nisso: essa semana, demos uma entrevista para a TVCom. Ao que tudo indica, a reportagem vai ao ar na próxima sexta, dia 7/3, às 22h. Inclusive enviamos vários trabalhos das turmas 1 e 2 para Lu Adams. Não existe garantia nenhuma, mas é possível que um ou outro apareça durante a reportagem.

Então, já fiquem espertos. Sexta que vem, nada de happy hour, nada de BBB. Todo mundo ligado no 36.

Um banquinho e uma estagiária

Essa não é necessariamente o segundo passo para construir uma sede. Mas no nosso caso, foi.

Se você vai receber alunos na sua nova sede, que ainda não está pronta - pelo contrário, as obras estão apenas começando - ou pela simples possibilidade de ter que receber fornecedores para fazer orçamentos e/ou acompanhar a obra, é fundamental que exista lá uma cadeira.

A Majda - funcionária número 1 da Perestroika - sofreu em silêncio ao longo de duas semanas, sentando-se no chão, escorando-se nas paredes e inventando novas formas de se acomodar. Mas os problemas acabaram. Agora, Majda senta-se e reina sozinha na nova sede da Perestroika.


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Para acompanhar todas as dicas da Cartilha da Obra, clique no tag "Obra" no menu ali na direita. Ou aqui embaixo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

CARTILHA DA OBRA - PARTE 1

Um dos conceitos exaustivamente discutidos e estimulados na Perestroika é o EMPREENDEDORISMO CRIATIVO. Isso significa, entre outras coisas, que nossos alunos no futuro utilizem a sua criatividade não só na propaganda, mas para tirar velhos projetos empoeirados da gaveta e colocar em prática. O famoso "Foi lá e fez".

Se isso der certo, em pouco tempo, teremos muitos Camaradas Perestroika alugando e montando as suas próprias sedes.

Como uma das propostas da Perestroika é sempre instrumentalizar a nossa comunidade de alunos, aqui vão algumas dicas do que estamos aprendendo com a montagem e instalação da nossa nova sede. Guardem essas dicas. Serão valiosas no futuro.

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A primeira coisa que você precisar instalar na sua nova sede é luz. Marceneiro, gesseiro, o cara da fiação, todos eles vão precisar de luz para trabalhar. Até porque obra sempre tem que ser de noite.

Para instalar a luz, você vai precisar ligar para a CEEE.

Mas antes de instalar a luz, vem a primeira surpresa, é preciso ter o disjuntor.
Então, já previna-se, primeiro o disjuntor, depois a CEEE.


Para compra e instalação do disjuntor, fale com o Mauro. Fone:84244659.
Para ativar a CEEE, ligue 08007212333.


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Para acompanhar todas as dicas da Cartilha da Obra, clique no tag "Obra" no menu ali na direita. Ou aqui embaixo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

The Big Old Idea

Big Idea é a palavra da moda da propaganda.

Agora, não basta mais se ter uma simples IDEA. Ela precisa ser BIG.

Sempre vi com certo receio essa terminologia. Não porque eu seja contra Big Ideas. Mas só porque, ao meu ver, essa não é exatamente uma novidade.

Desde que eu entrei na propaganda, cansei de ouvir idéias que foram maiores do que um simples anúncio. Lembro perfeitamente das tirinhas de Bib's, criadas de forma maravilhosa pela Escala. Eu era recém um projeto de projeto de publicitário. E já me divertia com as tirinhas no Segundo Caderno da Zero Hora. Um espaço até então marginalizado: entre os quadrinhos e a agenda de filmes em cartaz. Não poderia ser mais adequado. Ótimo tanto como idéia de mídia quanto de criação.





OK, mas aí você pode dizer que isso não é BIG IDEA. É apenas ADVERTAINMENT.

Bom, então vamos lembrar dos comerciais antológicos de Rider. Aqueles clipes grandiosos, que iam muito além dos 30". Sempre com um hit na trilha sonora. Paralamas, Lulu Santos, Barão Vermelho, ih. Teve de tudo. Teve tanta música bacana que até virou um CD da própria Rider.

E isso, é Big Idea?



Ah, mas de certo você deve estar pensando: "ora, um simples CD não chega a ser uma Big Idea. É só uma variante primitiva da atual CROSSMEDIA".

Tá bom, tá bom. Mas que tal esses caras aqui?



Tenho certeza que você lembra das pessoas se acotovelando nos supermercados em busca dos mamíferos de pelúcia. A sua irmãzinha queria um. A sua namorada queria um. A sua mãe queria um. Uma campanha que virou produto, e um produto que virou dinheiro extra para a Parmalat. Isso tudo aconteceu em 1997, quando o termo "Big Idea" nem tinha chegado no Brasil.

Então, essa campanha é ou não é?

E o que falar de uma votação popular para escolher o novo Casal Unibanco, o primeiro comercial interativo da história?

E o gesto universal de "número 1" da Brahma? Tão forte que foi repetido pelos jogadores (alguns por querer, outros sem querer) na final da Copa de 94?



Eu sei que a propaganda mudou. Só tomo cuidado para não ser levado pela onda sem, pelo menos, fazer o saudável exercício da reflexão. Sempre vai ter algum marketeiro querendo embalar o velho de um jeito novo, para colocar num powerpoint e ganhar dinheiro em cima disso.

Mas não há como negar: a propaganda atual está produzindo inúmeras Big Ideas. Talvez o próprio termo Big Idea seja uma delas.

Afinal, o que é o Ironman Perestroika?

Pista número 1:

Revisa Veja de 09/01/08. Sessão Saúde.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

The Most Amazing Videos

No último dia de aula do semestre passado, eu dei um tema: criar um vídeo para o Blog. Lembram disso?

Eu, pelo menos, não esqueci.

Exatamente por ser o último dia de aula, a apresentação dos trabalhos destaque ficou prejudicada. Então, resolvi resgatar os que eu mais curti e postar aqui no Blog.


De Guilherme Grossi.
Adoro este vídeo. 1) Ele é todo analógico. 2) Ele brinca e se diverte com essa estrutura analógica. 3) Ele coloca de forma muito bacana várias mandamentos do curso.



De Marcelo Jung.
Ótima execução. Enquadramento interessantíssimo e áudio muito bem acabado.



De Ana Rovati.
Poesia pura em cima de um dos maiores ícones da Perestroika.



De Maurício Antunes.
Tudo sempre pode ser feito de várias maneiras diferentes.



De Amaralina Xavier.
Uma ingenuidade típica da Amaralina com homenagens a nós quatro.



De Gabriela Oliveira.
Mexendo em alguns detalhes, essa idéia poderia virar um comercial oficial da Perestroika.



De Gustavo Panichi.
Produção impecável. E ainda usa um bonitão como protagonista. Daí é golpe baixo.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Propaganda enganosa ao contrário.

Boa parte dass mulheres mente a idade. É propaganda enganosa, mas já virou uma convenção social aceitável.

Agora, o que eu nunca consegui entender é: por que elas mentem PARA BAIXO, e não PARA CIMA? Isso só detona o produto. É como se elas usassem a propaganda ao contrário.

Ex: Uma sessentona, com corpinho de 55, diz que tem 40 anos. O cara pensa: "ela parece quinze anos mais velha. Está acabada."

Ex2: Uma sessentona, com corpinho de 55, diz que tem 70. O cara pensa: "ela parece quinze anos mais nova. Está inteiraça."



Faz sentido? Ou eu tô louco?

Viva a mosca.

Eu estava há duas semanas na agência. Era meu primeiro trabalho grande na DCS. E se pensarmos que eu nunca tinha me envolvido com uma verba desse tamanho, até dá pra dizer que era o primeiro trabalho grande da minha carreira.

Sabia que tínhamos que chegar numa idéia poderosa, atemporal, capaz de fazer diferença na história da marca.

Era um trabalho grande, mas tinha que terminar como um grande trabalho.

Foi então que, depois de vários brains, surgiu a mosca. Desde o primeiro momento, sempre acreditei muito na idéia. Era um roteiro que tinha tudo para render um bom filme. Ação, humor, esporte, suspense, uso inusitado de personalidade, desempenho. Estava tudo ali e tudo funcionando muito bem.

Claro, eu também tinha noção de que não era o maior comercial da história da propaganda. Mas era o maior comercial da minha história. E isso já era muito.



Desde que foi aprovado pelo cliente, eu já pensava na campanha do ano seguinte. Já pensava na Mosca II. Eu realmente acreditava que a personagem era carismática o suficiente para merecer uma seqüência.

Depois de muita discussão - e de mais de mil sinopses de roteiros - a mosca sobreviveu. Meio aos trancos e barrancos, com histórias curiosas que poucos conhecem.

Por exemplo: no Mosca II, a primeira decisão foi inverter o papel do protagonista. Ele passaria de perseguidor a perseguido. Mas como a mosca não era um bicho muito amedrontador, a substituímos por uma abelha.

O curioso é que, até o último momento, até horas antes da apresentação, o filme não tinha mosca. Não tinha mosca! Mas como acreditávamos no personagem, conseguimos encontrar uma solução para encaixá-la no final do roteiro, de forma que tudo ficasse amarradinho. Hoje, olhando o comercial, parece que foi criado do fim para o início. Mas foi exatamente o contrário.



Então, pela terceiro ano seguido, de novo aos trancos e barrancos, conseguimos emplacar a mosca mais uma vez.

Fico muito feliz de ver a saga com um terceiro episódio. Me sinto ajudando a construir (junto com todas as pessoas que participam desse processo: Rafa, Márcio e todos os outros co-criadores) um momento importante da marca. Me sinto um publicitário de verdade. Que faz propaganda de verdade, para uma empresa de verdade e com resultados de verdade.



Propaganda é soma. Se nós conseguimos agregar coisas boas com a mosca, por que jogar tudo no lixo e tentar outra vez, com outro apelo, com outra abordagem? Que pode, inclusive, não dar certo? Quantas campanhas famosas são feitas assim, com continuidade? Comerciais que foram sucesso e que, por isso, tiveram seqüências para aproveitar o recall positivo?

Sempre ouvi que "a Guiness construiu uma marca porque diz a mesma coisa há décadas. O The Economist construiu uma marca porque diz a mesma coisa há décadas". Aí, na hora que nós temos de dar continuidade, não seguimos a receita que tanto idolatramos.

Felizmente, conseguimos escapar dos inseticidas e dos mata-moscas. Ela está aí, para continuar incomodando o nosso protagonista. E, se der tudo certo, para continuar incomodando a concorrência.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A propaganda do futuro já existe.

Vejam que ANIMAL a estratégia da Volks para o lançamento do novo Fox. Dica bárbara da Bárbara Bastos, nossa ex-eterna-aluna.

Entretenimento, relacionamento, conceito, tudo.

E o que isso tem a ver com o post de ontem?

É que numa vida tão corrida, pra mim, o grande, gigante, desafio das marcas é fazer o consumidor entregar um pouco do tempo dele para os produtos e serviços que trabalhamos.

A Volks conseguiu. E alguém teve essa idéia.

Você já pensou fora da bolha hoje?

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Para o lançamento do novo Fox, a Volkswagen convidou vinte e um artistas da área do design gráfico, urbano e ilustração, para transformarem, criarem o Hotel Fox, no centro de Copenhagen, no maior hotel criativo e com um novo jeito de viver do mundo.

São 61 quartos e cada um tem um tema, uma individualidade do artista.
Os quartos vão do funny, mangás até detalhes mais rebuscados.Lá a gente pode encontrar flores, contos de fada, monstros amigáveis e muito mais.

http://www.hotelfox.dk/




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O grande inimigo da inovação

Se tem coisa que qualquer neguinho que queira trabalhar com atividade pensante, criativa e inovadora precisa é tempo.

É fundamental ter tempo pra se envolver em todo o negócio da propaganda (no caso do mercado publicitário, óbvio), ler os jornais e revistas do setor, conferir o post do blog da Perestroika, acessar o BlueBus ou Brainstorm 9, passar o olho numa Archive, devorar um anuário, conferir a última campanha da Levis no YouTube, ver o DVDs da Shots com as apostas de Leão para Cannes.

Precisamos, sim, ter tempo para isso. Ok.
Deveria entrar na pauta de trabalho, inclusive.

Só que a página inicial do Safari (tá bom, Felipe, Firefox) de qualquer cara que pretenda fazer alguma coisa original na vida deveria dizer: tempo livre, tempo livre, tempo livre, tempo livre, nunca esqueça, tempo livre.

E este post é sobre isso.

Precisamos ter tempo pra passear com o cachorro. Pra ir no cinema ou passar a noite beijando. Pra almoçar na casa da vó no final de semana e rir o tio bêbado caindo na piscina. Ouvir muita música, ir a um museu ou exposição de fotos. Praticar uma luta ou esporte.

Precisamos ter tempo pra tomar um chimarrão na praça, pra jogar bola e para o churrasco semanal com os amigos que só falam de mulher e cerveja. Tudo isso é produtivo pra caramba, não se engane. Nem se culpe por isso.

É ótimo passar uma noite toda num bar e descobrir o sol nascendo, ir pra praia na quinta-feira, do nada, enquanto todo mundo está se quebrando na cidade. Como é bom quando nos pegamos conversando com o guarda da esquina ou com o gordo do ônibus como se não tivessemos mais nada pra fazer. Papo com taxista é rico e pensar que imagem uma nuvem está formando no céu também é um passatempo digno de quem não tem compromisso com mais ninguém que não consigo mesmo.

Dedique tempo a isso.

Pois são essas coisas que um dia virarão idéia. Está tudo na sua vida, na forma como você enxerga e processa isso. Quanto mais rico você for, mais valioso, exclusivo e único será o que sai de dentro de você.

Sem falar que fazemos propaganda para todos os tipos de pessoa e não apenas publicitários. Isso quer dizer o taxista, a sua vô, o guarda e até o seu tio. Sim, aquele bebum, ao menos cerveja garanto que consome.

Então além de estar abrindo a cabeça para novos insights, você também está estudando o brasileiro.

Sim, porque só quem cresceu e se deu bem mesmo com a correria dos executivos das empresas e publicitários e essa “vida para o trabalho” foram as empresas de pesquisas. Porque agora precisamos deles para nos trazer informações da rua, insights e referências.

Então, gurizada do barulho, uma coisa é bombar trabalhando, se mostrar sempre a disposição pra ajudar, entender que existem fases e fases, se esforçar de verdade e tal, e outra, bem diferente, é achar esse é o caminho pra ser punk. Isso faz parte, mas cuidado: você está empobrecendo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

SOCO NO QUEIXO.

"Apenas 25% da população brasileira entre 15 e 64 consegue ler e escrever plenamente. Os outros 75% apresentam muita dificuldade ou nenhuma habilidade na leitura e na escrita. É o que atesta a terceira pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) no Brasil sobre analfabetismo funcional e absoluto.

Entre os dois mil entrevistados, 68% são analfabetos funcionais, isto é, apresentam dificuldade em interpretar textos e não têm muita habilidade na escrita.

Uma pequena melhora foi notada entre o grupo do nível dois de alfabetismo, formado por pessoas capazes de ler textos curtos e localizar algumas informações. O aumento de 34% para 38% reflete uma melhora no ensino fundamental no Brasil. A prova aplicada pelo Instituto nos pesquisados tinha 20 perguntas sobre família, estudo e hábitos de leitura e escrita.

Os outros níveis de ensino da leitura e escrita abordados pelo Ibope mantiveram os índices da última pesquisa, realizada em 2001 pelo Instituto. O nível rudimentar, em que a pessoa consegue ler títulos e frases isoladas, manteve os 30%. Já o nível pleno continua com os mesmos 26%."


Essa reportagem foi publicada em setembro de 2005. Foi capa da Zero Hora. Além de sublinhar uma realidade triste da nossa sociedade, reforçou a posição dos que acreditam que ninguém lê título. De que ninguém lê texto publicitário. E de que os poucos que lêem não entendem.

Ora, não vamos nos deixar iludir. É óbvio que a minoria absoluta das pessoas perde tempo lendo propaganda. Mas quem lê espera ler um título bom. Espera ler um texto que o faça mudar de opinião sobre o produto. Espera ouvir um diálogo bem escrito, que soe natural.

A maioria das pessoas está com a guarda alta, sim. Mas o texto eficiente desarma. E aí, nós temos uma chance, uma única e valiosíssima chance, para acertar o neguinho no queixo. Nessa hora, não dá pra pegar de raspão. Não dá para ser um titulinho qualquer. Tem que ser foda. Tem que botar o cara na lona.

Essa pequisa pode induzir a um segundo pensamento equivocado. Porque assim como a maioria da população não interpreta bem os textos, essa mesma maioria não lê determinados veículos. Portanto, o erro não é do redator que faz um título inteligente para a Carta Capital. É do cara que complica a vida da tiazinha que lê Ana Maria.

Então, fica a dica. Sempre dá simplificar com dignidade. É aceitável - e coerente - que, num veículo popular, a idéia seja menos criativa. Mas nunca menas criativa.

P.S.: Este post não tem imagens por motivos óbvios.
P.S. 2: Se você não entendeu os motivos óbvios, dirija-se ao grande grupo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Gestão de Contas - o curso de atendimento da Perestroika

O ano de 2008 é realmente histórico para nós, da Perestroika.

Começou com o lançamento do Criação II. Um curso que nasceu da vontade dos alunos. E que, exatamente por isso, foi pensado nos mínimos detalhes. Nós não queríamos simplesmente subir um degrau. Queríamos pular uma escada inteira.

Em seguida, foi anunciada a nova sede da Perestroika no prédio Furriel 250. Um lugar aberto para toda a Comunidade Perestroika. E com a cara da Comunidade Perestroika: informal, com personalidade, misturando forma com conteúdo.

Mas a grande novidade desse início de ano é o Gestão de Contas: um curso especialmente feito para quem trabalha na área de atendimento.

O Gestão de Contas tem tudo o que os alunos da Perestroika já estão acostumados. Aulas com muito conteúdo, com muita forma e com professores que estão na linha de frente do mercado. São eles:

Fernanda Tegoni, Diretora de Atendimento da Paim.
Laura Kroeff, Gerente de Planejamento da Box, de São Paulo.
E João Batista Cabral de Melo, Gestor de Marcas da Grendene.

Além disso, no Gestão de Contas os melhores alunos do curso também são indicados para as grandes agências do RS. Igualzinho ao sistema do Criação I.

As inscrições abrem hoje. E começa com a confirmação de que também vai ser um sucesso: já começa com mais de um terço das vagas preenchidas durante o pré-lançamento.

Quem quiser saber mais é só visitar o nosso site (agora atualizado): www.cursoperestroika.com.br. E qualquer dúvida, basta escrever para a Fernanda Tegoni: fernanda@cursoperestroika.com.br.

Se você já faz parte da Comunidade Perestroika, e preferir um contato com um de nós quatro, não tem problema. A gente está crescendo, mas nem por isso quer perder essa proximidade com vocês. É só escrever ou ligar pra gente.

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Mas mais do que anunciar o curso, esse post tem dois objetivos.

O primeiro é dar as boas vindas aos nossos três novos colegas - Fernanda, Laura e João - e, principalmente, a todos os novos alunos do Gestão de Contas.

E o segundo é dividir esse momento especial com todos vocês, da Comunidade Perestroika. Essa é mais uma conquista nossa.

Realmente, não dá pra esconder a nossa empolgação. Estamos muito felizes com tudo isso.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A Perestroika mudou minha vida.

Não é de hoje que eu me declaro à Perestroika. Mas não se preocupem que desta vez não vou encher a cara e mostrar minha barriga peluda (até porque encher a cara eu já fiz ontem e porque minha barriga aumentou desde o ano passado).

Sou um cara que não fechou nem um ano de mercado ainda - completo um ano de vida agora no finalzinho de fevereiro. Tou recém aprendendo a andar. E, como muitos de vocês, aprendi meus primeiros passos lá no Madison.

Mas tem aquela hora que a cria tem que andar sem a mão do pai. É aquele momento em que o cara tem que se virar com o que conseguiu aprender. Te vira, guri.

Foi assim no último projeto que entrei. Um job pesado que fez eu mudar de cidade, ficar longe da namorada e dos meus colegas de criação (isso é muito foda).

Virei noite e virei o manifesto do avesso: a merda de ter que encarar a folha em branco; a frustração de saber que o mais ou menos é menos; cair na real de que qualidade só vem com quantidade; comprovar que trabalhar com criação pode ser um saco. Ah, e comprar um Mac também.

Sem contar nos momentos de provação: "sou uma fraude, vão me descobrir" ou ainda de ir dormir e pensar "puta, esse trabalho não é pra mim".

E não era mesmo: foi um trabalho de equipe. Imersão total, daquelas em que o cara perde a noção de tempo (e também a inteligência emocional). Foram vários "tínhamos" até chegar no "temos".

Mas e daí? O temos só é temos depois de ir à prova. Então, ontem, pela primeira vez na vida, fui numa reunião com o cliente.

Porra, pensei, se eu já não falo em reunião na Live, imagina se vou falar nessa com o cliente."

Fui e foi como eu pensava. Acompanhei tudo que nem cachorro que quer agradar o dono, mas que tem medo de apanhar. Com aquela sensação que a gente tem na primeira aula da Perestroika: não conheço esses caras, sei que eles são foda e certo que eu vou falar merda.

E acabei não falei nada mesmo. Até porque, apesar de dar pro gasto, meu inglês anda meio enferrujado. Sim: em menos de um ano de mercado, tive uma reunião totalmente em inglês com um cara daquela marca que o Márcio odeia. Uma reunião com a Nike, onde a proposta criativa, além de um sorriso, ganhou um "that's exactly what i wanted".

Precisa mais? Porra, guri quase chora com isso.

Depois disso, foi só baixar o espírito do Yeltsin e continuar seguindo o manifesto: beber várias, até porque, como vocês devem ter aprendido, a quantidade faz a diferença.

Obrigado, czares.

Vinicius Facco
Criativo Live

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O post acima é, na verdade um e-mail que eu recebi do Facco ontem à noite, após uma apresentação para um cliente da Live, onde o Facco e eu trabalhamos. Uma apresentação para a Nike.

Para o Gerente de Comunicação de Marca da Nike no Brasil

O Facco foi aluno da primeira turma da Perestroika. Se formou em julho de 2007.
Teve grande destaque na turma. Foi um dos indicados e, de lambuja, ganhou o Prêmio Boris Yeltsin, com um trabalho destaque. Entrevistei o Facco e trouxe ele para a Live.

Ontem, me senti muito emocionado de duas maneiras, pela Live e pela Perestroika, por ter recebido este e-mail. Dividi com o Tiago, o Rafa e o Márcio, e a emoção deles foi a mesma.

A gente discutiu muito para saber se a gente pedia pro Facco transformar o e-mail em post. Mas uma das coisas que sempre quisemos na Perestroika, e expressamos isso aos alunos continuamente durante as aulas, é que a gente quer que a Perestroika represente uma mudança na vida dos nossos alunos. Que as pessoas sintam que sairam diferente do que entraram. E esse texto do Facco é um retorno real de que conseguimos fazer isso.

Então, decidimos postar.

Sem arrogância. Sem querer ser vendedor. Sem pensamentos comerciais. Sem "se achismos".

Postamos porque acreditamos que a verdadeira propaganda, a comunicação que funciona, como dizemos em aula, é feita com muita verdade e muita paixão.

E verdade e paixão, como você vêem, não falta na Perestroika.


Vinicius Facco não cursará Criação II. Ele está morando em SP.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

PORQUE SIM!

Por que anúncio de varejo tem que ser sempre poluído?

Por que alguém ainda usa "No nosso aniversário, quem leva o presente é você"?

Por que o gerente enlouquece?

Por que tem tanto anúncio com uma barra embaixo para colocar todas as informações?

Por que propaganda de cerveja sempre tem mulher gostosa?

Por que os comerciais da Wella são sempre com umas modelos internacionais e uma dubladora em cima?

Por que os comerciais do Sorriso é sempre um monte de gente numa piscina?

Por que não se deve começar um título com uma negativa?

Por que tem tanto conceito em dois tempos no gerúndio (Fazendo amigos. Produzindo mudanças)?

Por que os descendentes de italianos sempre batizam os seus negócios com ARE?

Por que os grandes lançamentos sempre acontecem no intervalo do Fantástico?

Por que a assinatura das agências sempre vai no ladinho do anúncio?

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Pense bem. Quando você vai num restaurante, sempre pede o mesmo prato? Se chama uma pizza, pede sempre calabresa? Se você respondeu sim, talvez você também esteja ajudando a perpetuar a espécie de propaganda que é sempre igual.


O vídeo abaixo foi enviado por Keka Morelle, diretora de arte da F/Nazca, especialmente como referência para a Comunidade Perestroika. E inspirou esse post. Valeu, Keka!

PERGUNTA CABELUDA DO DIA

Barba se lava com sabonete ou shampoo?

Por favor, justifique a sua resposta.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

IRONMAN PERESTROIKA

Uma das grandes surpresas da turma Criação II da Perestroika é o IronMan.


Trata-se de uma aula que representará 9 horas do curso. Porém na prática, será muito mais. Na verdade, a aula começa às 15:30 do dia 05 de julho e só termina às 18:30 do dia 06.

Ou seja, todo mundo tem que reservar o final de semana inteiro para essa atividade.


Tem um monte de gente perguntando o que será. As especulações são muitas: 24 horas de corrida ao redor do Parque da Redenção? Uma maratona de títulos para uma grande rede de varejo que veicula na segunda? Faxina coletiva na casa dos professores?


Não podemos dizer nada por enquanto. Só que será inesquecível para os alunos que participarem do Criação II.

Qual é a sua aposta?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

DOTADA DE MODERNAS INSTALAÇÕES

Foi dada a largada. Há 2 meses do início das aulas da terceira turma de Criação 1 e do superhipermegalançamento da turma de Criação 2, começaram as obras da nossa sede, que vai ocupar a sala 1302 do Furriel 250.

O espaço é muito legal, muito inspirador e com um horizonte bem amplo, pra poder caber muitas idéias dos nossos queridos alunos. E é claro, com o espaço disponível integralmente para nós, vai ter muitas outras atividades novas, muitas delas exclusivas para a Comunidade Perestroika.

Obviamente, a sala de aula vai ser toda muito especial. Com bastante direção de arte, roubando direto a cor do lado. Aqui, você começa a conhecer um pouquinho dessa sede Padrão Iogurte. E, óbvio, vai poder acompanhar o andamento das obras no blog.



Boa sorte para todos nós.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

SuperBowl 2008.

O Marcelo Jung lembrou do SuperBowl 2008.

Para quem não sabe, o SuperBowl é a final do campeonato de futebol americano - e o intervalo mais caro do mundo. Algo em torno de 2 milhões de dólares por 30".

As empresas criam comerciais exclusivamente para o SuperBowl. Já virou uma tradição. Algumas até já brincaram com isso. Vejam esses dois exemplos.





Determinadas marcas batem ponto no SuperBowl. Todos os anos estão lá. Imagino que o público americano até já espere. Pelo menos os publicitários esperam. A Bud Light é uma delas, que ano após ano consegue se superar.



Ainda não conferi todos de 2008. Mas no Youtube já tem algumas listinhas com os "Top Ten".



Para os mais encarnados, dá para acompanhar a lista completa no site www.superbowl-ads.com.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pra cuidar do corpo



Conhecia essa exposição apenas por notícias, nunca tinha tido a oportunidade de ver.
Mas um dia estava passeando por Buenos Aires e adivinhem o que encontrei.
Isso mesmo, essa exhibición. É tão buena que me emociono e já cambio para o portunhol pra escrever pra vocês.
Afinal, agora soy argentino.



É una exhibición donde se puede apreciar el cuerpo humano desde una óptica nunca antes vista.Son cuerpos reales conservados y preparados de una forma especial.

Bodies The Exhibition nació en 1996 en Japón. Ha sido vista por más de 11.000.000 de personas.
Es referente a nivel mundial de muchas otras muestras.
Esta muestra es impactante gracias a su revolucionaria técnica de conservación de los cuerpos.



Márcio, se yusted estiver por aí. Dá uma passadita no shopping Abasto e olha.
Vale a pena.



Esse post é só para confirma que a vida é a melhor referência. Se eu não tivesse ido a Buenos Aires e se não tivesse ido despretenciosamente no shopping, não tinha visto essa exposição maravilhosa.

E só para não perder a piada.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

CRISE DE IDENTIDADE

Passei o feriado em Buenos Aires.

A cidade está cada vez mais legal. Palermo Viejo e Hollywood estão bombando e o lado de lá do Puerto Madero tá se desenvolvendo de uma maneira impressionante. É tão perto daqui que a gente devia ir lá mais vezes.

Muitos restaurantes bacanas, uma quantidade sem fim de livrarias, pessoas educadas, arquitetura de todos os tipos, história em cada esquina, uma cidade do mundo.
Pensando sobre isso me dei conta que sou mais argentino do que brasileiro. Me identifico muito mais com eles do que com os brasileiros em geral. É um absurdo que eu vá tão pouco para lá.
Aliás, o Rio Grande do Sul devia fazer parte da Argentina e não do Brasil.

O Brasil é Tropical, o RS não.
O Brasil é o país do samba. O RS não.
O Brasil é o país do futebol arte. O RS não.
O Brasil é o país das mulheres bonitas.
Na verdade não é. O RS é que é.
Do Mampituba para baixo devia ser a República Platina.

E pra completar: O Maradona é o cara!
Tá bem, tá bem... o Pelé jogava muito.



Jogava tanto que é difícil se identificar com ele. Entende.
Ele parecia de outro mundo, não do nosso.
Parecia que não fazia força para jogar. Entende.
E no fim da carreira se meteu na política do futebol e se quebrou.
E depois tentou ser comentarista. Entende.




Já o Dieguito.
Esse sim é fácil de simpatizar.
Além de jogar muito. Parecia que tinha mais vontade de ganhar que o Pelé.
Fazia golaços, mas tropeçava, caia, gritava, xingava, brigava.
Engordou, emagreceu, bateu em fotógrafos, era viciado, foi pego no anti dopping, fez um programa de TV que só convidava amigos e mostrava seus golaços. É torcedor do Boca assumido.
E o mais humano de tudo: era baixinho.
Não existe superherói nanico.
É fácil simpatizar com Maradona porque ele parece humano.
E pra completar, a vontade que ele tinha de ganhar e o jeito que deixava transparecer isso era muito mais gaúcho que brasileiro.





E ainda convidou o rival para o seu programa de tv.
A câmera não mostra, mas quem erra a cabeçada é o Pelé.




É. O rei dos baixinhos é o cara. E é tão marrento como nós argentinos que deixou a rainha dos baixinhos para o outro e ficou com todas as mulheres da corte.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

UM DIA AO LADO DE SERGIO AMON

Era sábado. Sábado de Carnaval. Acordo 6h30 da manhã. O vôo atrasa. A previsão é de chuva em São Paulo. Se realmente chover, a filmagem será cancelada. Passo a noite enchendo meu Iphone de músicas legais. Esqueço o fone de ouvido em casa. Nenhuma loja do aeroporto vende fone de ouvido. Vou na revistaria arranjar alguma coisa para ler. Vejo a capa amarela da Época dizendo "Preocupe-se. Nada mudou, ainda há risco de um novo acidente aéreo".



Tudo isso valeu a pena. Foram algumas das horas mais produtivas da minha carreira. Ver de perto um nome incontestável da produção cinematográfica brasileira é um privilégio de poucos.

Já tive a oportunidade de acompanhar o trabalho de muitas produtoras e de muitos diretores. Alguns, de sucesso nacional. E de todos eles tirei alguma coisinha.

Mas não sei explicar bem. O Amon é diferente. Começa pela sua segurança. Ele tem um domínio técnico que impressiona. Quando perguntamos alguma coisa, ele sempre responde de bate-pronto. Sorrindo e de maneira convicta. O mais legal é que tudo, absolutamente tudo, faz muito sentido. Não dá nem para ficar com um mínimo de dúvida.



Já falei no Blog que o Amon, além de dirigir, fotografa e monta os seus comerciais. Isso faz com que a sua filmagem seja muito mais produtiva. Porque o que acontece normalmente: o diretor capta muito material. Em cada locação, rola plano, contraplano, plongé, contraplongé, aberto, fechado, close up. Ele garante matéria-prima para, na montagem, decidir o que ficou melhor.

Só que cada reenquadramento demora. O diretor tem que discutir com o fotógrafo, os dois entram num acordo e, só então, mexem na luz e reorganizam o set. Isso toma um tempo precioso e, às vezes, o sol vai embora. Quantas vezes já estive em filmagens que deixamos de captar a última locação da diária.



O Amon, exatamente por ter o domínio do fotógrafo e a cabeça de montador, consegue otimizar esse processo. Primeiro: ele não precisa negociar com ninguém uma mudança de fotografia. Por isso é tudo muito rápido. Ele enquadra e, se não gostou, já muda a câmera de lugar. Já acerta a lente, manda fotometrar e sai queimando negativo.

Imagino que o mesmo aconteça com relação à montagem. Ele deve ver na hora se um plano cola com outro. E se não funcionar, muda o enquadramento e/ou o action do ator.



Mais uma coisa que chama a atenção no Amon. Diferente dos outros diretores que trabalhei, ele sabe direitinho se tem ou se não tem o take. Por isso, se já na segunda tentativa ele se sentir confortável, beleza. Recolhe tudo e vamos para o próximo.

Sem falar que o Amon ensaia com a câmera ligada. É um ensaio valendo. Vai que no ensaio já dá tudo certo?


(O que é pior? A barriga do tiozinho ou o dedão na foto?)

O Amon tem um lado meio espetáculo que é do caralho. É tudo muito grandioso. Dá para ver que ele pensa grande.Criou milhões de de traquitanas para viabilizar suas idéias ousadas. Porque o Amon fez questão de usar o mínimo de computação. Ele acredita que se é possível fazer analogicamente (olhem a aula do Felipe!), a coisa tem que ser feita analogicamente. Fica muito mais legal.



Mas ele é ousado por natureza. Ele convenceu o protagonista a correr no parapeito de um prédio, lá no último andar. É até difícil explicar o quão perigoso foi. Quando a gente vê a cena, dá um misto de surpresa, medo e adrenalina.

Essa capacidade de nos envolver com a ação é marca registrada do Amon.

O curioso é que, além de toda esse lado Hollywood, o Amon ainda tem um grande talento para o humor. Ele colocou incontáveis gags no filme. Daria para fazer um comercial de 3 minutos.


(Olha o dedão de novo.)

Para terminar, e para relacionar diretamente com o nosso conteúdo da Perestroika: o Amon é um cara que põe a mão na massa. Me marcou bastante quando, em determinado momento, ele não estava satisfeito com o balanço do tênis. O produtor do set às vezes carregava muito rápido, às vezes ia muito lento, às vezes muito trepidante. Então ele levantou a bunda da cadeira, e mostrou como tinha que fazer.

Em vez de ficar gritando e dando ordens de longe, ele foi lá e fez.


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Bonus track:

UMA TARDE AO LADO DE RODRIGO PINTO

Saí do set e fui encontrar o Rodrigo Pinto (que o pessoal da turma 1 conheceu ao vivo). Conversamos muito sobre o mercado da propaganda. Até que ele resolveu me levar na Loducca.

O pico é muito legal. Design pra caralho. Astral pra caralho. Me lembrou muito aquele conceito de Boutique Criativa.



Na Criação, pude ver aquilo que a gente ouve falar, e às vezes acha que é só papinho. Na Loducca, os planejadores sentam ao lado dos criadores. E a troca é automática, não tem processos e burocracias. Todo mundo cria sem frescura de ficha técnica.



Aí, eu perguntei se ele estava trabalhando muito. O Rodrigo abriu um arquivo de Word e me mostrou o tamanho de um único brain: 178 páginas. E não eram 178 páginas de palavras jogadas. Cada idéia era descrita em detalhes.

E vocês reclamam da Maratona de Títulos, humpf.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Sempre existe um jeito mais legal.



Essa dica da Laura Krebs é muito impressionante. Junto com o link, veio o seguinte recado: "isso me lembra muito o assunto de novas mídias, ou mídias não-convencionais. O que pode vir a ser a propaganda daqui dez anos, ou menos. Vale a reflexão de que existem muitos jeitos diferentes pra gente fazer a mesma coisa. De repente pode render um post."

Não só rendeu um post como rendeu uma reflexão. Sempre, SEMPRE existe um jeito mais legal de fazer tudo.

Até escreveria mais sobre o assunto, porque eu acho que merece. Mas depois de um dia exaustivo de filmagens em São Paulo, justo durante o Carnaval, meu cérebro merece um descanso. Ele precisa estar 100% para amanhã eu relatar como foi acompanhar de perto o trabalho do Sérgio Amon.

O site do projeto: http://www.nextwall.net/content/projekt/taggedinmotion.php.